terça-feira, junho 30, 2009

Sobre a derrubada em Honduras e a história do Brasil

Vocês devem ter ao menos ouvido falar do que está acontecendo em Honduras. Caso não tenham, aqui vai um resumo: o então presidente hondurenho Manuel "Mal" Zelaya queria convocar nas próximas eleições gerais em 29 de novembro uma "quarta urna", que iria discutir a aprovação de uma nova Assembléia Constituinte, com reeleição (expressamente proibida na Constituição hondurenha) e etc. Ou seja: seguiria o mesmo modelo da Venezuela, Equador e Bolívia (não sei a Nicarágua... confere?).

Porém, ao contrário desses países, os outros poderes em Honduras parecem ser bem mais fortes, e estrilaram com essa iniciativa. Primeiro foi o Judiciário, depois parte do Legislativo (membros do partido do Zelaya incluso) e, principalmente, os militares. Zelaia destituíu o comandante do Exército local, Romeo Vásquez, a Suprema Corte hondurenha invalidou a demissão.

Nesse ponto está o busílis: o chefe do Executivo é o Comandante-em-Chefe da nação, e teoricamente pode demitir o comandante que lhe der na telha. A partir do momento em que o Judiciário mandou Zelaya reconduzir Vásquez ao cargo anteriormente ocupado e o presidente aceitou, não havia mais nada a ser feito.

Domingo haveria a "consulta sobre a consulta", mas veio a derrubada do poder. Agora vamos à questão semântica: foi uma derrubada ou foi um golpe? Eu acho que foi uma derrubada de poder (ainda - vai depender se haverá eleições em novembro). Senão vejamos todas as trocas "não tradicionais de poder" na América Latina nesse século:

Equador 2000 - Jamil Mahuad, devido à uma grave crise econômica em que acabou tendo que dolarizar a economia (engraçado que o Rafael Correa nem pensa em mexer nisso...) foi deposto por uma associação entre setores militares e indígenas que, depois de um curto triunvirato, passaram o pepino para o vice-presidente Gustavo Noboa

Argentina 2001
- Fernando de la Rua foi apeado do poder após protestos maciços em Buenos Aires devido à crise econômica. Quem assume é o presidente do Senado (se não me engano o vice-presidente do de la Rua tinha renunciado antes do corralito), Ramon Puerta, que renuncia logo em seguida. Nessas circunstâncias, a Assembléia Legislativa escolhe quem comandará a nação, que acabou sendo o Eduardo Duhalde, quem depois deixou o poder para o Kirchner em 2002.

Venezuela 2002 - A Venezuela estava em crise econômica (de novo) devido à baixa do petróleo. Houve protestos, que foram ficando mais violentos com o tempo, até que parte dos militares deu um golpe no Chávez. Em seu lugar, assumiu o presidente do equivalente à Federação do Comércio Venezuelana Pedro Carmona. Ficaria apenas 48h, pois a maior parte dos militares (e do povo também, vamos admitir) ficou com o Chávez, que acabou voltando.

Bolívia 2003 - Protestos contra um gasotudo que iria para o Chile (a Bolívia possui uma rivalidade histórica com o Chile, por ter perdito seu litoral na Guerra do Pacífico) atiçou protestos contra Gonzalo Sánchez de Lozada, que acabou renunciando em 2003. Assumiu o vice-presidente Carlos Mesa.

Haiti 2004 - Jean-Bertrand Aristide era tido como salvação da lavoura para o povo sofrido haitiano. Como sói acontecer com esses "salvadores", eles acabam é querendo a sua própria $alvação. Diferentes facções poderosas estavam por levar o país a uma guerra civil, tomando o poder cidades importantes e caminhando para Port-au-Prince. Aqui os fatos divergem: enquanto os EUA dizem que ele renunciou e foi auxiliado pelos norte-americanos a ir para o exílio, Aristide disse que foram os EUA quem o tiraram do poder. Mas isso é história morta, já que ele há muito não tinha mais condições de governar.

Equador 04/2005 - Lúcio Gutiérrez, que havia participado naquele triunvirato pós queda de Mahuad, acabou sendo eleito presidente em 2002. Ele era visto como um equivalente do Chávez no Equador, quem não se lembra? Porém, ficou apenas dois anos na presidência. Complicações políticas o fizeram aliar-se e anistiar ex-presidentes que haviam sido apeados do poder. Isso enfureceu a população que, após a "rebelião dos forajidos", fez com que ele perdesse a legitimidade do poder, sendo apeado pelo Congresso, que entregou o cargo ao vice Alfredo Palácio González.

Bolívia 06/2005 - A questão do gás natural continuava pegando na Bolívia, e Mesa tentou renunciar em março de 2005, mas o Congresso não aprovou a renúncia (isso que é sadismo, não?). Com isso, os protestos aumentaram até chegarem ao ponto de não-retorno em junho, com Mesa Renunciando e, aí sim, o Congresso aceitando. Em seu lugar entrou o presidente da Suprema Corte, Eduardo Rodriguez.

Se houve mais derrubadas e golpes nesse período, me avisem. Apesar das diferenças, reparem que quase todas as derrubadas seguem um padrão: o presidente já não possui condições políticas para governar e, ou é derrubado pelo povo ou por um setor específico da sociedade, sendo substituído de acordo com a sequência na sucessão ou, quando já não dá mais (caso da Argentina), com procedimentos presentes na Constituição.

O único caso que escapou a essa regra foi, curiosamente, a Venezuela. Ignoro a Constituição então vigente, mas não acredito que ela dizia que em caso de vacância na presidência o presidente da Federação do Comércio da Venezuela é quem deve assumir o cargo. Não vou com a cara do Chávez, mas aquilo sim é que foi golpe de estado (o sr. W. Bush fez uma das duas maiores besteiras de seu mandato reconhecendo imediatamente o governo de Carmona - a outra besteira foi a independência do Kosovo). Nos outros casos, os presidentes foram derrubados.

Em Honduras o presidente já não tinha mais condições políticas de manter o seu cargo. Já tinha o Judiciário, parte importante do Legislativo e parte importante do Executivo (militares) já não o sustentavam. E então ele caiu, sendo substituído pelo presidente do Congresso Roberto Micheletti (o vice-presidente, Elvin Santos, renunciou em dezembro de 2008 exatamente para poder candidatar-se à presidência neste ano)

O grande teste para Honduras virá agora. De hoje até novembro serão 5 longos meses. Em tese, dá pra levar (o Irã e a Coréia do Norte conseguem sobreviver em isolamento internacional há décadas, por que um paiseco como Honduras não conseguiria em menos de um semestre?) até as eleições.

Conseguindo, e havendo eleições normalmente, com a posse de outro presidente em 2010, Micheletti e Honduras conseguirá ferir de morte o modus operandi "bolivariano" e o país finalmente poderá ser chamado de civilizado, junto com o outro único país civilizado da região, a Costa Rica. Não conseguindo, cedendo às tentações do poder, Micheletti dará mais uma vez legitimidade ao discurso chavista sobre a "elite burguesa", e dará margem aos "zelaytas" de que eles não têm voz no país. Futuramente um Chavez da vida conseguirá o plebiscito e transformando o país numa autocracia..

Mas coloquei o Brasil no título por um motivo: todos vocês sabem das circunstâncias do golpe de 64, mas nem todos sabem que em 1965 haveria eleições presidenciais, e o JK era o favorito! Claro que isso não significaria que ele fizesse um bom governo, mas imaginem se, após tirarem o Jango do poder, os militares consentissem nas eleições em 65 e o ganhador assumisse normalmente? Talvez os militares não seriam vistos como golpistas... Ainda duvida? Então recuo mais um pouco: você acha que o marechal Lott foi golpista por derrubar Carlos Luz e conduzir Nereu Ramos à presidência em 1955?







quarta-feira, junho 24, 2009

Por todos os mártires - Jan Palach (Praga)

Eu postei no meu fotolog (obs: sinto que o momentum do fotolog passou...), mas achei que merecia postar aqui.

