quinta-feira, outubro 18, 2018

Interlúdio: O meme dos NPCs (você ainda ouvirá falar dele)

Enquanto o Haddad quer que a candidatura do Bolsonaro seja cassada baseada numa notícia da Folha que é, até agora um disse-me-disse, vamos ao mundo encantando dos memes.

Vocês conhecem obviamente o feels guy

Agora, apresento-lhes o NPC guy

NPC, para quem não jogou RPG nem viu o remake de "Jumanji", significa "Non-Player Character". Explicando: é aquele tradicional personagem dos RPGs que, não importa o que aconteça, sempre terá os mesmos diálogos e as mesmas funções.

A primeira publição do NPC guy foi em 2016 na versão alemã do 4chan, o Krautchan, mas explodiu para valer em setembro deste ano no 4chan quando um "anônimo" resolveu levantar a questão existencial "seríamos todos NPCs?". É uma questão seríssima, diga-se, principalmente com aquele questionamento budista eternizado pelo Raulzito "sou um sábio chinês que é uma borboleta ou uma borboleta que é um sábio chinês?"
No fundo no fundo, é um questionamento às "pessoas-clichês", principalmente no "seja você mesmo!". Já repararam que quanto mais a pessoa quer ser diferente mais a pessoa é igual aos outros que a rodeiam? Vê as mesmas séries, tem os mesmos penteados, se tatua do mesmo jeito...

Involuntariamente, os anônimos do 4chan entraram numa problemática de quase 100 anos. Qual a diferença entre um NPC e "Os Homens Ocos" do T. S. Elliot, de 1925? Ou do "Homem-Massa" do Ortega y Gasset, de 1929? Quem falou também desse conceito foi o Eric Hoffer, que os chamava de "Fanáticos" (True Believers), o nosso Nelson Rodrigues ("Cretino Fundamental") e, num escopo mais limitado, o Olavo de Carvalho ("Imbecil Coletivo").

Como vocês podem perceber não é um conceito muito simpático à esquerda, e gerou uma gritaria por parte da esquerda americana e parando no The New York Times (obs: não que o NYT seja grande coisa, mas enfim).

Adaptando para a realidade eleitoral brasileira, os NPCs atualmente são principalmente o pessoal do anti-Bolsonaro que não vai votar nele porque ele é "racistamachistahomofóbico", porque "ele vai implantar uma ditadura", que fica fazendo fanfics, etc. É possível ser contra o Bolsonaro e não ser NPC? Claro que sim! O Fernando Gabeira - que foi acusado de ser bastante condescendente com o Jair na sabatina da GloboNews - mostrou que não é um

E é possível haver NPCs pró-Bolsonaro? Basta dar uma simples verificada na área de comentários de qualquer veículo da imprensa no Facebook que vocês os verão. Como diria o Baltasar Gracián, "metade do mundo briga com a outra metade - e ambas são idiotas". O problema é muito mais acentuado na esquerda, mas não é só ela que tem disso não. No caso da direita, como bem salientou o Bernardo Küster, é a tal da "direita outfit".

A única maneira de sair do mundo do NPC é fugir como o diabo da cruz de frases como "seja você mesmo!", "pense com sua própria cabeça!", etc., deixar de se achar especial só porque fica vendo as séries que todos vêem no Netflix e sempre buscar os fundamentos das coisas. E aí, meu amigo, é partir pros clássicos.

segunda-feira, outubro 15, 2018

Notas sobre as eleições federais (16) - Elogio ao WhatsApp

Em 2008 e 2012 Barack Obama utilizou-se da internet para se (re-)eleger presidente dos EUA. Em 2016, os republicanos (na verdade o Trump - a cúpula partidária foi contra o topetudo laranja até o último momento) usou das mesmas táticas, valendo-se da trindade Facebook, Twitter e Google (pelo YouTube) para fazer o mesmo. Eleitoralmente, o Trump ganhou no Cinturão da Ferrugem, mas na internet, ele ganhou foi nos memes - principalmente o site-lixo mais influente da internet, o 4chan.

Imagem acima, como o pessoal do 4chan viu a história toda.

