sexta-feira, maio 18, 2007

Bottom 10

Você quer que eu vá embora? Estou te enchendo o saco? Seus problemas acabaram! Basta tocar alguma dessas músicas que eu vou embora correndo - mas se tocar as 10 eu vou saber do seu anseio, e daí eu te mato ;P.

10 - Poison Heart/Ramones
9 - That thing you do/Wonders*
8 - Mr. Jones/ Counting Crows
7 - Qualquer uma do Falamansa, mas em especial o "Xote da Alegria" e aquela do "rá rá rá mas eu tô rindo a toa"
6 - Aquela do "Olha a onda! Olha a onda! (Clap! Clap!" - depois é capaz de eu colocar um quebra-pau dos tempos do orkut aqui por causa dessa música :P)
5 - Amor I love you/Marisa Monte
4 - Enxurrada Seca/Marisa Monte (aquela do irritante: "Ó chuva, vêí mí dízêr!")
3 - Qualquer uma do Pe. Marcelo Rossi, mas em especial o "Erguei as Mãos"**
2 - Last Kiss/ Pearl Jam
1 - Papel Marchê/ João Bosco

*Como fazem questão de tocar uma música de UMA BANDA FICTÍCIA nas rádios!? :@
**Odeio música gospel. Por causa dela, a possibilidade de eu virar católico um dia é impossível. A menos que seja naquela vertente mais conservadora onde as missas são em latim, o padre reza de frente pra nave e de costas para o público e onde só enta canto gregoriano. Se odeio música gospel amo música sacra.

terça-feira, maio 15, 2007

Quote:

Ouvir Radiohead (cadê as novas músicas deles?) não estando triste é algo muuuuuuuito estranho... :|

segunda-feira, maio 14, 2007

Olavo de Carvalho volta à boa e velha forma!!! :D

O príncipe Charles aparece de vez em quando como um simples mecenas, protetor da arte e da cultura islâmicas no seu país, mas, acreditem, isso é só uma fachada. Ele está pessoalmente ligado a uma organização esotérica fundada por Frithjof Schuon, o místico muçulmano, suíço de nascimento, que ao voltar de uma viagem iniciática à Argélia nos anos 50 prometeu islamizar a Europa no prazo de uma geração. Schuon morreu, mas seu trabalho, extremamente bem sucedido, continua através de dedicados sucessores. A influência incalculavelmente vasta e ao mesmo tempo discretíssima que ele logrou obter sobre a elite intelectual e política européia é invisível ao grande público, mas sem ela o mero afluxo de imigrantes não teria o dom de transformar o Islam na única autoridade religiosa que tem o poder de vergar a espinha do governo britânico, e de fazê-lo até mesmo em nome de uma exigência absurda, ofensiva em último grau.

terça-feira, maio 08, 2007

Galeria dos Traidores do Movimento e a natureza do Y

Aqui vai um ato de agravo ao filho da puta do Igor Cavalera. Para variar, a culpada foi uma mulher. Mulheres são o demônio, eu sempre digo. Metade das discórdias mundiais são causadas por alguém sem cromossomo Y, desde a Helena de Tróia - a outra metade é por dinheiro. Vejamos os últimos casos na galeria da infâmia do rock nacional:

Max Cavalera - Saiu do Sepultura porque a Glória, empresária dele e apenas um ano mais nova que a mãe dele, começou a puxar a sardinha pro lado do marido, deixando o resto do Sepultura na mão.

Rodolfo Abrantes - Saiu dos Raimundos - e virou um crente filho da puta, com o perdão da redundância - porque se enrabixou por uma rabo-de-saia protestante.

Igor Cavalera - Reeditou às horrendas experimentações de rock com eletrônica ocorridas nos anos 90 virando DJ. Foi virando clubber, clubber, até que se apaixonou por outra DJ, separou da mulher dele, a que foi seqüestrada, assumiu o relacionamento com a outra, saiu do Sepultura e, estupidez extrema, adotou o nome de Iggor Cavalera. Teria feito menos pior se tivesse adotado o ' ï' ucraniano, mas nããããão.

Bem, isso ocorreu no ano passado, então por que resolvi desenterrar isso?