De todas os movimentos libertadores de 1968 a Primavera de Praga foi o mais importante, pois buscava reformar o comunismo vigente na então Tchecoslováquia por um regime com maiores liberdades (obs: o que a URSS faria depois com a Perestroika e a Glasnost). A União Soviética na época obviamente não gostou dessa distensão e mandou os tanques para Praga em 1968, quando a nascente primavera recuou para o pesado inverno.

Em janeiro de 1969, o estudante Jan Palach, em protesto contra a invasão soviética e queda dos reformistas, imolou-se na Praça Venceslau, no centro de Praga. O lugar exato foi marcado com essa cruz flamejante no chão, em homenagem a ele.

20 anos depois, os conflitos efeméride da imolação foi o começo do fim do comunismo na Tchecoslováquia, e o espírito da Primavera trouxe a Revolução de Veludo.

Os senhores no poder no Irã podem pensar que se esquecerão da morte de Neda Agha-Soltan, mas nem que demore 20 vezes 20 anos ela será esquecida. Pois onde houver opressão sempre haverá resistência.

segunda-feira, junho 22, 2009

Work in progress - 100 melhores jogos pela IGN (2)

Hoje voltei a ter saco para escrever sobre a lista dos Top 100 jogos de todos os tempos pela IGN (antes da atual geração). O primeiro post foram os jogos que ficaram de 100º a 91º e de 10° a 1°. Agora vou falar do 11º ao 30°. Mais uma vez, apenas os jogos que conheço

11º Legend of Zelda: A Link to the Past (SNES)

Esse ano joguei ele pela primeira vez no emulador, e me amarrei! Mas não sei... Pokémon Yellow (o que você já começa com o Pikachu) foi o primeiro RPG (sim, considero Pokemon RPG, e daí!?) que joguei, e acho ele bem mais legal... :P OBS: querida Nintendo, eu sei que você não entende português, mas daria para fazer uma adaptação 3D do Pokemon de um jeito parecido com Occarnia of Time? Queria ver alguém falar mal do Wii com um jogo desses... Enfim, até que é uma posição justa.

13° Chrono Trigger (SNES)

O povo fanático por RPGs é louco por Chrono Trigger, então acredito que seja bom. Mas o que é Chrono Trigger comparado a Pokémon Yellow? :P

14º Rome: Total War (PC)

Esse é um jogo sensacional mesmo, um ótimo RTS expandido. Mas... É daqueles jogos que tomam todo o seu tempo útil. Se você tiver, bem. Senão, fuja dele. Você pode viciar e aí...

15º Super Mario Kart (SNES)

Esse vocês conhecem, lógico! Já foi eleito pelo Guiness o jogo mais influente de todos os tempos (qual foi o critério!?), e quando joguei ele nos idos de 1992, num aniversário de um amigo meu, foi uma das melhores lembranças da adolescência. Uma ótima posição. Agora, infelizmente ele não envelheceu bem, ao contrario do Super Metroid (10º) e o Zelda acima citado... Faça o teste: jogue Super Mario Kart, depois Mario Kart 64 e sinta qual é o melhor. A posição é merecida, mas a versão 64 deveria ficar acima.

16º Castlevania: Symphony of the Night (PSOne)

Não, não joguei essa versão do Playstation. Mas provavelmente vaticinaria sua colocação nessa posição do ranking, mas por motivos exóticos. Vocês sabem, geração 32 bits, gráficos 3d... De repente jogos em 2d passaram a não ser tão legais, para alguns. Daí a torrente de versões 3d de jogos. Uns se deram bem, como Mario e Zelda. Outros muito mal, como Final Fight, Mega Man, Sonic (principalmente - a sorte da Sega seria outra se ela lançasse outro Sonic 2d para o Saturn?), Contra e Castlevania. Então, a Konami resolveu voltar com o 2d com esse último. O resultado é que lançaram um dos melhores jogos para o PSOne. Agora imaginem também o que não seria a Nintendo se tivesse usado o poder dos N64 e do Game Cube para fazer um Mario!?

20° Ms. Pac Man (Arcade)


WAKA-WAKA-WAKA! Pac Man deveria estar no Top 10, pelo impacto que causou para além do mundo gamer.

22º Half Life (PC)

Acredita que eu nunca joguei Half-Life? Nem Counter-Strike, mod do HL? Também não curto muito FPS (First Person Shooter). Eu era daquelas pessoas que só jogavam "Doom" com o IDDQD. Mas enfim, foi um jogo que marcou época e, com o fenômeno Counter-Strike merece essa posição. Mas NUNCA na frente de Doom.

23º Super Mario Bros 3 (NES)

É uma incógnita. Em termos de qualidade, é muito melhor que Super Mario Bros - mas não é clássico. É bem mais complexo que Super Mario World (compare a variedade dos power ups de um com o outro). Porém, como representou "apenas" o domínio do NES nos 8 bits, não teve o impacto de um Super Mario 64. Então "apenas" colocaria em 7º, atrás do Mario 64 e do Sonic 2.

27º Burnout 3: Takedown (PS2 - PC?)

Quem já jogou Burnout sabe do que se trata. É simplesmente o CAOS sobre 4 rodas. Sem contar as trocentas modalidades malucas que ele têm. Merece sim essa posição.

29º GoldenEye007 (N64)

Outro que já arranhei. Basicamente, aplicaram a mesma fórmula do Mario 64 (múltiplos desafios - e a introdução de acheivements - para uma mesma "fase" para um FPS). Resultado: combinou como goiabada com queijo e vendeu horrores, e fez muita gente comprar N64 por causa dele. Sem contar com um ótimo modo multiplayer. Deveria galgar umas posições acima...




domingo, junho 21, 2009

As vuvuzelas e o CEU

O "CEU", aqui, é a Casa do Estudante Universitário da UnB. Vocês que acompanham a Copa das Confederações devem ter ouvido falar da "polêmica das vuvuzelas". O mundo descobriu que os sul-africanos têm como hábito acompanhar as partidas tocando as "vuvuzelas", que não são nada mais que aquelas cornetas de plástico que tocamos fazendo barulho de peido.

Até aí nada de inusitado, pois, como já disse, também usamos as vuvuzelas (obs: e é uma palavra bonita, não?) quando vamos pros estádios, acompanhamos a copa, etc. O problema é que os sul-africanos ficam tocando as vuvuzelas (excepcionalmente ignoro a regra estilística de não repetir por demasiado palavras) durante TODO O JOGO. O time está no ataque? Vuvuzela. O time está no sufoco? Vuvuzela. Um jogador está machucado? Vuvuzela. Anunciam o público e a renda? Mais vuvuzela...

Muita gente, dos torcedores estrangeiros, passando por jogadores, imprensa internacional e espectadores torceram o nariz, e pediram para que dessem um jeito de banirem as malditas vuvuzelas até a Copa 2010. O Sepp (apelido de Josep) Blatter, presidente da FIFA, bateu o pé e disse que não, pois isso era o "som da África". No que tem meu apoio, diga-se. Quem estiver incomodado que não vá para os estádios ou então assista os jogos no mudo.

Falei em incomodado... Chego aonde queria. Lembra daquele caso do "racismo" no CEU (ahá!), em que a porta do alojamento dos estudantes africanos foi queimada, e foi pintada uma "cruz vermelha simbolizando a Ku Klux Kan" (sic)? Pois é, pode ter sido um "problema de vuvuzelas". Provavelmente os estudantes africanos incomodavam tanto o CEU com um barulho além do limite do suportável para padrões brasileiros que veio uma pessoa, que já estava muito acima do limite de paciência e cometeu essa insensatez. Claro que ela deve pagar por isso (danos patrimoniais e o risco que correu por poder causar uma tragédia), mas CLARO QUE ISSO NÃO É RACISMO; e uma briga de vizinhos acabou sendo levada a um patamar de "ato racista" - obviamente contribuindo para legitimar o discurso dos pró-cotas.