Pois bem: como é público e notório (e se você não sabia disso, dê uma olhada na primeira conferência semanal interna do Google após a eleição do Trump, com os principais nomes do Google - incluindo fundadores, CEO e CFO -tentando consolar os empregados e falando que "vão tomar atitudes" para que isso não ocorra https://www.youtube.com/watch?v=-he5S1UFeC8), TODO o Vale do Silício é de esquerda, e eles atribuem a vitória do Trump ao fato de que "hackers russos" influenciaram os eleitores americanos a votarem no Trump baseados em "fake news". A partir daí, passaram a fazer uma legítima caça as bruxas aos supostos sites de "fake news" (na verdade, conservadores), desde restringir o alcance de canais/pessoas conservadores (o mais famoso caso foi com o Prager University, onde inclusive estão levando processo - se você não conhece os vídeos do Praguer, recomendo avidamente) ou até excluindo-os, como no caso do mais que controverso Alex Jones, que, estranhamente, teve suas contas removidas da Apple, Facebook, YouTube e Spotfy NO MESMO DIA 06 DE AGOSTO (o Twitter demorou um pouco mais para excluí-lo - e sabe-se lá o porquê que o Google ainda mantém aplicativo do InfoWars, tendo excluído o Gab por ser "supremacista").

O Facebook (em cuja versão brasileira já não mais se pode dizer a palavra "viado" sem tomar ban, não pode mais fazer citações bíblicas literais condenando o homossexualismo e que tem como nome de salas de reuniões "Zumbi dos Palmares", "Marielle Franco" e "Respeita as Mina"), para combater essas "fake news", fez convênios com supostas agências verificadoras "isentas", como a Agência Lupa, que fica hospedada no site da Revista (ó!) de esquerda Piauí, da família co-proprietária do Banco Itaú Moreira Salles (que é tão ou mais esquerdista que a outra família, a Setúbal), mas de alguma maneira é considerada "isenta". O Mark Zuckerberg inclusive disse que nas eleições brasileiras ocorreria o grande teste de combate à "fake news". E parecia estar tudo ocorrendo nos conformes, com exclusão de contas ligadas ao MBL, contas de conservadores como o Olavo de Carvalho, Nando Moura e Bernardo Küster sendo devidamente banidas por 30 dias no início das eleições "porque sim"...

O problema é que, ao contrário dos EUA, a principal ferramenta de comunicação no Brasil não é o Facebook, muito menos o Twitter (e o Nando Moura está grande demais no momento para cair no Youtube). Aqui, o que manda é o "ZapZap". Por mais que o WhatsApp seja do Facebook, por mais que os fundadores do WhatsApp tenham saído da empresa em desacordo com as ideias do Zuckerberg para o aplicativo (ver aqui e aqui), não houve tempo hábil para o Zuckerberg implantar o seu pacote de maldades.

Em tese dá para se ser banido sim do WhatsApp, mas o processo é tão complicado e tão pouco divulgado que praticamente nunca acontece. Além disso, mesmo que não fosse, até pela característica do aplicativo (é mais uma caixa de ressonância que uma comunidade aberta), não iria funcionar a contento.

A campanha do Bolsonaro não só aprendeu a utilizar a internet da maneira com que os republicanos a usaram, como fez a devida e correta adaptação aos trópicos. E é exatamente por isso que o Haddad está chiando tanto com o aplicativo: eles esperavam uma campanha à americana, mas os principais cabos eleitorais são os Tiozões do Zap.


segunda-feira, outubro 08, 2018

Notas sobre as eleições federais (15.1) - Estados e Municípios

Em relação aos estados, houve três mudanças fundamentais em relação ao cenário nas últimas eleições:

1) O PT oficialmente perdeu o Rio de Janeiro, estado onde ele não perdia desde 1998. A coisa foi tão feia que o Ciro Gomes é quem ficou em segundo lugar (deve ser debitado isso ao fato dele ter sido quem mais se engajou junto à esquerda caviar carioca). A situação está em tal ponto que o Bolsonaro teve 1,4 milhão de votos a mais que o Aécio teve NO SEGUNDO TURNO!

2) O PT perdeu feio em Minas Gerais. Graças ao "efeito Novo", perdeu no Triângulo Mineiro, Central de Minas, Oeste, Noroeste, Zona da Mata e Vale do Rio Doce (embora estas duas últimas sejam regiões um pouco mais conflagradas). Só conseguiu conservar o Norte (embora tenha perdido em Montes Claros), Vales do Jequitinhonha e Mucuri (embora tenha perdido em Teófilo Otoni). Sem o palanque do Pimentel a sangria será maior, tenham certeza.

