terça-feira, dezembro 27, 2005

2005, o melhor ano da década (até agora)

Depois de quatro (cinco?) anos tenebrosos, horríveis, que quase acabaram com minha vida literalmente, 2005 foi um ano ótimo. Não foi perfeito, mas me garantiu muitos excelentes momentos. Aqui vai um Top 10:

1)Viagem de 2 meses pelo Leste Europeu, de Mochileiro. Foi um épico. Foram 12 países em 62 dias, de setembro a novembro. De destinos tradicionais, como Viena, a destinos ainda não tradicionais (não sei por quê), como Ljubljana. Apenas 5 dias de chuva. Diversas culturas... teve momentos negativos, sim, mas os momentos positivos os superaram em muito. Teve casa termal em Budapeste. Teve cerveja de chocolate (e boa!) em Tallinn. Muitas amizades agora pelo msn (tenho q falar mais com elas... :$). Teve 18 (DEZOITO!!) dias de KFC. Mas o mais importante: teve o gosto da independência, que anda me deixando louco de vontade de ir embora de casa pra sempre...

2)Viagem de 15 dias em Buenos Aires e Montevidéu. Foi em maio. Foi a preliminar da viagem da Europa. Foi muito em conta, porque usei milhagens pra fazer o aéreo de graça. Foi surpreendente, por descobrir uma cidade maravilhosa como Buenos Aires, e por ver que o Uruguai está loooonge de ser a Suíça dos Pampas (mas com um povo super gente boa). Fui ver um jogo do Boca em La bombonera. Fui ver show dos White Stripes (e topei com eles andando por Bs.As. - e daí?). Descobri que deveria ter nascido argentino, já que sou tão neurótico e melancólico quanto. Descobri que algum dia morarei em Buenos Aires, apesar de rock argentino ser uma bosta.

3)Viagem à Florianópolis, em fevereiro. Peguei carona com minha mãe e meu avô nessa. Dez dias por aquela região, uma vontade IMENSA de ir viver lá (tô me coçando pra não migrar pra lá em Maio - se não tiver nenhuma perspectiva aqui não sei não...). Provável lugar onde passarei o exílio na época das eleições. O melhor momento foi numa festa épica na casa de uma amigo meu, regada a polenta crua (que me fez vomitar da maneira mais fleumática possível) Hi-Fi, viedoquê e Mamonas Assassinas.

4)Peguei meu diploma de mestrado. Defendi a tese em agosto, peguei o diploma nessa semana. Quantas pessoas nesse Brasil varonil têm um diploma de mestre com 25 anos, hein!? Se eu tô desempregado? Foda-se, isso é circunstancial. ele é suficiente para que eu não morra de fome, pelo menos.

5)Diploma de barman. Resolvi que tinha que aprender alguma coisa técnica. Começei com barman. Já me inscrevi pra fazer um curso de cozinheiro. Dependendo das circunstâncias, faço o de garçon tb.

6) Diploma de TOEFL. Não preciso fazer curso de inglês até 2007, quando terei que fazer pra renová-lo. Além disso, acredito que é por causa dele que ainda tô no páreo pra dar aula em cursinho de inglês na Wizard. Tudo dependerá da minha oratória de bosta.

7) System of a Down no topo das paradas. Sempre achei-os mais ou menos, com uma média de uma música boa por disco (já gostava de "Chop Suey" em 2002). Aí eles me vêm com "Mesmerize", com "B.Y.O.B.", e as gravadoras topam fazer jabá de uma música que tem um momento (quase?) grind - naquela parte do "where/ the fuck/ are yoooooou"!!! Quem disse que as gravadoras são monstros satânicos sem lampejos de bom-gosto? Elas também podem acertar de vez em quando...

8) Show do Pearl Jam no Brasil. Rezo para que tenha o mesmo efeito do show do Rush. Antes de fazerem, nego sonhava "ah, meu Deus, o Rush TEM que tocar no Brasil! Só depois poderei morrer em paz". Daí finalmente eles tocaram e hoje ninguém fala mais deles. Espero que o show tenha servido para enterrar DE VEZ essa bosta de grunge, que só serviu como ferramenta de auto-promoção da MTV e de críticos paga-paus acríticos de tudo que é novidade. Os anos 90 merecem ser mortos e enterrados, e só serem recussitados depois de 2015, qdo virarão moda.