Para que eu não pareça racista com os africanos, vou informar vocês de outra coisa: 1) os brasileiros são considerados por demasiado barulhentos em Portugal por seus vizinhos portugueses; 2) os brasileiros são considerados por demasiado barulhentos no Japão por seus vizinhos japoneses. Povos diferentes têm tolerâncias diferentes para fuzarcas, mas cada um têm o dever de respeitar os costumes do país hospedeiro/padrão da vizinhança. Da mesma maneira em que temos que respeitar as vuvuzelas dos sul-africanos, os estrangeiros/vizinhos em geral devem respeitar os nossos padrões. E festas, se for o caso, só até as 22h, por favor. E todo dia definitivamente não.



sábado, junho 20, 2009

Sobre o PL de horário único do país

Sim, tem um tramitando no Congresso. Caso aprovado, viraríamos uma outra China - único paisão que conheço que só tem um fuso horário para todo o país.

Mas eu tenho uma idéia melhor: em vez disso, a hora de Brasília poderia ser incorporada à hora de Fernando de Noronha. Assim evitaríamos aquele maldito horário de verão no fim do ano.. :@

quinta-feira, junho 18, 2009

Adendo à Coréia do Norte.

Pensei nisso agora: dependendo da evolução da crise na Coréia do Norte, o país pode não participar da Copa. Com isso, a Arábia Saudita, mesmo perdendo eventualmente para a Nova Zelândia na repescagem final (é sério que vocês acham que ela pode perder para o Bahrein na repescagem asiática?), poderia levar a vaga.

quarta-feira, junho 17, 2009

Táticas do capitalismo malvado - FUD

Vi essa expressão pela primeira vez num dos muitos ataques do Sean Malstrom ao Projeto Natal. "FUD" significa "Fear, Uncertainity and Doubt" ("Medo, Incerteza e Dúvida"), sendo uma tática de marketing comum da Microsoft. Segundo o Wikipedia, FUD é uma tática de retórica e falácia usada em vendas, marketing, RH, política e propaganda. Tenso!

Eliminatórias asiáticas - final

Apostei na sexta-feira passada que a Arábia Saudita teria a segunda vaga do grupo 2 (erroneamente Grupo 1 no meu post anterior). Acertei a parte de que o Irã não ganharia da Coréia do Sul, mas a outra... A Coréia do Norte conseguiu segurar um empate fora de casa e vai para sua segunda Copa do Mundo (a primeira foi em 1966, quando foi responsável por uma das - se não A - maiores zebra das Copas, quando ganhou da Itália e foi para as quartas de final, quase aprontado para cima do Portugal de Eusébio). A Arábia Saudita foi pra repescagem em que irá enfrentar - e ganhar - do Bahrein, para depois decidir a derradeira vaga com a Nova Zelãndia. Caso ela caia no grupo do Brasil, seria bom os torcedores brazucas aprenderem a escrever cartazes com dizeres "liberdade!" e "abaixo o filho da puta do Kim Jong-Il!"

segunda-feira, junho 15, 2009

KFC is rising!!!

Para contrabalancear a notícia do McDonald's abaixo, é com grande felicidade que anuncio que o KFC voltou à região metropolitana de São Paulo (mais precisamente Osasco) depois de 11 anos ausente. Desejo toda a sorte do mundo :P

Como viciar crianças

Você já deve ter visto a cena: no McDonalds, você tá comendo tranquilo o seu lanche quando, na mesa ao lado, o pai/a mãe tá dando um esporro no/a filho/a por ele não comer o hambúrguer do McLanche Feliz, só comendo as batatas fritas. Já testemunhei isso umas duas vezes. Afinal, a criança só vai no McDonald's e similares pelo "brinquedo que estão dando no mês" e por aquele playground todo colorido que quase toda franquia tem. Pois bem, parece que o MPF-SP tá querendo acabar com essa venda casada.

Em tempo: como não acabaram com a palhaçada de maquiar os Nuggets, reduzindo de 12 pra 10, continuo BOICOTANDO o McDonald's. Da-lhe Giraffa's!

sábado, junho 13, 2009

Quando a "prisão" é libertadora

(ou: devaneios pós-dia dos namorados)

Sabe algo que é extremamente horrível da solterice? É quando você está a perigo e se submete a situações que, em uma situação mental saudável, você não se submeteria. Ainda mais quando você não tem a característica de "pegador" - no meu caso, era beeeem longe disso.

Quando eu era um universotário, eu ia para os malditos churrascos de turma. Nenhum problema com a carne, vou logo dizendo. Sou um carnívoro nato. Eu apenas ia na vã esperança de que alguma garota se interessasse por mim e nós déssemos uns pegas, que evoluiria para namoro, etc. O problema é que isso nunca acontecia. E, em vez de largar de mão com aquilo tudo logo, eu ia de novo.

Mas o problema era TODO O AMBIENTE. Sabemos que rock não é um ritmo adorado pelas massas por aqui. Assim como sabemos que há muitos conflitos internos entre roqueiros. Daí que todo MALDITO churrasco que eu ia tocava a trinca pagode-funk-forró, não necessariamente nessa mesma ordem. De vez em quando rolava um axé também, o que era uma tragédia.

Desses, o pagode é o menos problemático. Bezerra da Silva, Originais do Samba, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Martinho da Vila... Eles são legais, e é até bom que num churrasco se toque eles. E isso até acontecia, de certa maneira. O problema era quando não acontecia... Vocês sabem que rodas de pagode existem em todo barzinho por esse Brasil a fora. Portanto, o pagode nos churrascos universotários que eu ia sempre era ao vivo, e os filhos da puta sempre tocavam aqueles grupos que misturam pagode com axé. Simplesmente asqueroso!

(Parêntesis: no último que participei, eu clamei na devida comunidade do orkut "espero que não toquem o 'olha a onda'". Daí uma colega minha disse: "Ah, Lobo, você tá por fora, faz uns dois churrascos que não tocam essa música". Daí eu fui, e adivinha o que tocaram!? >:@ Depois postei xingando isso e ela falou: "Ih, foi mal, Lobo, é que esse grupo que foi pro churrasco era diferente dos outros dois últimos... Eu e a minha maldita sorte).

Daí vamos ao funk. Funk é engraçado de se ouvir se você ouvir duas músicas POR DIA e não passar disso. Obviamente, passava disso. E reitero o problema da repetição, era sempre OS MESMOS FUNKS! Sempre tocava o do "Morto muito louco". Como nessas horas eu já estava sob efeito de umas 3, 4 cervejas e duas caipirinhas, até relevava.

E então, chegava a pior parte: o forró. Não me levem a mal, eu até gosto de alguns forrozeiros, tipo Genival Lacerda (o pior é que já ouvi gente dizendo que o Genival não faz forró - então ele faria o que? Calipso?) e, o mestre dos mestres, Zenilton, além de outros que tenham duplo sentido. O problema é o maldito forró universitário. Sabe qual é a melhor definição de forró universotário? É que ele é forró para não-nordestinos pernas-de-pau dançarem. Forró forró mesmo sulistas não conseguem dançar. Enfim, o meu período churrasquístico coincidiu com o auge daquela bosta conhecida como Falamansa. Mas o "Efeito Teletubbie" se repetia: era SEMPRE AS MESMAS MÚSICAS DO FALAMANSA QUE ERAM TOCADAS!!! Assim não há cu que aguente.

Aqui começa o problema do que eu chamo "ditadura feminina". Mulheres que eventualmente leem essa porra: dança é a frustração em pé de algo que se quer fazer deitado, se é que me entendem. Homem que é homem ou não se interessa por dança ou se interessa na medida em que isso é essencial para ele conquistar mulheres - geralmente ele é um cafageste, mas isso é outra história. Ou então não é homem, muito simples. Para um roqueiro, ver pessoas dançando forró é o inferno na terra, e ouvir forró (salvo as exceções citadas anteriormente) é como ouvir Freddie Kruger arranhando um quadro com suas lâminas.