3) O PT e a Marina perderam oficialmente o Acre. Eleitoralmente o peso é praticamente nenhum, mas tirar de cena os Irmãos Viana não deixa de ser uma façanha.

Já quanto aos Municípios, estão ocorrendo as seguintes coisas bastante interessantes:

1) Além de ter perdido o estado do Rio de Janeiro, o Haddad perdeu toda a região metropolitana. Em 2014 o Aécio só conseguiu ganhar em Niterói. Nessas o Bolsonaro já está acima dos 50% (e em várias acima dos 60%) em TODAS as cidades. CHUPA, GLOBO!

2) Especificamente na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o Bolsonaro conseguiu consolidar as três principais cidades: BH, Contagem e Betim (que havia sido Dilma nas últimas eleições)

3) O Bolsonaro conseguiu vitórias importantíssimas em algumas cidades importantíssimas no Nordeste, sendo que ele passou dos 50% em Maceió e Campina Grande-PB, além de ter vencido o primeiro turno em Aracajú, Caruarú-PE, toda a região metropolitana de Recife e de João Pessoa, Natal-RN (sendo que passou dos 50% em Parnamirim), Mossoró-RN e Imperatriz-MA

4) Na Região Norte, o Bolsonaro passou dos 50% em Manaus e em Palmas (e Araguaína), além das cidades paraenses de Altamira, Paragominas e São Félix do Xingú, das tocantinenses. No entanto, eu acredito que o Haddad tem condições de virar o jogo no Amapá, Amazonas e Tocantins.

Nota sobre as eleições federais (15) - Que se fodam as pesquisas, Temos FATOS E NÚMEROS. Quem ganha as eleições?

Resposta curta: Jair Bolsonaro.

Resposta longa:

Vamos aos fatos: com 100% das urnas apuradas, a situação é a seguinte:

Jair Bolsonaro ficou em 1º lugar com 49.275.348 votos (46,03% dos votos válidos).

Fernando Haddad ficou em 2º lugar com 31.341.839 votos (29,28%).

Ciro Gomes ficou em 3º lugar com 13.344.074 votos (12,47%)

Geraldo Alckmin ficou com 5.096.277 votos (4,76%)

João Amoêdo ficou com 2.679.596 votos (2,50%)

Cabo Daciolo ficou com 1.348.317 votos (1,26%)
(Glória a Deuxx!!!)

Henrique Meirelles teve 1.288.941 votos (1,20%)

Marina Silva ficou com 1.069.538 votos (1,00%)

O resto ficou com menos de 1%.

Constatações:

1) o Bolsonaro teve quase 15 milhões de votos a mais que o Aécio Neves teve no primeiro turno e ficou a 1,8 milhão de igualar sua marca no segundo turno. Quer mais? Enquanto que no primeiro turno de 2014 o Aécio só teria vencido no primeiro turno em Santa Catarina, e venceria no segundo turno em 12 estados, o Bolsonaro teria levado a fatura no PRIMEIRO turno em TREZE estados. Ainda acha pouco? Tem mais ainda: o Bolsonaro teve agora mais votos que o Aécio teve no SEGUNDO TURNO em QUINZE estados - com uma surpresa: ele teve quase 150 mil votos a mais no insuspeitíssimo MARANHÃO!!

2) Quanto ao Haddad, ele teve 12 milhões de votos a menos que a Dilma teve no primeiro turno. Com destaque principalmente para o Rio de Janeiro, com 1,7 milhão a menos, Minas gerais, com quase 1,8 milhão a menos Rio Grande do Sul, com 1,1 milhão e São Paulo, com 2,1 milhões. O único estado onde o PT teve mais votos agora que em 2014 foi a Bahia. E enquanto a Dilma teria levado no primeiro turno em 11 estados em 2014 (no Norte e no Nordeste), o Haddad levou em 4 estados do Nordeste.