NOTA: Acho que a caixa com todos as gravações de estúdio do Nirvana também foram lançadas esse ano. Achei maravilhoso isso, porque também servirá pra terminar logo com esse negócio de grunge. Pra vcs verem a (maravilhosa) besteira que fizeram, devo lembrar que o Al Hendrix, pai do Jimmy (bem velhinho, se já não morreu), só deixa lançar praticamente uma música/versão/gravação inédita por ano desde 1969. E o Jimmy nunca sai de moda...

9)José Dirceu se fudeu. Ele foi o principal articulador da demissão do Cristovam Buarque do Ministério da Educação, sendo o principal responsável portanto da pior desmoralização da esquerda aqui no DF, e o principal responsável por eu ter que ir embora daqui no período das eleições - se eu não ganhar uns R$2000 por mês aqui. Concordo com ele quando diz que foi cassado sem provas (oficialmente ele foi o coordenador do mensalão, se não me engano - até hj isso não tá provado). Mas teve o que mereceu, que nem o Eduardo Jorge. Foda-se se o EJ é inocente! Ele apoiou o Roriz, e rorizista tem mais é que se fuder. O Dirceu é um EJ que tinha mandato. Konets.

10)O filme do Bátima. Mellhor filme do ano de 82 (o E.T. é uma bosta, nunca gostei), e melhor praga da internet desse ano. Melhor que a Ruth Lemos. Melhor que o Jeremias Muito Louco. Melhor que o bêbado russo. Vi, revi, vi de novo, vi mais uma vez, ajudei a disseminar essa praga... ajudou a alegrar o ano, com certeza! Entrei na feira da fruta... Peraí, eu vi esse filme no ano passado (vanguarda é foda)! Ei, 2003 foi uma merda mas foi engraçado...

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Interlúdio

O que farei nas férias:

Até 10 de janeiro:

-Continuar procurando emprego;

-(voltar a) Mexer na tese.

Do dia 11 ao dia 18:

-Peneira para ver se dou aula na Wizard (até hoje não sei o salário - meeeeeedo).

Se passar (êba!):

Intensivo de Alemão A.1.1 no Goethe de 16/01 a 03/02. Preço: R$870 (sem contar livro).

Se conseguir também dar aula em alguma facu à noite, fico só no A.1.1.

Se não passar (:( ), mas ainda fazer uma facu à noite, ainda sim fico apenas no A.1.1., mas aí faço o curso de garçon no Senac do dia 23/01 até 29/03. Preço: 3X R$165. Acredito que até essa data saberei se alguma facu irá me querer, já que a maioria delas começam em fevereiro. Se for o caso, guardo a grana.

Pior das hipóteses: exílio em Floripa será confirmado.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

O gosto da independência

O principal efeito que os dois meses de mochilagem na Europa fizeram em mim foi o gosto da independência. Dois meses sendo o administrador de minha própria vida, do meu próprio dinheiro, do meu próprio tempo. É disso, e não de nenhum lugar específico (talvez Praga, mas aquilo é uma infestação -não falarei praga de novo [ops!] -de turistas chatos também), que sinto mais saudade. Sem preocupação de "ah, tenho que voltar cedo pra minha mãe não ficar preocupada". Foi bom demais.

Agora, as coisas voltaram ao estado sacal de antes. Família reclamando de dinheiro, e minha mãe está enchendo a porra do meu saco dia sim, dia também, pra fazer uma bosta de concurso público. Até me inscrevi em um, que vai ser dia 21 de janeiro, com 500 candidatos pra uma vaga. Pessoalmente, não quero gastar o que resta da minha juventude ralando pra estudar num exame onde a possibilidade de passar é praticamente nula. Já desperdiçei tempo demais na minha vida, que estou recuperando aos pouquinhos. E não quero terminar um burocrata sem ambições como meu pai. Eu não mereço isso.

Eu quero ir embora de Brasília o mais rápido possível. E preciso ir embora de casa mais rápido ainda. Não só por mim, mas por minha mãe. Seria uma despesa e uma dor de cabeça a menos pra ela, por mais que não admita. Mas tenho medo que essa guinada de 180° se transforme numa de 360°. Se não desse certo, teria que voltar pra casa, e não aguentaria uma nova restrição de liberdade...