1)Porque vi uma foto do Ïgygyokh no Skol Beats com o casaco de touca clubber mais ridículo que já vi;

2)Porque é um exemplo clássico de até onde nós homens podemos nos anular, acabar com o que somos quando estamos apaixonados. No caso deles, após a paixão ser correspondida. Por muito tempo, eu fui idiota o bastante para me anular ANTES de comprovar que a minha paixão não era correspondida. Jurei nunca mais fazer isso, o que me tornou uma pessoa extremamente teimosa e com um limite de tolerância, ainda mais baixo do que tinha. Caso o mundo esteja a ponto de acabar e alguma mulher por quem eu me apaixone me corresponda, eu até posso fazer algumas concessões. Mas não vai passar daí. O meu eu é sagrado pra mim, e sou capaz de transformar a outra metade do meu coração em pedra pra defender isso.

Mas é claro que isso não elimina alguma eventual putaria com alguém totalmente incompatível... :P

PS: Será difícil pro povo do rock ser minimamente íntegro!? O João Gordo, mesmo tendo virado um capitalista papai de família bonzinho, além de ser DJ, continua fazendo a mesma música de sempre no Ratos!

domingo, maio 06, 2007

Livin' in San Quentin...

San Quentin, you've been livin' hell to me
You've hosted me since nineteen sixty three
I've seen 'em come and go and I've seen them die
And long ago I stopped askin' why

San Quentin, I hate every inch of you.
You've cut me and have scarred me thru an' thru.
And I'll walk out a wiser weaker man;
Mister Congressman why can't you understand.

San Quentin, what good do you think you do?
Do you think I'll be different when you're through?
You bent my heart and mind and you may my soul,
And your stone walls turn my blood a little cold.

San Quentin, may you rot and burn in hell.
May your walls fall and may I live to tell.
May all the world forget you ever stood.
And may all the world regret you did no good.

San Quentin, I hate every inch of you.

sábado, maio 05, 2007

15 minutos de merda

ATENÇÃO: ESSE POST CONTÉM SPOILERS! Leia por sua conta e risco

Não aqui, mas eu já tinha falado que o Homem-Aranha 2 foi um filme maravilhoso... mas foi completamente comprometido pelos 15 minutos finais, quando praticamente toda a humanidade ficou sabendo que o Pedro Prado (em tuga de Tugal) era o aracnídeo. O Dr. Octopus, o Harry Osborn, a Mary Jane, todos os que estavam naquele metrô/elevado/monotrilho... Meu lado 'nerd' estrilou com isso.

Pois bem, esses 15 minutos do HA2 comprometeram o HA3, que teve a proeza de ser pior mesmo que o HA1!. :@ Vamos às minhas críticas:

1)Muitos vilões. Se o Harry não tivesse sabido da identidade do HA no HA2 ele poderia muito bem ter sido um personagem-secundário no HA3. O HA3 já estaria de bom tamanho com o Homem-Areia e com o Venom. Isso reforça o talento do diretor do X-Men 3, que descartou o Noturno sem a menor cerimônia, e fez um filme que, pra mim, foi muito melhor que o X-Men 2 - e olha que ele ignorou os cânones dos quadrinhos;

2)O Venom foi muito mal-trabalhado. Tudo bem que tiveram que inventar uma origem fajuta para o simbionte que não fosse as Guerras Secretas, mas a ascensão e queda do Pedro Prado com o uniforme negro e o quebra-pau com o Venom teria que ser desenvolvida em ao menos 2 filmes, não em 3/4 de um;

3)O Venom foi muito mal-feito. Era pro Eddie Brock ter um físico quase como o de um fisiculturista, não por um cara mais ou menos com o corpo do Tobey Maguire! Resultado: o Venom, que nos quadrinhos é parrudo, no HA3 tá muito é magricela... E o Venom não é o Fanático ou o Rei do Crime, onde seria difícil fazer efeito especial pros músculos da pele ficarem superdesenvolvidos;