Enfim, ser solteiro era se submeter a esses tipos de coisas para ver se conseguia alguém. Ser solteiro era ter que ficar frequentemente bêbado para poder suportar esse tipo de coisa e não querer matar ninguém ali. Ser solteiro era ficar mal por se sentir pior do que os outros só por não conseguir aturar aquelas músicas horríveis. Ser solteiro era ficar mal por ver todos se dando bem e você não, e ainda fingir que estava tudo bem. Ser solteiro, afinal, era se submeter a vários tipos de tortura só para conseguir companhia.

Felizmente posso dizer que isso acabou para mim; e, depois da companhia, a melhor coisa de se namorar é poder eventualmente dizer praquela pessoa que quer te convidar para um churrasco da turma/pagode esperto/forró esperto (oximoro): "pode enfiar o seu convite no rabo, pois prefiro 1000 vezes ficar com a minha garota em casa".

PS: Para você, roqueiro/a soliário/a que está na universidade, leu esse post, mas ainda se sente meio "prisioneiro" do gosto da maioria, o meu conselho: Homens-) vão para uma "casa de massagem" e comam uma puta. O dinheiro será bem melhor empregado, garanto, e você realizará o que 95% dos homens solteiros que foram no churrasco quiseram mas não conseguiram; Mulheres-) Chamem aquela sua(s) amiga(s) que compartilha(m) dos seus gostos, capriche no visual, e vá para o melhor barzinho SEM SOM AMBIENTE da cidade. Se você estiver a fim de ficar com alguém eu garanto que você fica. E não precisa fingir que gosta daquelas retardadas acéfalas forroseiras lá do churrasco.

sexta-feira, junho 12, 2009

Eliminatórias Européias - Parcial 2 e Geral

Quase 1 mês atrás, fiz uma parcial sobre como estão as eliminatórias européias. Mas assim como houve rodada nas eliminatórias daqui, em que o Brasil praticamente assegurou mais uma ida à Copa (embora não necessariamente em primeiro, como ufanistas acéfalos já estão esperando), houve também na Europa (e no resto do mundo). Então segue aqui a análise:

Grupo 1: Como disse, quem ganhasse o derby escandinavo seria o favorito do grupo, e deu... Dinamarca, que bateu a Suécia fora de casa. Mesmo com a Hungria ainda em segundo (folgou na rodada), ainda acho que Portugal tem plenas chances, assim como a Suécia. Mas a situação tende a ser mais favorável aos escandinavos que aos tugas, já que os daneses enfrentarão os portugueses antes que os suecos, ou seja, a necessidade de vitória contra Portugal será maior.

Grupo 2: Como não houve jogo do grupo 2 nessa rodada, mantenho o que disse.

Grupo 3: Como eu disse, a Eslováquia solapou San Marino por 7 x 0. E ainda acho que a Irlanda do Norte é cavalo paraguaio. A Polônia, terceiro, está com um jogo a menos e tem um saldo de gols bem maior que a Irlanda do Norte. Ainda vou de Eslováquia em primeiro e Polônia em segundo.

Grupo 4: A Alemanha (folgou nessa rodada) segue firme e forte em primeiro. A surpresa é que a Rússia praticamente sacramentou o segundo lugar ganhando, de novo, da sua rival mais próxima, a Finlândia, em Helsinki. Com 15 pontos, é no momento o segundo lugar mais bem pontuado, e passa a ser a minha aposta para o segundo lugar das eliminatórias européias que irá direto pra Copa sem repescagem.

Grupo 5: A Espanha, que não folgou nessa rodada, ganhou da Turquia por 1 x 2 em Istambul, e está em voo de cruzeiro para ir pra Copa. Além disso, ajudou a Bósnia-Herzegovina a isolar-se em segundo, surgindo como favorita à vaga para repescagem.

Grupo 6: O empate entre Croácia e Ucrânia em Zagreb beneficiou a Inglaterra, que abriu 10 pontos sobre os hoje ambos segundo lugares (a Croácia ainda está em segundo pelo saldo de gols), e está praticamente com os dois pés na África do Sul. Quanto aos dois... Bem, os jogos da Croácia serão contra Belarus (duas vezes), que ainda está no páreo, Inglaterra, fora de casa, e que vai querer descontar a eliminação da Eurocopa, e Cazaquistão (moleza). Já a Ucrânia jogará contra Andorra (duas vezes), que tem ZERO pontos, Belarus após as duas partidas contra a Croácia e a Inglaterra dentro de casa, com o English Team já classificado. Ainda sou mais a Ucrânia.

Grupo 7: A França fez o básico e conseguiu ganhar da Lituânia em casa. Já a Sérvia também fez o básico e ganhou da Áustria e da lanterna Ilhas Faroe e manteve os dois pontos reais de liderança. Mas a situação se definirá mesmo é na penúltima rodada, quando houver Sérvia x França em Belgrado. A ver.

Grupo 8: Aqui a situação ficou mais interessante: na partida entre o primeiro (Itália) e segundo (Irlanda) lugares, deu empate. Infelizmente, para a Irlanda, ela empatou com a Bulgária na rodada seguinte, e está com um ponto a menos e um jogo a mais que a Azzurra, não sendo suficiente para tirar a Bulgária da cola. Mas ainda sim acredito que a Irlanda vai pra repescagem.

Grupo 9: Aqui temos o primeiro classificado europeu para a Copa: a Holanda sobrou e abriu 17 pontos sobre o segundo colocado, a Escócia, que, mesmo folgando essa rodada, manteve a posição. Mas a Macedônia, mesmo com um jogo a mais, ainda está viva, e não seria nenhuma surpresa se ela aprontasse alguma pra cima da Escócia em Gasglow. Só em 05 de setembro que sairá o segundo colocado.

Aqui encerra as eliminatórias européias. Vamos ao resto do mundo:

CONCACAF:

Com a última rodada houve o fim do 1º turno. Logo, ainda não dá para definir rigorosamente NADA sobre quem irá ou não para a Copa. Mas vamos ao photosharp: A Costa Rica (daqueles paisicos da América Central sempre foi a melhor mesmo) está na Liderança, com 12 pontos. Os EUA estão em segundo, com 10, e Honduras está em terceiro, com 7. E o México? Aqui vai a bomba: ele está em QUARTO, e hoje iria para a repescagem com o 5º da América do Sul. Embora seja bastante tentador pensar numa repescagem com Argentina e México, não acredito que isso irá acontecer, pois o México tem 5 partidas para arrancar e conseguir uma classificação bem "Brasil para 2002". E, para a repescagem, irá ou Honduras ou El Salvador. Veremos.

ÁFRICA

Pelo fato de ser o continente com a maior quantidade de países do mundo, as eliminatórias possuem diversas peneiras. Mas a situação final está se definindo. Vamos aos grupos (lá apenas o primeiro colocado vai pra copa, e não há repescagem):

Grupo A: Gabão, Togo, Marrocos e Camarões

Grupo forte, não? Camarões tem o Et'o, Marrocos vira e mexe vai pra copa, e Togo foi pra Alemanha em 2006. Só o Gabão é que seria o patinho feio do grupo... Pois é, é exatamente o Gabão quem está em primeiro!!! Apesar de apenas duas rodadas, de seis, o representante do país do glorioso Omar Bongo, ditador que ficou 42 anos no poder e que morreu de causas naturais no último dia 08, em Paris, já ganhou do Togo, que está em segundo lugar.

Grupo B: Tunísia, Nigéria, Moçambique e Quênia.

Aqui o resultado não é tão surpreendente. A Tunísia está liderando com 6 pontos e a Nigéria, após um empate com Moçambique, está em segundo lugar. Quem ganhar o derby no próximo dia 20, na Tunísia, será o favorito.

Grupo C: Argélia, Zâmbia, Ruanda e Egito

Outra surpresa aqui: nos torneios continentais africanos, os times do Egito invariavelmente acabam ganhando. Mas quando chega na seleção principal o desempenho piora bastante... Aqui quem lidera é a Argélia, empatada com Zâmbia com 4 pontos, mas ganhando no saldo de gols. Vamos ver quem irá ganhar dos dois na partida entre eles em Zâmbia.