Então, enquanto isso, tenho que manter esperanças de encontrar alguma coisa aqui. Por enquanto, parece (eu disse PARECE) que a coisa tá andando. Passei pra uma outra peneira pra dar aula de inglês na Wizard. Agora eu tenho que dar aula por uma semana pra ver se eu sou bom mesmo (meeeedoooo). Isso e as aulas nas faculdades daqui. E em Goiânia. E em Floripa... Independência ou Morte!!!

terça-feira, dezembro 20, 2005

Ah, mulheres...

Talvez eu preferisse bater punheta em vez de comer mulher se:

-Eu pudesse beijar na boca da minha mão na hora (não vale a outra mão);

-Eu pudesse meter a língua na minha mão;

-Eu pudesse dar uma palmada de leve na minha mão;

-Eu pudesse passar a mão na minha mão;

-Minha mão fosse molhadinha;

-Eu pudesse fazer um terra na minha mão;

-Eu pudesse comer o cu da minha mão. Deveria ser o cotovelo, mas não dá pra meter;

De todo resto, a mão é melhor...

domingo, dezembro 18, 2005

Data do exílio (dedicado ao J.Cassino)

Bom, a campanha política na TV começa dia 06 de julho e vai até 28 de setembro. As eleições do primeiro turno são no dia 01 de outubro, e o segundo turno é dia 29. O que determinará meu exílio é que ele terminará 16 dias depois do segundo turno, ou seja, 13 de novembro. Portanto, posso começar minha jornada para a Ilha da Magia em sua fase Stonehedge (sic) - fria e chuvosa - dia 12 de agosto. Acredito que consiga conter meus instintos de Gavrilo Princip no período da campanha em que estiver aqui, mas haverá a possibilidade de ter estreado minha capivara por danos materiais. Mais não digo

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Pois é...

Eu tenho que admitir pra mim mesmo que NÃO CONSIGO FAZER NENHUMA ATIVIDADE PRODUTIVA NO MEU QUARTO, NA MINHA CASA. A versão da minha tese poderia estar pronta para a publicação pela Editora da UnB (se conseguirei publicar é outra história) no fim de semana passado. Já deveria ter mandado CV para todas as facus de SC (e daqui de Brasília também) no fim de semana passado. Já deveria ter terminado de ler Anna Karênina antes mesmo de ter viajado pra Europa. Mas não. Tem algo nessa minha casa que me destrai. Tudo bem que tem visita aqui, mas isso não é razão suficiente.

Esse algo, na verdade, algos, se chamam caixa de som do PC. Sempre que começo a navegar na net ou digitar no Word logo ponho uma música pra tocar. Quando perçebo, já estou procurando nos diretórios de música outras músicas pra tocar. Depois, já tranco o quarto pra botar o som mais alto... é foda isso. Se eu morasse na Asa Norte eu poderia escapar pra biblioteca da UnB mais vezes. Poderia até realizar meu anseio pessoal de ler um clássico de filosofia e um clássico da literatura por mês. Mas não rola, e não tem nenhuma biblioteca que preste aqui na Asa Sul pelo menos até 2006, com a inauguração da nova Biblioteca Nacional. E tenho que me contentar em ler/ver "reader's viewer's digest" (perdoe o anglicismo, mas é que não consegui fazer uma boa tradução para "visão digerida")*. Graças a isso pude ver num documentário sobre cinema (ou seja, não vi o filme, mas vi um documentário que falava sobre o filme), que diz que "King Kong" é um filme arquetipo que fala, na verdade, da queda do homem do Paraíso (por culpa de uma mulher, lógico - das teufel! das teufel!).

*Espinoza diria que isso é o "saber por ouvir dizer", a forma mais rala de sabedoria. O que mostra que, no fundo, no fundo, sou um puta de um enganador, já que não li isso em Espinoza, mas em uma "leitura digerida" da Marilena Chauí (que deveria se dedicar 100% de sua vida ao estudo dele, e não ser think-thank de meia pataca do PT**, fazendo um papel ridículo).

**Quando fecharem as candidaturas para presidente, vou dizer quem ganha, e por quê. Se fosse por hoje, aconteceria o que as pesquisas estão indicando mesmo. Mas a justificativa (macropolítica, sem essa de corrupção do PT, crise econômica, etc.) disso não vou dizer agora.

PS: Surgiu uma vaga de estágio na delegação da União Européia para formados em Pol. Serão 12 meses NÃO-REMUNERADOS. Mas mesmo assim vou tentar. Com meu diploma de mestrado, acredito que pelo menos serei chamado pra entrevista...