4)O Homem-Areia ficou MUITO MELHOR que o Venom. Mas teve dois problemas com ele. O primeiro é que toda vez que ele virava um monstro de areia ele nunca falava, somente urrava! Pareceu o Hulk do Ang Lee (uma merda). E o segundo é que o H-A virou o Jack Napier! Tal como o Tim Burton, o Sam Raimi transformou um arqui-vilão na gênese do herói! Absurdo isso;

5) Tem um furo dum tamanho de queijo suíço no filme, quando o Venom se encontra com o Homem-Areia e fala da filhinha deste. De onde que o Venom tirou essa informação!?;

6)O pior defeito vem agora: quando o Pedro Prado se deixa dominar pelo simbionte e fica malzão, ele VIRA EMO! Puta que pariu! Isso foi pior que o Darth Vader com tererê!. O HA3, passou a ser uma merda a partir da metade!

quarta-feira, maio 02, 2007

Então é por isso...

Trecho retirado do artigo "A interação entre iguais*: o quê causa o quê?", de Willard. W. Hartup, que tô traduzindo pra ganhar uma graninha. Tradução e itálicos by Lobo

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As redes sociais, tanto na infância quanto na adolescência, incluem inimigos assim como amigos. As crianças e os adolescentes que estão envolvidos em ao menos uma antipatia mútua tendem a ser mais agressivos que os indivíduos que não estão envolvidos em tais relacionamentos (Abecassis, Hrtup, Haselager, Scholte & van Lieshout, 2001). Concomitantemente, tanto os abusadores quanto suas vitimas têm mais inimigos que os outros indivíduos. A extensão dessas antipatias que estão relacionadas com as mudanças de comportamento não é conhecida, uma vez que esses inimigos se evitam. Porém, isso não significa que os inimigos não se influenciem. Deveríamos saber mais sobre esses processos, uma vez que essas antipatias mútuas estão freqüentemente incorporadas na adaptação de crianças agressivas.

As redes de relacionamento também conduzem ao desenvolvimento da agressividade e do comportamento anti-social. Primeiro porque essas redes são geralmente definidas em termos de normas comuns, e as redes de agressividade estão prontamente influenciadas (Cairns, Cairns, Neckelman, Gest & Gariepy, 1988); e segundo, porque a constelação de amigos e inimigos nas vidas de uma criança faz a diferença em sua adaptação social. As crianças e os adolescentes que têm amigos mas não inimigos são menos agressivas e anti-sociais que os que possuem amigos e inimigos ou os que possuem apenas inimigos (van Lieshout et al., 2005). Somados, os recentes resultados sugerem que as relações desempenham um papel no desenvolvimento da agressividade. É preciso um melhor entendimento dos processos ocorrentes entre amigos e inimigos.

*Não consegui encontrar uma tradução melhor para "peer", então relevem.

Sobre atos românticos

Conversa de agorinha no msn:

Johnny diz:

Lobo...
Johnny diz:
acabei de fazer a coisa mais romantica da minha vida
Johnny diz:
embora...não valha de muita coisa
Johnny diz:
vc ta aí?
Lobo diz:
sim
Lobo diz:
o que vc fez?
Johnny diz:
tinha um buraquinho no chão, no condominio dela, q parecia um coração...e ela sempre quis enchê-lo ou pintá-lo mas isso nunca aconteceu...
Johnny diz:
hoje de manhã, fui lá com tinta e pincel, driblei todo mundo (e ainda fui expulso do condominio) e pintei o coração
Johnny diz:
mesmo q não de em nada....eu fiz a coisa mais romantica da minha vida hj
Johnny diz:
e escreví um texto q ou colocar no fotolog
Johnny diz:
q me fez chorar cara....

Me fez lembrar o meu ato mais romântico da minha vida. O ato foi um pouco motivado por ódio: haveria SBPC (tipo um seminário geral de todos os campos de estudos) em Goiânia na metade de um ano que agora não me lembro - se não me engano em 2001. E eu estava me preparando para viajar com os colegas da faculdade e tocarmos o terror lá. O Daniel, o Matheus e o Henrique (um goiano crente com quem meio que rompi por tabela depois do affair Camila, já que ele era muito chegado do Daniel) constumavam ir para Goiânia no fim de semana farrear. E me preparei pra psicologicamente ir com eles. Recusei oferta do meu pai para que ele pagasse a estadia pra mim em hotel lá para que eu fosse com eles e farreássemos juntos.