Grupo D: Gana, Benin, Sudão e Mali

Outro grupo sem surpresas: Gana está sobrando, inclusive já tendo ganho de Benin, segundo colocado.

Grupo E: Costa do Marfim, Burkina Fasso, Guiné e Maláui

Pois é, Costa do Marfim tem o Drogba e tudo, e está liderando. Mas pode pintar uma surpresa aqui: o país com o nome mais ridículo do mundo, Burkina Fasso, também ganhou as suas duas partidas, e irá com tudo pra cima da pátria do Super Timor no dia 20 na sua capital de nome ainda mais ridículo: Ouagadougou. Mas ainda acredito na Costa do Marfim.

ÁSIA

Assim como na África, há muitas peneiras nas eliminatórias asiáticas. Mas diferente do Continente Negro, os classificados já chegaram (primeiros e segundos dos dois grupos - os terceiros disputam repescagem entre si e depois vão disputar a repescagem com a candidata da Oceania, a Nova Zelândia).

Grupo 1: Austrália, Japão, Bahrein, Qatar e Uzbequistão

Classificados: Austrália e Japão

Numa decisão acertada da Fifa, a Austrália foi pela primeira vez colocada como sendo da Ásia. Isso fará com que mais australianos se interessem por futebol e, por tabela, fará com que a Nova Zelândia sempre esteja a dois jogos de disputar uma Copa, já que: 1) ela sempre enfrenta adversários que usam sarongue quando jogam; 2) após ganhar a Oceania, não mais irá enfrentar sul-americanos casca-grossa, mas sim um asiático meia-boca (era tão óbvio que deve haver uma repescagem América do Norte x América do Sul, por que diabos não pensaram nisso antes?). Enfim, Bahrein está em terceiro, e tudo indica que irá para a repescagem asiática e perderá. Por quê? Vejamos:

Grupo 1: Coréia do Sul, Coréia do Norte, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos.

Classificada: Coréia do Sul

Grupo infinitamente mais difícil que o outro, onde todos os países já foram à copa ao menos uma vez na vida. Por isso, méritos para a Coréia do Sul por nem ao menos ter perdido. Mas a segunda posição está embolada entre Coréia do Norte, na frente dos sauditas pelo número de gols marcados, e entre o Irã, que está somente um ponto atrás de ambos. Daqui a 5 dias saberemos quem será o segundo e quem irá disputar com a Nova Zelândia a derradeira vaga para a Copa. Apostaria na Arábia Saudita como segundo, ganhando da Coréia do Norte em Riad, e na própria Coréia do Norte pra repescagem, pois não acredito que o Irã consiga vencer a Coréia do Sul em Seul.
















quinta-feira, junho 11, 2009

MMM (Mais Malstrom e Mario)

Sim, o foco principal do Malstrom é analisar o sucesso da Nintendo. Mas isso não significa que ele seja completamente acrítico à compania de Kioto. Ele me fez descobrir que, felizmente, não sou o único que soltou vivas quando a Nintendo anunciou um Mario 2d para o Wii. E, explicando o fato, atacou a maior vaca sagrada da Nintendo, o Shigeru Miyamoto (criador do Mario, Zelda, Pikmin, Wii Sports, Wii Fit, etc).

Segundo Malstrom, Miyamoto consideraram os "Marios 3d" sucessores dos "Marios 2d", mas as vendas daqueles, principalmente no Japão, eram bem inferiores comparadas a estes. Até que resolveram fazer um remake de Super Mario Bros para o Nintendo DS. Resultado: vendeu quase 18,5 milhões de cópias, sendo o quarto jogo não incluído em console mais vendido em todos os tempos.

Daí a Nintendo lançou "Super Mario Galaxy" para Wii, que "fracassou" (para padrões de arrasa-quarteirão da Nintendo), vendendo "apenas" 8 milhões de cópias, e principalmente nos EUA - menos que SSBB e Mario Kart Wii. Tanto teria "fracassado", segundo Malstrom, que no Japão a propaganda do Mario Galaxy enfocava mais as similaridades com o Mario DS que o aspecto revolucionário desbundante do Mario Galaxy.

Sem contar o Virtual Console. Quem você acha que ganhou a parada entre Super Mario Bros e Mario 64?

Portanto, seria lógico que fizessem um Mario 2d para Wii. Malstrom diz que conhece muita gente que compraria um Wii, pois sentiu que a Nintendo "abandonou" a franquia Mario desde o Yoshi's Island. Não chego a esse ponto, uma vez que o Wii custa quase 3x mais aqui que nos EUA, mas conheço muuuuita gente que não se identifica com jogos 3d*, e os Mario 3d com uma dinâmica de jogo completamente diferente.

Sobre o Super Mario Galaxy 2, que ele chama carinhosamente de "Mario Galaxy: Lost Levels", ele simplesmente não entende. Daí a conclusão de que a equipe do Miyamoto é extremamente apegada à fórmula 3d.

Enfim, assim como o Malstrom, fiquei mais entusiasmando com o NSMBW do que com o SMG2. E, com certeza, não somos apenas nós...

*Infelizmente a Sega não é mais aquela, mas seria MUITO BOM que fizessem um Sonic 2d com a tecnologia atual...

Natal 2014 sem superfaturamento é tão mais certo que o Projeto Natal?

Mais uma vez retomo ao tema do Projeto Natal. Semana passada eu fui num aniversário de um dos meus melhores amigos, que é da área de informática, e os principais assuntos tecnológicos foram o Projeto Natal e "World of Goo" (jogo que eu passei pra ele, que passou pra um colega dele de trabalho que pirou no jogo - o quê!? Você ainda não conhece!? VAI BAIXAR ESSE JOGO NO TORRENT AGORA!!!). Isso foi há quase uma semana.

Agora que a poeira realmente baixou, eu tive a curiosidade de saber o que o Sean Malstrom pensa a respeito. Quem? Bem, Malstrom é um jornalista/analista de negócios norte-americano que resolveu analisar o porquê de um console com gráficos inferiores e capacidade menor (o Wii) vender apenas 3 milhões de consoles a menos que a soma do Xbox 360 e Playstation 3. O seu artigo "O Homem-Pássaro e a Falácia Casual" já virou um clássico em blogs brasileiros especializados (googleiem), e percebi que ele bebe direto da fonte do Peter Drucker e Joseph Schumpeter - como duvido muito que jornalistas e desenvolvedores de jogos saibam quem são esses, vou guardar esse segredo pra mim. :P

Daí fui no blog do sujeito e fiquei espantado. Não sobrou pedra sobre pedra sobre o Natal. Ele disse que a Microsoft "pulou o tubarão" (googleie "jumping the shark"). Como diria o Titio Jack, vamos por partes (cito de memória):

1) A mais importante crítica do Malstrom é foi à Microsoft em si. Basicamente, ela utilizou o mesmo modus "marketing" operandi. Basicamente, é de mostrar um produto revolucionário, marcar uma data de lançamento e: a) ou adiar (às vezes em muito) a data até lançar um produto que frustra todo mundo (o Windows Vista é um caso clássico); ou b) adiar até que esqueçam que um dia esse produto foi anunciado (para esse, o caso clássico seria o produto de 2007 Microsoft Surface). Em ambos os casos, argumenta Malstrom, a indústria dos videogames não costuma ser tão complacente como a da informática em relação aos hypes. Que o diga o Spore;

2) Em um provocativo pingue-pongue com um jogador "hardcore" fictício, Malstrom argumenta que, mesmo que os "motion plus" da Sony e da Microsoft saiam, e funcionem da maneira que prometem funcionar, é contraprodutivo desenvolver jogos HD que sirvam apenas para uma plataforma, a não ser que seja um HD... "casual".