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Notícias de um desempregado (mais script)

Pois é, acabou minha ajuda de custo da CAPES. Poderia durar pelo menos um mês mais, mas considerando que defendi minha tese em agosto e ganhei 3 meses sem trabalhar até que foi justo - como a UnB entrou em greve e não pude pegar meu diploma até o retorno de minha viagem, e não usufruir do meu grau de mestre pra me inscrever em um concurso que vai ter aqui em janeiro, achei uma troca muito justa. Agora estou no limbo do desemprego, e se não sair até fevereiro o ano que vem poderei ir para o exílio em Floripa sem culpa. Como não passei no doutorado em Floripa pra esse ano, tenho que fazer uns remanejamentos nos meus planos. O que fiz:

- Desisti de tentar qualquer doutorado para 2006. Esse será o ano do emprego e do exílio em Floripa. Tenho um TOEFL que vale até 2007, então posso dedicar todo o meu ócio criativo que restará, se eu trabalhar, ou que sobrará, caso contrário, para escrever artigos científicos, e publicar minha tese em livro, porque esse é meu ponto fraco: experiência. Seja em trabalho ou no ramo científico, ela é quase nula. Estou pensando em fazer algum estudo comparativo sobre partidos brasileiros e argentinos, pra tentar nos EUA, ou brasileiros e alemães, pra tentar na Alemanha.

-Fui na Galeria do Trabalhador me cadastrar como barman. Pena que a maldita experiência exigida fode tudo. Mas tamos aí.

Minhas expectativas:

-Segunda que vem, se minha mãe não tiver anotado errado (culpa da vaca da minha irmã que fudeu com meu celular enquanto eu tive fora), terei uma entrevista para ser professor de inglês. Vou ver se consigo ser por meio período caso eu dê aula em alguma faculdade particular.

Resoluções:

1)Mandar meu currículo para TODAS as facus de Santa Catarina exceto o Contestado. Tendo garantia 100% SEGURA de emprego lá, é pra lá que eu vou.

Parágrafo único: Essa regra não vale caso eu consiga algum(alguns) emprego(s) que me permita um ganho de R$2000/mês e alguma assinatura na minha carteira, que tá tão virgem quanto eu estaria se não recorresse mensalmente (às vezes mais) às digníssimas - não recorro mais que três para não criar um ralo financeiro.

2)Fazer o mesmo o que está contido em 1) e em seu parágrafo único correspondente em relação à Goiânia.

3)Ralar para terminar a adaptação da minha tese para ser publicada pela Editora da UnB. Depois falar com meu orientador e, com jeito, pedir algum trabalho como "Consultor temporário 'insignificante de merda' júnior" da Federação de Comércio do Estado de são Paulo, da qual ele é consultor.

4)Marcar um teste de nivelamento de alemão no Goethe. Se eu não for pro básico 2, vou torrar meu dinheirinho fazendo o curso de garçon no senac, pra desespero da minha mãe (se ela lesse Gilberto Freyre e Max Weber se envergonharia de sua vergonha do trabalho braçal).

Depois conto minhas andanças na Europa...

quarta-feira, julho 20, 2005

Lema do aniversário:

"Não confio em ninguém/só acredito em mim mesmo/ sou do tipo de pessoa/ que ninguém deseja por perto/ mas o tempo foi passando/ e as coisas foram mudando/ e eu ainda continuo/ sendo o mesmo Filho da Puta" DFC.

quarta-feira, junho 29, 2005

Ratificação da resolução

Meu objetivo primaz é não estar em Brasília em 2006 na época das eleições (do primeiro dia de campanha até 2 semanas depois do segundo turno - a menos que eu trabalhe, ganhando MUITO BEM, na campanha, mas isso é uma possibilidade remotíssima). Tudo o que eu decidir agora levará isso em conta. Estava com medo de, se eu gastar meu dinheiro agora numa viagem pela Europa e, se eu não conseguisse emprego/doutorado fora daqui eu ficaria preso à cidade. Mas, com as sacrossantas quedas do dólar/euro, eu ainda posso fazer a viagem que pretendo fazer pelo Leste Europeu e ainda sobrar algum pra eu me exilar de Brasília em 2006 por até 4 meses. Portanto, a resolução '22 de julho' está mantida.