Chegando no fim de semana do SBPC, o Henrique fala que "Ah, mas não dá para dormir todo mundo na casa do meu irmão lá em Goiânia..."
. Meu, pelo fato de eu falar sempre que queria ir muito no SBPC em Goiânia por UM LONGO SEMESTRE eu pensei que seria óbvio pra aquele crente filho da puta (com o perdão da redundância) de que eu iria com eles. Mas nãããão. É que nós cancerianos temos a mania de pensar que nossos atos e nossas indiretas são claramente perceptíveis para as outras pessoas. Mas acontece que não consideramos o fato de que existem pessoas insensíveis no mundo.

(Um adendo: o Daniel, apesar de ter ficado mal com isso, foi pra Goiânia mesmo assim. Isso pra mim hoje é sinal de que a amizade não era de verdade, de que se ele se importasse de verdade ele não teria ido pra Goiânia - um pouco de altruísmo faz bem pro coração, mas na época eu compreendi esse 'egoísmo' da parte dele. Dois anos depois eu aprenderia da pior maneira qual era seu verdadeiro nível de lealdade...).

Na quinta-feira que eles foram embora, eu comprei uma garrafa de cachaça e ameacei bebê-la toda e cair no choro, mas tive uma idéia melhor: resolvi canalizar a raiva para algo positivo - sem contar que não aguentei beber mais de dois goles da cachaça e joguei fora a garrafa. À noite, eu pesquisei na internet como que se escrevia as letras em hebreu, árabe, grego, coreano e japonês.

No dia seguinte, comprei 10 metros de papel pardo (em 5 partes de 2 metros), um vidro de tinta guache preta, um pincel e fita crepe e fui pra minha faculdade sentar no chão e fazer arte. Escrevi "Michelle: eu te amo Ass. Lobo" nos alfabetos acima (em japonês ficou 'Michere') e em russo (eu aprendi cirílico por minha conta) e fiz nos quatro papéis - obviamente não foi nas línguas originais, mas em português transcrito para os alfabetos acima. Voltei pra casa.

Na segunda seguinte fui cedinho pra UnB e coloquei os cartazes - não fiz isso na sexta com medo de que algum vigia arrancasse-os. Dois eu coloquei em cada entrada da minha faculdade, outro eu coloquei perto da xerox da faculdade, um na entrada do Minhocão (prédio central da UnB onde todos os cursos se confluem - onde rola aquelas matérias nada a ver que existem em todos os cursos) por onde eu sabia que ela passava e o outro eu deixei como reserva caso algum deles fosse arrancado.

Quando eles voltaram de Gyn e me perguntaram o que fiz no fim de semana, eu falei "Eu fiz isso" e indicava os cartazes. Não escrevi isso em alfabeto latino porque 1)seria demonstrar ser idiota demais (mas não seria de amor se não fosse idiota, já diria a poeta...); 2) vergonha/covardia. Enfim, obviamente a minha 'intervenção urbana' passou desapercebida por ela, que só viria a saber dos meus sentimentos pela Fabiana, aquela amiga minha que estudou com ela no Objetivo e estava no mesmo curso que a gente. Mas essa é outra história...

Esse foi o meu maior ato romântico. Pelas decepções que veio depois, eu perdi completamente a capacidade de ser ridículo dessa forma. Se na época eu era como o Zacarias, hoje eu tô mais pro Louco do Piazzolla


terça-feira, maio 01, 2007

Às armas, às armas

De vez em quando penso na nossa limitação intrínseca. Nosso período de vida é muito pequeno, e nesse, aquela parte entre a fase que somos crianças com um cérebro subdesenvolvido e a que somos velhos que não temos controle sobre nossas necessidades é menor ainda. Daí penso: por que nessa que deveria ser a melhor fase de nossa vida sofremos tanto? E por que nos limitamos tanto nesse comecinho da vida adulta? Essa é a época que nós temos que ganhar o mundo, para que nossos descendentes tomem da gente daqui a uns 40 anos!

