sexta-feira, junho 14, 2013

Sobre os protestos contra os aumentos na passagem 3 - Eleições 2012

O Datafolha (que é da Folha, mas é confiável) mostrou em pesquisa que o Alckmin estaria reeleito em 2014 mesmo se o candidato fosse o Lula.

Mas não. Não afirmo que esses protestos foram induzidos pelo PT. Foram induzidos por gente do Psol, PSTU, do PCO e por gente que acha que todos esses partidos deixaram de ser de esquerda (tô falando sério!). São conta o PSDB? Sim, mas são também contra o PT e "tudo o que está aí". A coisa boa disso tudo é que geralmente o povo de extrema-esquerda costuma prejudicar mais a imagem da esquerda que a da direita. Lembrem-se dos Grandes Expurgos: Stálin não começou matando os que estavam mais à direita dele, mas os mais à esquerda.

Isso influenciará negativamente o Alckmin? NÃO. O estado de São Paulo é dividido em três territórios, grosso modo: o centro rico, a periferia pobre e o interior. As duas primeiras somam 20 milhões de habitantes, e a terceira, 21 milhões. Eventualmente o Alckmin pode perder as eleições na Grande SP (se bem que a popularidade do Kassab pode fazer com que o jogo mude), mas será compensado E MUITO com a SP Caipira. Simples assim.

Mais Datafolha: pesquisa divulgada hoje mostra que a maior parte da população apoia a reivindicação dos manifestantes. MAS É CLARO! Se me perguntarem "o que você prefere: pagar para andar de ônibus ou andar de graça?" é óbvio que vou responder "de graça"! Poucos pensam que esse "de graça" será redistribuído na forma de impostos ou cortes de verbas públicas em outras áreas. Mas o mais importante é que mais de 70% é contra manifestações violentas.

A única coisa que realmente me incomoda é que os protestos estão oligopolizados entre a direita conservadora religiosa, os sindicalistas e a extrema esquerda. E as primeiras, que fazem os protestos mais ordeiros (o máximo de confusão que houve daquela manifestação do Malafaia aqui foi contra um pastor que estava com a bandeia de sua igreja que parecia com a bandeira gay), são os mais estigmatizados pela imprensa. A possibilidade de jornalista tomar bala de borracha num evento desses é praticamente nula. Mas jornalista tem Síndrome de Estocolmo, fazer o quê? Não teve um depoimento de uma jornalista falando como que há um tempo atrás foi estuprada, mas perdoou o "dimenor" porque ele tinha feito aquilo porque era "pobre e vítima da sociedade"?

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