Facilitou também eu dar uma olhada mais séria nos editais de doutorado da USP e da UFSC. tudo o que eu tenho a fazer é trabalhar num projeto de doutorado (o mesmo pras duas) que fique pronto até o fim de julho. Preciso ser workaholic... por mais que meu coração não deixe...

terça-feira, junho 28, 2005

Depois de muito tempo...

Cheguei vivo de Buenos Aires. Fui no show do White Stripes. Fui no jogo do Boca Juniors em La Bombonera.

Mas o que me interessa agora é o futuro. Defenderei minha tese somente em agosto... :( não poderei arrumar emprego em Floripa por enquanto... :'( . Se pelo menos já estivesse em 2006 eu já saberia o que fazer... mas ainda estou em 2005... pobre garoto rico...

Mas deixa eu trabalhar que tô precisando... até +

quarta-feira, maio 18, 2005

Buenos Aires, primeiro dia (diario de viagem).

(por razoes obvias, esse texto esta sem acentuacao)

Nao pretendo aproveitar a noite portenha hoje, pelo simples motivo que estou quebradaco. Cheguei em Buenos Aires, apos a alfandega, as 1:30. Depois consegui dormir mais uma hora no aeroporto. As 5:30 peguei o onibus 86 para o centro, passando pelo pirocao, ops, obelisco, e a Casa Rosada, entre outros. Depois peguei metro e fiquei zanzando na ciade, entrei numa lan house pra dar recado pra familia pra fazer hora e nao comecar a diaria no albergue.

Antes disso, tenho que contar a viagem. Ela foi, como ha muito nao era, as mil maravilhas. Mesmo esse atraso nao foi de muita importancia, ja que eu ia dormir de qualquer jeito no aeroporto mesmo. Mas teho que contar um detalhe do voo que me fez rir tanto quanto ouvi os portugueses batendo palma quando o aviao pousou em Lisboa. Seguinte: pouco apos distribuirem a folha da alfandega (o burro daqui esqueceu desse detalhe, por isso teve que pedir emprestada a caneta), inventaram que por medidas fitossanitárias eles iriam borrifar um spray e era pra quem tivesse alergia. Mas... eles borrifaram LANCA-PERFUME! Como vc deve saber, o lanca aqui e liberado, e e usado realmente como aromatizaor.

O albergue eu achei meio xexelento. Tentei tirar uma siesta no almoco mas as faxineiras, fazendo o maior barulhao, nao me deixaram. Depois disso, tomei banho (pensava erroneamente que o banheiro nao tinha agua quente, mas gracas a Odin tem), andei a 9 de julho e fui pra praca de maio. Agora to aqui de novo, lutando contra a vontade de dormir.

Vou seguir o seguinte lema: se ha um lugar pra dormir, ha um lugar pra tomar banho e se pode dormir tranquilamente, nao importa se o banheiro esteje mofado e o box caindo aos pedaco.

A Argentina por enquanto esta me surpreendendo positivamente. Os homens sao muito cavalheiras e as mulheres... ai, ai... elas sao lindas! So nao estou mais empolgado porque estou quebrado, como ja disse. Mas amanha vai ter...

Buenos Aires tambem esta superando as minhas expectativas. Uma cidade muito bonita, um metro bem razoavel (embora caido aos pedacos), que me fara pegar onibus para ir a atracoes apenas duas vezes: na ida a Bonbonera\Caminito e no tributo a Gardel.

Essa novela continuara amanha, se eu nao for vitima do odio entre patrias.

PS: Vai ter show do White Stripes dia 28 aqui. Sera que eu vou?

terça-feira, maio 17, 2005

Antes que eu morra de acidente de avião

Tenho que dizer: Confio mais no Severino Cavalcanti do que em um juiz. Essa raça de filhos da puta finge que defende a justiça, mas valendo-se da falta de atenção generalizada por parte da mídia, que prefere prestar atenção no Executivo e Legislativo e deixa o Judiciário.

Veja o caso de Rondônia agora. Veja os dois casos de censura em Goiás. Lembram-se da censura ao Correio Braziliense em 2002? Pois é, o sr. Jirair Merguerian, quem deu aquela sentença absurda, agora faz parte do tal do Conselho Fiscalizador do Judiciário. Vida de merda.

Se eu pudesse enforcaria todos os juízes do Brasil com as próprias tripas deles.