É com esse pensamento que no fim de junho e por todo mês de julho eu irei para Santa Catarina, tentar a vida por lá procurando trampo em algumas cidades. É difícil? Sim. SC é um estado que não tem cidades grandes, e com isso as possibilidades de conseguir um emprego no estado-da-arte é bem difícil. Mas é como eu disse, vivemos pouco, nossa vida útil é menor ainda, por isso acho que devo tentar.

Eu penso que meus antepassados tugas tinham o mesmo desespero existencial que estou tendo agora. Olhavam pro Atlântico, aquela água que não acaba mais, e temiam os perigos - principalmente as esposas e as mães - mas também os riscos que traziam muitas possibilidades, e eu não quero ficar na terra com medo de me aventurar no mar - ou fazendo uma parábola literária, não quero ser aquele cara que não força a entrada na porta só porque o porteiro não deixa. Quero ver aonde esse oceano me leva, mesmo que possa estraçalhar o meu navio e eu vire um náufrago.

Me sinto como um degredado que ainda não foi expulso e está em constante expiação.

O bom, o belo, mas injusto (pros gregos)

Sigur Rós - Viðrar Vel Til Loftárása

Esses os gregos adorariam(e os samurais:segundo o Hagakure, quando um samurai resolve ter uma relação homossexual, ele deve ter uma relação com alguém 5 anos mais velho, mas ficar com um pé atrás por cinco anos pra ver se o relacionamento é sério ou não - samurais não passam de cowboys...). É de uma banda islandesa horrível, Sigur Ros, que fala de um amor homoerótico infantil. Sinceramente está entre os clipes românticos/sobre intolerância/amor platônico mais bonitos que já vi.

Dedicated to João, beloved daughter.

O mau, o feio, o injusto

Já disse umas 1000 vezes que o meu senso estético é perturbado, e agora vou mostrar isso por dois clipes que gosto muito:

Metallica - Turn the Page

Sim, é da fase merda deles, apesar de ser do Garage Inc., um álbum que eles (re)lançaram depois das bombas 'Load'* ** e 'Reload'. Sim, onde eles cagaram totalmente na "Sabbacadabra", que foi a primeira música do Black Sabbath que aprendi a gostar. E sim, é um cover de música country. Mas pqp, o clipe é ma-ra-vi-lho-so! Basicamente é uma historinha de uma stripper/puta de estrada que faz tudo isso pra cuidar da filha e não se arrepende de nada. Essas histórias da face maldita do mundo geram um facínio medonho em mim.

Ministry - Just One Fix

O Ministry é uma banda semi-maldita. Eles inventaram o metal industrial, mas quem ficou com a fama foram o Nine Inch Nails (meia boca) e o Marilyn Manson (uma merda). E um dos sinais dessa maldição é esse clipe, que nada mais é do que a filmagem de um moleque sofrendo de crise de abstinência num quarto fudido de hotel. Sinceramente, dá de 1000 no "Smack my Bitch up" do Prodigy. Dois detalhes a se destacar: 1) o Al Yorguensen cantando com a sua habitual cara de chapado (na época desse clipe um dos membros da banda morreu de overdose de heroína, parece); 2) O simpático velhinho redneck do clipe não é nada menos do que William Bourroughs (pouco antes de morrer), um dos maiores poetas beatniks, que escreveu sob o efeito de todas as drogas possíveis o 'Almoço Nu' (junto com "Johnny vai à Guerra" é um dos livros norte-americanos que sou doido pra ler). Uma conexão com o Brasil: uma vez na Folha li que o WB conseguiu se livrar do vício da heroína pelo o uso do Santo Daime, segundo ele a droga mais forte que ele já experimentou na vida.

*Me lembro claramente na crítica da antiga Bizz o Charles Gavin, baterista dos Titãs, dando a cotação 'excelente' pro 'Load'. Foi a partir dali que passei a achar os Titãs uma bosta.
**Quando lançaram o 'Load' (97), eu, metaleiro massacration que era, fiquei tão puto que vendi o 'Álbum Negro' por R$4. Confesso que não me arrependi. É como dizem, você se arrepende mais depois que elogia do que quando critica.