3) Em quatro momentos Malstrom questiona a seriedade do Natal: I) não havia demonstração do Natal nos estandes da E3, ao contrário do Wii em 2005; II) Virais mostrando a impressão de famosos jogando Burnout no Natal e não de usuários comuns (mais grave: ainda houve a demonstração por um leitor do Malstrom que alguns trechos do viral mostravam o mesmo trecho do jogo); III) Essa foi pouco depois da conferência, mandada por outro leitor: se o Natal faria os controles ficarem obsoletos, por que tanta atenção para um controle em forma de skate para o novo jogo do Tony Hawk (e pensando agora acrescento, e o Guitar Hero Beatles)?; IV) ao contrário da Nitendo quando na época do anúncio do Wii, não houve opinião de desenvolvedores ("third parties") sobre o Natal.

4) Na apresentação do Natal, se a Microsoft estivesse se levando a sério, mostraria-o nos jogos que sabe fazer melhor, os FPS, o que não o fez.

5) Lembra aquela coisa do Speilberg sobre os controles? Então, ele estaria repetindo quase que literalmente (então "verbatim" significa isso? será que é latim?) a conferência que a RH da Nintendo americana, Reggie sei-lá-das-quantas (que trabalhou no Yahoo nos tempos dourados e, parece, não é só uma "reles" RH não) fez em... 2006!

6) O Natal seria (mais uma entre muitas) nada mais que uma jogada de marketing da Microsoft para fazer com que as pessoas deixem de comprar um Wii para comprar um Xbox por causa de um acessório que estará "em desenvolvimento" ad infinitum.

7) Mesmo considerando que ele será lançado em algum período de 2010, o Natal está com o preço previsto de U$ 200. Ou seja, a pessoa (norte-americana - para brasileiros, quadruplique o preço) tem que comprar um Xbox (preço variando entre U$ 200 e U$ 400) mais um Natal, gastando entre U$ 400 e U$ 600 para poder usufruir do "século XXI" na sua integridade. Já um Wii sai por U$ 250. Um Wii Fit (com jogo), U$ 100. Um Wii Sports Resort (que vem com o motion plus) tá saindo por U$ 50. Um Wii Play (com um controle extra), U$ 45. Comprando um Xbox básico, com um jogo e um controle com um jogo mais um Natal, também com um jogo (prezumo), você gastaria U$ 400, ou U$ 430 se você comprar outro controle. Com esses U$ 400, você pode comprar um Wii, com um jogo e um controle, um Wii Fit (com outro jogo) e um Wii Sports Resort (jogo mais um trocinho para aumentar a sensibilidade do controle). Se quiser, você pode gastar U$ 15 a mais para comprar um jogo que vem com outro joystick. Daí você fica com 4 jogos, dois controles mais uma balance board.

Sinceramente, eu mantenho meu Wii...

terça-feira, junho 09, 2009

Horroriz para deputado?

Nota do Cláudio Humberto de ontem:

"Portas fechadas

No DF, quase todos
os partidos fecharam as portas para o ex-governador Joaquim Roriz.
Resta-lhe, talvez, o PTB do senador Gim Argello."

Isso está me lembrando o caso do Jáder Barbalho... Para quem não se lembra, em 2001 ele foi eleito presidente do Senado em meio a um conflito com o ACM. Mesmo com o ACM renunciando ao mandato por causa daquele escândo da violação do Painel (Obs: em 2014 o Luis Estevão pode voltar a se candidatar... TENSO!), o bombardeio continuou até que ele teve que renunciar pouco depois do 11 de setembro. Como não comandava o Pará feito o ACM comandava a Bahia, acabou tendo que se contentar com um mandato de deputado federal, tendo sido eleito já no ano segunte e reeleito em 2006 (sendo o que teve mais votos em ambos os escrutínios - o que explica muita coisa sobre o Pará, diga-se).

Caso aquela briga do Fillipelli não tenha sido uma encenação (torço pra isso), e caso essa nota do CH esteja certa, o mais garantido para Horroriz seria candidatar-se a deputado federal em 2010. Seguramente seria o mais eleito, e provavelmente levaria um deputado com ele. Considerando o (baixo) nível dos deputados federais do DF, até que não seria uma saída tão má assim. O duro seria, como já disse, 2014...

PS: Quem diria que os anos e anos de puxa-saquismo explícito na Câmara Legislativa fariam bem ao Gim Argello? Ele até está sendo cogitado para a articulação política do Lula em 2010!

Vou-me embora para Tashkent, lá sou amigo do rei...

Outro dia eu estava me perguntando por onde andava o Luis Felipe Scolari depois que ele foi chutado do Chelsea. Hoje eu já sei: ele acabou de ser contratado pelo glorioso Bunyodkor, em Tashkent, no Uzbequistão. O que, você não conhece o clube? Como, se o Rivaldo está jogando lá? Agora só falta dizer que você também não sabe que o Denílson está jogando no Vietnã...

quinta-feira, junho 04, 2009

Mais Projeto Natal e ainda o Speilberg

Tá legal, eu acabei de ver o vídeo-demonstração do Projeto Natal, e vai ter reconhecimento de voz (ou seja, é só falar "páusi!"). Mas ainda mantenho a restrição para viabilidade em alguns jogos. Porém, isso para computadores será o paraíso na terra!

Mas volto para fazer um adendo ao Speilberg sobre os controles. Sim, eu me sinto intimidado com os controles do PS3 e do XB360, com seus trocentos botões. Mas quando eu jogo Wii isso não me acontece, pois quando eu jogo com o Wiimote eu só uso, quando muito, dois botões. Já quando é também com o Nunckuck já aumentam para quatro e um direcional analógico. Ou seja: teoricamente o controle do Wii é menos complexo de se jogar do que o Super NES! A Sony (principalmente, com aquele controle horrível) e a Microsoft poderíam pensar mais sobre isso...

E3 2009 - Sony, jogos e Brasil [2] A feira em si

Pois é, o post de ontem ficou tão longo que acabei deixando a feira pra depois, e esse depois virou o dia seguinte. Mas, como o dia seguinte já é hoje, agora vai.

De certa forma, em termos de jogos a Sony apresentou mais coisas que a Nintendo, mas sem três bombas.

Em termos de hardware, a novidade mais pública da feira, o novo modelo do PSP (o PSP Go), para concorrer com o novo modelo do Nintendo DS (o DSi, já disponível nas lojas do ramo). O PSP Go é parecido com aqueles celulares "deslizantes" (esqueci o termo para eles), com a tela em cima e os botões e direcional embaixo. Outra novidade, mais uma vez mostrando que o paradigma da Nintendo ganhou a parada, é que a Sony desenvolveu um controle sensível aos movimentos dos jogadores. Vamos ver se ela usará isso para jogos "hardcore" ou emulará a estratégia da Nintendo.

Já em termos de software, aí sim, veio uma pletora de jogos. Alguns com um conceito bem interessante. O primeiro é um tal da MAG, um FPS multiplayer que cada time pode ter até... 128 jogadores! Já estou vendo a Al Quaeda usando isso para ensinar noções básicas de guerra de guerrilha... Outro é um tal de ModNation Racers. Mod, como vocês sabem, é a sigla comumente usada para versões modificadas/personalisadas de jogos consagrados. Pela descrição do jogo é uma mistura de Mario Kart com Little Big Planet (um dos jogos que me faria comprar um PS3 - e que, dizem à miúda, inspirou o modo cooperativo do New Super Mario Bros do Wii). Basicamente você pode montar os carros e construir uma pista a seu bel prazer. E você pode compartilhar essa pista com outros usuários de PS. Bastante interessante.

Outros jogos são continuações de "franquias" consagradas. A primeira é Assassin's Creed II, com interação entre o PS3 e o PSP. O segundo é um terceiro (tum-tum-tsss!), God of War III - outro jogo que me faria comprar um PS3. Versão revista, ampliada e bem mais gore do que os outros GOW.