Daqui a pouco estarei viajando para Buenos Aires/Montevidéu. Dependendo da minha acessibilidade, isso aqui se transformará num diário de viagem. Aguardem e confiem.

domingo, maio 08, 2005

A última do W. Bush

Antes que o Nelson Ascher elogie amanhã (ou na semana que vem) na Folha a mea culpa do Bush na Letônia sobre a divisão da Europa no pós-guerra aquiescida entre Roosevelt, Stalin e Churchill, vou escrever aqui defendendo a divisão.

Vamos lá: a II Guerra durou de 1939 a 1945. Uns sete anos portanto. Sim, a parte européia da URSS estava em frangalhos, ainda não tinha bomba atômica e os EUA + Inglaterra poderiam muito bem combatê-la e até ter dado um passeio, já que os EUA estavam intactos e sua economia com a guerra praticamente duplicou de tamanho.

MAS, existem dois poréns. O Primeiro, os EUA NÃO sabiam do estado da infra-estrutura soviética. Não me lembro quem, entre o Kissinger e o Hobsbawn, falou isso. Mas um dos dois ganha a bicicleta, como diria o Bozo (acho q o Hobs ganha). Aliás, até o Reagan, que o diabo o tenha, os EUA superestimaram a economia da URSS.

O segundo fator é uma coisa simples: guerra cansa. Perguntem ao Zapata. A maior guerra em morticínio cansa mais ainda. Se o W. Bush governasse os EUA na época a II guerra acabaria provavelmente em 1955, otimista, e nem assim haveria a certeza dos EUA ganharem. Imagine um jogo de WAR. Com a declaração de guerra pelos EUA, o Alasca invadiria a Kamchachka, cercaria Vladivostok e, com otimismo, chegaria em 5 anos até Omsk. Isso na frente leste. Se o frio até Moscou não é brincadeira, imagine o frio siberiano...

No front oeste com a instabilidade gerada contra os movimentos esquerdistas, esqueça aqueles governos de união nacional na Europa Ocidental. Óbvio que os partidos comunistas iriam sublevar-se, principalmente na Alemanha Ocidental, na França, na Itália e na Grécia. Mais mortes por um resultado incerto? Além disso, a tecnologia norte-americana, com excessão da bomba atômica, se encontrava no mesmo nível tecnológico que a da soviética...

Tudo isso me faz concluir que o Bush só falou isso pra agradar o povo do leste europeu, radicais paga-paus dos EUA. A preparação para a passagem do Bush por Tibilisi é de partir o coração. O Azerbaijão está tão longe da influência da Rússia quanto os países bálticos e nunca precisou fazer esse papel ridículo...

sábado, maio 07, 2005

Objetivo de 2004:

O objetivo primaz de 2004, agora que o mestrado já tá encaminhado (se eu tiver que dar a bunda para defender a tese antes de agosto não exitarei em fazê-lo) será ir embora daqui de Brasília. Nesses últimos dois meses, agora posso falar isso, em que eu oficialmente estava estudando matérias de concurso, tipo Direito Constitucional 1 e Contabilidade Geral, eu NÃO estava estudando porcaria nenhuma. Estava era fazendo minha tese. O estágio atual dela é esse: 139 páginas, sendo uma de índice, quatro de conexão das partes e outras quatro só de bibliografia. Ela está sendo avaliada por um amigo meu, antes do meu professor, que só voltará da europa no fim do mes, fazer isso.

Antes da viagem pra Argentina pretendo enviar meu C.V. pra todas as faculdades daqui do DF. Embora essa mesma pessoa que irá 'avaliar' a minha tese trabalhe em uma 'facu tabajara' e me me prometeu que vai arranjar uma vaguinha lá pra mim. Quando eu definir a data de defesa eu mandarei o CV pra Goiânia, Belo Horizonte e todas as cidades de Santa Catarina que tenham algum curso de direito (Ciência Política, ou 'Teorias do Estado' é matéria obrigatória no 1º semestre). Se nenhuma faculdade me confirmar nada até dia 22 de julho, sexta-feira e um dia depois do meu aniversário, no dia 25 irei pra uma agência de viagens e agendarei minha viagem pela Europa, um presente que deveria ter me dado na graduação e que, se for o caso, não deixarei de dar após o mestrado.