3) Em relação ao Ciro, ele foi uma terceira via menos apelativa que a Marina tentou ser em 2014, tendo quase 9 milhões de votos a menos que ela (não vou falar quantos votos a Marina teve a menos nesse ano que senão a coisa vai ficar MUITO feia)... Ele ganhou no Ceará com quase 2 milhões de votos (porém não passou dos 50%). É muito? É. Todos esses votos praticamente irão para o Haddad? Com certeza! Mas convém não superestimar esses números. A Marina teve 640 mil votos no Ceará e 2,3 mihlões em Pernambuco nas últimas eleições, e o Ciro teve justamente 640 mil votos no Pernambuco nessas eleições... Mas continuemos mais um pouco: os únicos lugares do Brasil onde "deu milhão" foram no Ceará, Minas (1,2), Rio de janeiro (1,3 - aliás, teve mais votos que o Haddad) e São Paulo (2,65 - aliás, teve mais votos que o Alckmin), lugares onde seguramente a grande maioria dos votos será transferida para o Haddad. Chutemos alto, numa razão de 8:2. Arredondando, 5,2 milhões. Assim, seriam uns 520 mil que anulariam o voto e outros 520 mil que podem plenamente votar no Bolsonaro... Meu palpite é que dos 13 milhões, ao menos 1 milhão entram no bolso do Bolso.

4) Agora vamos ao grande perdedor dessas eleições: Geraldo Alckmin. Sim, porque seu desempenho ajudou a AFUNDAR o partido nas eleições legislativas. Desses 5,1 milhões de votos que teve, pouco mais de 20% (2,22 milhões) foram de São Paulo. O Skaf (que surpreendentemente perdeu) já disse que apoiará o Bolsonaro. O França apoiará o Haddad - que ganhou de presente um palanque com o qual não esperava). O Dória, assim que os resultados saíram, disse a mesma coisa. Assim, desses 2,2 milhões, pelo menos 60% irá para o Bolsonaro, outros 20% anularão o voto e 20% votam no Haddad mesmo, talvez por incorporarem a narrativa esquerdista de que ele é "racistamachistahomofóbico". Acrescente mais 1,3 milhões para o Bolsonaro em SP (com pelo menos 2,5 milhões no geral)

5) O Amoêdo teve o grosso de seu eleitorado em São Paulo (onde passou a barreira do 1 milhão), Minas (graças ao benfazejo desempenho do Romeu Zema, que privou o Haddad de um palanque com o qual esperava) e nos estados do Sul. Resumindo, pelo menos outro 1,3 milhão para o Bolsonaro.

6) Cabo Daciolo - teve um digno desempenho de Enéas. Muita gente votou pela zoeira, outro tanto porque é genuinamente crente (e eu acredito que o Daciolo seja um genuíno crente). Mas crente vota em quem? Mais 650 mil para o Bolsonaro.

7) Meirelles - teve um desempenho pífio, gastando R$ 45 milhões do bolso na campanha e perdendo para quem gastou R$ 800 (Daciolo). PMDB é PMDB, mas a maioria vota no Bolsonaro. Contemos 600 mil.

8) Marina - abandonará a política depois dessa. Mas vamos supor que todos os seus votos vão para o Haddad (não irão).

Com isso temos, numa estimativa bastante conservadora

Bolsonaro - 49,2 + 1 + 2,5 + 1,3 + 0,65 + 0,6 = 55,25 milhões

Haddad - 31,3 + 12,3 + 2,5 + 1,3 + 0,65 + 0,6 = 48,65 milhões.

sexta-feira, outubro 05, 2018

Notas sobre as Eleições 2018 (14) - eleições deputados (3)

Quando fiz minha análise da previsão sobre as eleições, sobretudo para a Câmara dos Deputados, me esqueci de um dado importantíssimo: a mudança no voto em legenda. Nessas eleições, um candidato só será beneficiado com o voto em legenda se ele conseguir atingir ao menos 10% do quociente eleitoral. Não que isso tenha um grande impacto por aqui: todos os candidatos eleitos tiveram ao menos mais que o dobro do número nas últimas eleições (181.758 votos). De qualquer forma, segue abaixo a votação de todos os que superaram esse número:


Desses, dos eleitos em 2014:

- Fraga (1º), Rosso (2º) e Eliana Pedrosa (9º) estão se candidatando ao governo;
- Izalci (7º) está se candidatando ao Senado (tem o meu segundo voto)
- Ronaldo Fonseca (4º) não se candidatou à reeleição (preferiu ficar na Secretaria-Geral da Presidência com o Temer)
- Rôney Nemer (5º) foi declarado inelegível; e
- Apenas Érika Kokay (3ª), Augusto Carvalho (11º) e Laerte Bessa (13º) estão se candidatando à reeleição.