Agora vamos às partes das bombas. A primeira é que haverá uma franquia nova e exclusiva da Rockstar para PS3. Para mim, qualquer jogo a la GTA feito pela empresa que FEZ GTA tem um ótimo potencial (tá bom, houve Manhunt e Bully, mas os acertos ainda são maiores). A segunda bomba é que, apesar do Metal Gear Solid: Rising para XBox 360, ele também sairá para PS3 - e, dizem, para PC. E não só: a Sony foi contemplada com um novo (e exclusivo) MGS. Coisa parecida houve com o Final Fantasy. O XIII será lançado para os dois, mas o PS3 terá cositas más exclusivas. Logo depois que anunciaram isso, anunciaram também que haverá um FFXIV exclusivo para a Sony! E não só, que ele será MMO! Para quem gosta de RPGs isso deve ser ótimo.

Enfim, em termos quantitativos a Sony apresentou mais coisas que a Nintendo, mas como nunca joguei MGS e não sou muito chegado a RPGs, não significou muito pra mim. Apenas a coisa do Brasil é que sim. Aliás, um adendo: infelizmente, como agora quem está ganhando a parada é a Nintendo, a última coisa que ela irá se preocupar é em acabar com a relação com a maldita importadora para a AL e comercializar diretamente em terra brasilis.


quarta-feira, junho 03, 2009

E3 2009 - Sony, jogos e Brasil. [1] Mas antes, uma historinha

Era uma vez um grande conglomerado japonês que um dia resolveu investir em videogames, e lançou um videogame que fez um sucesso estrondoso (apesar do controle horrível). Por razões obscuras, ela não lançou seu videogame no Brasil. Na geração seguinte conseguiu repetir o mesmo sucesso (apesar de continuar com um controle horrível), conseguindo até eliminar uma das concorrentes no setor - o sucesso também deveu-se ao fato do console também funcionar como um aparelho de DVD, o que seus concorrentes não faziam. Como em time que está ganhando não se mexe, ela continuou não lançando o seu videogame no Brasil.

Como a empresa estava ganhando turbilhões de dinheiro com seus consoles, ela resolveu investir no mercado de portáteis, que era da concorrente sobrevivente. O problema é que essa empresa sempre foi líder absoluta no mercado de portáteis, e também estava ganhando rios de dinheiro graças a um jogo, de um console que praticamente estava aposentado, que simplesmente extrapolou todas as fronteiras de mídia, com produtos e licenciamentos mil. Depois essa empresa lançaria um portátil que permitia uma nova dinâmica de jogo. Esse portátil vende horrores até hoje. Já a empresa líder dos consoles lançou, no ano seguinte, um portátil com maior poder e infinitas possibilidades multimídia, mas que em termos de vendas ainda lambe os pés da concorrente. Porém, como portátil não dá muito dinheiro, igualmente não foi lançado no Brasil.

Quando parecia que o sucesso nos consoles continuaria, uma outra terceira concorrente entrou no setor. Seu primeiro console não foi la essas coisas, e ela só fez perder dinheiro com ele. Mas essa empresa não era uma reles empresa que era segundo lugar no ramo de entreterimento no Japão (Sega), mas a maior empresa do ramo de informática do mundo (Microsoft, dããã!), e o que ela estava fazendo era apenas "acumular" conhecimento para, na geração seguinte, cair matando.

E lançou seu videogame, uma versão bem mais robusta que a anterior, apesar da qualidade discutível (primeira vez na história em que há constantes problemas de superaquecimento de consoles de uma determinada marca!). Além de se identificar mais com o maior mercado do mundo (EUA, ainda), a Microsoft conseguiu pegar jogos antes exclusivos do console dessa empresa. Mais exatamente: GTA IV (que na microsoft tem mais episódios extras), Final Fantasy XIII e, esse ano, Metal Gear.

Essa empresa lançou o seu videogame depois, com maior capacidade e uma nova tecnologia de armazenamento, que era uma das duas concorrentes para o padrão que substituirá o DVD. E ela GANHOU a parada, no que sinalizaria uma repetição da estratégia da geração passada, e que talvez dê certo a longo prazo, se a Lei de Moore não atrapalhar. O problema é que, ao contrário das vezes anteriores, ela não tomou a liderança.

Mas não foi só isso: aquela outra empresa japonesa, que tinha perdido a parada nas duas gerações anteriores (inclusive ficado na última posição na igualmente última geração), lançou um console com uma nova maneira de jogar que, apesar da capacidade nitidamente inferior e dos jogadores costumazes das duas gerações anteriores torcerem o nariz (ou por causa disso...), vendeu horrores, mais que a soma dos dois consoles. E, horror dos horrores, o console dessa empresa, com gráficos avançados, Blue-Ray e tudo, ficou em terceiro em vendas.

Mas a história ainda não acabou para a Sony (sim, é dela que estou falando, Pedro Bó!). No capitalismo, assim como na política, o vácuo sempre é preenchido. Quase quatro anos depois de ter somente a Microsoft no Brasil (que vende o Xbox 360, mas importado e obviamente caro pra cacete), uma empresa que havia acumulado mais de 20 anos de experiência em venda de videogames (a TecToy, que vende consoles antigos da Sega até hoje) resolve lançar um console específico para "mercados negligenciados de todo o mundo", inferior em capacidade ao PS2, mas com jogos infinitamente mais baratos. O Zeebo tá saindo do forno (por enquanto, apenas no RJ).

Finalmente, a Sony, lanterna no mundo dos videogames, mas com a vantagem do PS3 também ser um tocador de Blue-Ray (é o lobby que faço aqui em casa para ver se o povo daqui compra um...), anuncia que comercializará oficialmente o PS2 (para matar o Zeebo antes que ele cresça), o PSP e o PS3 na Terra dos Papagaios (no caso destes, para ver se amplia o mercado dos dois mesmos).

Eu ia falar dos anúncios da Sony na E3, mas -FINALMENTE- a vinda dos PSs ao Brasil merece um destaque especial. Depois (espero que ainda hoje) eu volto aos anúncios. Resumidamente, uma pletora de jogos e um troço que imita o Wiimote (mas não tão revolucionário quanto o Projeto Natal).

terça-feira, junho 02, 2009

E3 2009 - Nintendo, uns trocinhos e JOGOS

Como eu disse, a conferência da Nintendo foi hoje. Como eu disse errado, a da Sony na verdade também foi hoje. Vou pular os anúncios para DS porque (ainda) não é muito a minha área.

A Big N deu obviamente uma cobertura razoável para o MotionPlus. Para quem não sabe, é uma extensãozinha pra colocar no Wiimote para aumentar a sensibilidade deste. Será lançado no fim de julho nos EUA, separado e com o jogo Wii Sports Resort - que, assim como o Wii Play, venderá milhões sem ser lá grande coisa. Mesmo porque estão para sair uma cacetada de jogos que utilizarão o MotionPlus

Continuando nos acessórios, parece que terá um outro, chamado 'Vitality Sensor" e será um... aparelho pra medir pressão! Já sei, foi algo feito especialmente para o povo que comprou Wii só pra jogar Wii Sports e Wii Fit! Provavelmente também virá com um jogo que também venderá milhões sem ser grande coisa. Mas será um diferencial e tanto em comparação com o futuro Projeto Natal...

Ah, e falando nos "Jogos Wii" para Wii, vai ter também um Wii Fit Plus, um Wii Fit com mais salamaleques. Prevejo daqui a uns três anos começarem a vender a Balance Board com os dois jogos. Mas esse eu posso até comprar, já que estou me amarrando no Wii Fit! Altamente recomendável para quem tem o IMC acima do mínimo recomendável (embora isso não signifique necessariamente que você está mal, mas isso não é um post sobre saúde)

Mas vamos aos jogos "jogos" mesmo. A Nintendo é Nintendo, e você sempre pode esperar coisas ótimas. E elas vieram! Parafraseando o começo desse post, como eu disse errado, achava que eles anunciariam mais um jogo do Mário. NA VERDADE FORAM DOIS!!! Contrariando o paradigma que vinha desde o N64 de que só haveria um jogo do Mario3D por plataforma, o Wii terá Super Mario Galaxy 2!!! E novidade: pela primeira vez desde o Super Mario World, o Mario vai montar (oops!) no Yoshi!!! Meu, quem jogou SMG sabe o desbunde que é. Mas vai ser aquela coisa: provavelmente vão colocar o Yoshi como jogável apenas em algumas fases, e se você perde-lo, bau bau.