Quanto aos suplentes:
- Alírio Neto (6º) é vice da Eliana Pedrosa;
- Vitor Paulo Araújo dos Santos (8º), Policarpo  (10º), Rafael Barbosa (17º), Granjeiro (17º) e Sandro Avelar (18º) não estão se candidatando a deputado federal; e
- Apenas Maria de Lourdes Abadia (12º), Roriz Neto (14º), Professor Pacco (15º), Paulo Fernando (16º) estão tentando novamente serem deputados federais.

Ou seja: apenas 7 dos 18 candidatos que ficaram acima dos 10% no quociente eleitoral estão tentando de novo - sendo 3 à reeleição.

O total de todos esses votos foram 1.099.371 votos. No entanto, os candidatos à releição conseguiram apenas 287.529 votos. São quase 800 mil votos dando sopa.

Agora vamos dar uma olhada nos distritais que estão se candidatando a federal. Aqui vai a lista dos eleitos. Nota: a Luzia de Paula, pelos critérios atuais, não seria eleita.


Desses, apenas Júlio César (1º), Israel Batista (3º) e Celina Leão (19º) querem alçar voos mais altos.

Vamos analisar as chapas agora, partindo dos candidatos à reeleição

Érika Kokay (PT) - Está concorrendo numa chapa puro-sangue, cujo principal destaque parece ser o filho do Geraldo Magela. Pode ser que ela seja a campeã de votos, e tenha efetivamente mais votos que nas eleições passadas, mas não sei não. Ah sim: espero que não avisem esse lance do voto na legenda aos petistas...

Augusto Carvalho (Solidariedade), Júlio César (PRB) e Professor Pacco (Podemos) - Estão concorrendo na coligação Unidos Pelo DF 1, que tem também como destaque o Renato Santana. Tem potencial para duas vagas aqui. Para não falar que o Júlio César faz o perfil de "deputado crente" que sempre é eleito no DF.

Laerte Bessa (PR) - Na coligação União e Força, que conta com ninguém menos que a Flávia Arruda (aliás, do mesmo partido e que, por razões que todos conhecemos, está recebendo rios de dinheiro nessas eleições). Tem também como destaques menores Paulo Roriz e Virna (do vôlei). Também potencial para duas vagas.

Roriz Neto (PROS - agora com o nome de Joaquim Roriz) - Está na coligação Renovar DF 2, que tem também o José Edmar, que há muito perdeu força no seu curral eleitoral na Estrutural. Periga não conseguir nada.

Paulo Fernando (Patriota) - Está na Renovar DF, que tem alguns meia-bomba tipo Dr. Charles e Miguel Lucena. Mais potencial que a Renovar DF 2, com certeza. Caso se juntassem teriam com certeza uma vaga.

Maria de Lourdes Abadia (PSB) e Israel Batista (PV) - Na coligação do Rollemberg Brasília de Mãos Limpas. Sairá uma das vagas daí, e aposto que será o Israel, uma vez que a Abadia está muito associada ao Rollemberg, que tomará uma sova domingo.

Celina Leão (PP) - A chapa dela (Pra Fazer a Diferença I) é ótima: tem ela, o Tadeu Filipelli, o Newton Lins, o Olair Francisco e o Edimar Pireneus como puxadores de voto. A Celina Leão, por mais problemática que seja, se destacou como opositora ao Rollemberg. Outra chapa com potencial para duas vagas.

Passemos às outras coligações:

Brasília Acima de Tudo - Da minha candidata Bia Kicis. Infelizmente, só dela mesmo. Pode ser que um "Efeito Bolsonaro" dê uma aquecida, ou que algumas das coligações que acho que consigam duas vagas fiquem apenas com uma. Mas só se for assim mesmo que ela será eleita, infelizmente.

DC (antigo PSDC) - Não.

Elas por Nós: Sem Medo de Mudar o DF - PSol e PCB? também não.

Novo - Não acho que vai rolar.

PCO -  Hein?

PPL - O único nome famoso é o do Marco Antônio Campanella, que nunca conseguiu ser eleito pra nada. Não será diferente nessas eleições.

PSTU - Também não.

Então ficamos assim: das 8 vagas, elas serão distribuídas entre

Unidos pelo DF 1 - 1/2 vagas
União e Força - 1/2 vagas
Pra Fazer a Diferença 1 - 1/2 vagas
PT - 1 vaga
Renovar DF - 0/1 vaga
Renovar DF 2 - 0/1 vaga ( menos chances que a Renova DF)
Brasília Acima de Tudo - 0/1 vaga