Porém, quem é meio assim com jogos 3d (um dia eu já fui, mas GTA Vice City me salvou - ficaria tão feliz com um GTA pra Wii, mesmo com gráficos piores...) não vai ficar chupando dedo: vão lançar outro Mario!!! E 2d!!! Vai se chamar New Super Mario Bros, que nem no DS, mas com uma novidade interessantíssima: permitirá até quatro jogadores simultâneos em modo cooperativo! Deus do céu, como é que o Miyamoto não pensou nisso antes!?

Bom, de Mario pra Wii foi só isso. Mas a coisa não acabou: também vai rolar um novo Metroid (mais exatamente, Metroid: Other M)!!! E, ao contrário da série Metroid Prime*, será produzido em conjunto com a Tecmo (e não com a "first party" Retro Studios) e, pelo que o trailer dá a entender, terá momentos 2D. Enfim, Samus Aran deixará de ser nipo-americana e voltará a ser japa (galega...) puro-sangue. Isso promete, e muito.

Enfim, como eu disse, e agora sim disse certo, o foco da Big N foi mais em software, mas em compensação, haja jogões! Amanhã falo da Sony, e com ÓTIMAS notícias para o Brasil. Sim, é isso mesmo: em comemoração à escolha de Manaus como sede da Copa 2014, ela FINALMENTE lançará o PS2 E o PSP E o PS3 na "América Lusa"!!! Bem, não foi bem por causa disso, como vou dizer amanhã.

*Em mais um produto que drenará as minhas economias, a Nintendo relançará os dois primeiros Metroid Prime do Game Cube JUNTO com o Metroid Prime 3, em uma antologia a sair (nos EUA) em fins de Agosto.

Historinha de hoje

Fui numa loja comprar o Super Smash Bros. Brawl (ainda oficial, porque esse jogo dá pra jogar em wi-fi e eu teria muito cagaço em jogar alguma versão pirata e a Nintendo em um dia de mal-humor resolver fiscalizar isso). Daí ouvi o seguinte diálogo:

"- Mas e o Wii?

- Ah, o Wii não tem bons gráficos"

Sabe o que isso me lembra? A velhíssima discussão sobre o rock progressivo ser melhor porque era mais elaborado (e hoje rock progressivo é um estilo moribundo, bem mais pra lá do que pra cá), ou aquela coisa bem no início dos anos 90, com o surgimento da Image Comics, onde todo mundo ficava impressionado com os gráficos, enquanto que a história era uma porcaria (salvo Savage Dragon, do Erik Larsen, que era divertida). Além disso, eu juro que eu ouvi isso:

"-Wii é videogame de menininhas"

Juro que quase deu vontade de responder de volta, mas em vez disso eu fiquei rindo comigo mesmo. Isso me arremeteu imediatamente a um diálogo que tive com um amigo recentemente logo depois que eu comprei o Wii Fit, e ele me respondeu: "Ah, Wii Fit é pra mulheres". E contra-argumentei assim: Não, Wii Fit não é pra mulheres, é para americanos gordos que têm vergonha/não tem saco de ir pra academia. Ri mais ainda quando ele apontou pro "SSBB" e falou:

- Ah, SSBB é legal pra caramba. Aliás, os jogos da Nintendo são bons. E No More Heroes também é.

Pois é, enquanto houverem jogos bons e o Wii continuar me surpreendendo eu não abro mão dele.

ADENDO: Voltando ao Projeto Natal de ontem, o Speilberg tocou num ponto importante: "As pessoas se sentem intimidadas com os controles de videogames". Bom, nisso eu concordo. Eu (mas não só) tenho uma verdadeira ojeriza àquele controle do Playstation, e fico com um pé atrás só de pensar em praticamente TODOS os controles da 4ª geração (N64 e PSOne) em diante. Salvo o do Sega Saturn, que era um controle do Mega Drive melhorado, e justamente o do Wii. O controle clássico lembra em muito o do SNES (que eu não gostava, mas ao menos não abominava). Mas infelizmente parece que uma das grandes contribuições da Sega, o direcional com diagonais, perdeu a parada. Triste.

Morte na linha sucessória do Império Brasileiro

Lembram do post Brasil Balcanizado, que escrevi há pouco mais de um ano? Pois é, lá no que restou do Império Brasileiro, eu disse que hoje seríamos reinados pelo imperador D. Luís I (Luís Gastão de Orleans e Bragança) - sou pelo ramo de Vassouras, a título de curiosidade. Como ele não tem filhos, o império iria para seu irmão, Antônio, e depois, para o filho deste, Pedro Luís de Orleans e Bragança.

Ocorre que o Pedro Luis (seria ele D.Pedro IV ou D. Pedro Luís I?) estava no voo da Air France... Então o terceiro na linha passa a ser seu irmão mais novo, Rafael Antônio Maria de Orleans e Bragança. Talvez isso causasse uma crise, já que "D. Rafael" é meio esquisito, vocês não acham?

segunda-feira, junho 01, 2009

E3 2009 - Microsoft e seu Projeto Natal

Como meia dúzia de nerds já devem saber, está ocorrendo nos EUA a E3, a maior feira de videogames do mundo, onde os lançamentos e as tendências são lançadas, e esses três dias são das produtoras de hardware (e software, mas principalmente de hardware). Hoje foi a conferência da Microsoft, amanhã será a da Nintendo e, depois de amanhã, a Sony. Não, não estou acompanhando avidamente elas, mas apenas a sua repercussão.

Como eu disse, hoje foi o dia da Microsoft. Para além da interação do console com a internet e de um Metal Gear exclusivo para o console americano, a principal - e mais bombástica - novidade é o "Projeto Natal" (Natal mesmo, não Christmans, o que levanta a curiosidade sobre a inspiração desse povo). Basicamente é a idéia do Wii levada às últimas consequências: uma câmera capta a sua imagem, reconhecendo a pessoa em questão e ela simplesmente joga com o seu corpo. Sem controles. Realmente é revolucionário.

Mas aí entra um busilis: alguém aqui já jogou Wii na vida? Pois bem, uma coisa é jogar e agitar as mãos pra jogar. Uma hora você cansa (não falo do jogo, mas do cansaço físico). Daí você pausa, descansa uns 30s, 1min e volta a jogar. Outra coisa é você utilizar um jogo que necessite do corpo todo, como Wii Sports. Daí você se cansa mais ainda (escolha o boxe pra isso), para uns 1min, 1min30s e volta a jogar. Sem problemas, certo?

Errado! E aí eu chego ao cerne da questão: Wii Sports é um jogo "casual", e o boxe dura uns 10 minutos, quando muito. Um jogador médio de videogame é um ser sedentário, que não se cansa de jogar um Winning Eleven apenas com os dedos, e não morre de cansado quando, no máximo, dá umas chacoalhadas no controle. Mas se ele tiver que usar todo o corpo para jogar um "Winning Eleven", por exemplo, adaptado para o Natal, dependendo dos movimentos que ele tiver que fazer, poderá até se sentir desestimulado a jogar uma partida. Daí que eu aposto que a grande maioria dos jogos que sairão nesse sistema serão os famigerados (pelos "caixistas") "casuais". E o joystick/controle/manete, ao contrário do que o Steven Spielberg previu, perdurará ainda um tempinho mais.

Ah, eu falei no parágrafo anterior e vocês não devem ter notado outra questão: COMO EU PODERIA PAUSAR UM JOGO SEM USAR BOTÕES!?

Vamos ver como será a Nintendo (que por "N" -hehehe- motivos impôs seu paradigma de visão do mercado) amanhã. Dizem que o foco vai ser mais em software (dizem até em um novo Mario)... Mas ela tem que tomar cuidado para não se acomodar.

Junho vai ser um mês daqueles...

Já no dia 1º há uma queda de um avião da Air France na costa brasileira, a concordata da GM/Chevrolet e a compra da Chrysler pela Fiat (também conhecida como "o dia em que Betim comprou Detroit").