O importante é que NÃO PRETENDO RESIDIR MAIS EM BRASÍLIA. Senão já a partir de agosto, a partir de 2006. Se eu for chamado pra trabalhar em uma faculdade daqui e outra das cidades referidas acima, trabalharei em alguma desta, com prioridade para a que for mais próxima de Floripa. Tentarei doutorado na UFSC (prioridade), na USP e, se meu TOEFL for maior que 213, pro exterior, de preferência pra Alemanha. Se eu não conseguir emprego fora de Brasília e não passar em nenhum doutorado, no primeiro fim de semana de 2006 migrarei pro Sul e novamente mandarei meu CV pra Deus e o mundo em SC.

Foda-se se vou ganhar pouco. Foda-se se não terei estabilidade. Foda-se se estarei longe da família. Só sei apenas é que nunca serei feliz aqui. NUNCA. Brasília fede.

segunda-feira, maio 02, 2005

Pau no cu do APJ + Motivo anual para odiar a Veja 2005

Já não vou com a cara do Álvaro Pereira Júnior há muito. Primeiro por ele ser um paga-pau de tudo quanto é merdinha de banda inglesinha nova e de goscar de bichices como Morrissey. Tudo bem, não há problema nisso. O foda é ele se aproveitar de sua posição de pretenso "crítico pop" e ficar fazendo proselitismo do gosto. Isso não teria problema se as críticas fossem fundamentadas. Agora você considera ISSO uma crítica fundamentada: "Play > Placebo longe do Brasil - Ótima notícia. Finalmente acabou a excursão nacional dessa banda horrenda inglesa" Vai tomar no rabo!

Outra bronca sobre ele é que possui o pior gosto para filmes. Teve as manhas de falar que o 'Exterminador do Futuro 3' é um exemplo de filme e que '21 Gramas' é melhor que 'Amores Perros'. Não dá.

Falando em cinema, acho que é uma das únicas coisas que a Veja é insuperável. Sempre que fala que um filme é bom geralmente acerta. Quando é uma merda também. Gosto da coluna do Sérgio Abranches, excelente colunista político, muito sensato e... do Diogo Mainardi. Sim. Ele mesmo diz que não se leva a sério. E você, se seguir esse conselho, se diverte muito. Finalmente, a Veja é a única que tem cacife para fazer umas entrevistas duca nas 'páginas amarelas'.

Feito as ressalvas, agora a opinião final: é uma merda. Não há coisa mais paga-pau de americano no Brasil (na verdade há, o 'agente da CIA' Ronald Levinson, sua UniverCidade e sua editora, que são os principais mecenas da direita & extrema direita do Brasil). Sou da opinião que se deve cassar post mortem a cidadania brasileira do Victor Civita e sentenciar seus filhos como personas non grata. Se são tão paga-pau dos irmãos do norte, que voltem pra Nova York e morram lá.

Me contive na capa de louvação da Coréia do Sul quando eles falaram que foi a educação o principal fator de desenvolviemento deles (desculpa pra defender a cobrança de mensalidades nas universidades públicas). Quem procurar vai descobrir que o que deselvolveu a Coréia do Sul foi a política protecionista exportadora formulada no governo Park Chug-hee, um Vargas local. Me contive na capa do Líbano. Apesar da descarada pagação de pau pro Bush nas legendas das fotos, e apesar da opinião anti-Síria NÃO ser a dominante, sou a favor da democracia e sou louco pra que a democracia a libanesa seja implementada na Palestina e no Iraque. Me segurei até na tentativa de ligação do PT com as FARC.

Agora a dessa semana, a do Chavez, foi de lascar. Não gosto do Chavez. Acho muito populista, com um tremendo de um jeito hipócrita e que essa história das milícias pode acabar muito mal pra eles. Mas a minha opinião não interessa. Interessa é a opinião dos venezuelanos, que o elegeram, elegeram a assembléia constituinte, aprovaram a nova Constituição em um referendo, o reelegeram e rejeitaram o plebiscito pra eleições antecipadas. E não dá pra falar que ele manipula a imprensa porque TODA A IMPRENSA É CONTRA ELE.

Vamos discutir a chamada da capa, porque me recuso a ler o conteúdo: "Quem precsa de um novo Fidel? Com milícias, censura, intervenção em países vizinhos e briga com os EUA, Hugo Chávez está fazendo da Venezuela uma nova Cuba".

Até a parte das milícias concordo com a crítica. Não me simpatizo com Fidel, mas peraí: quando Fidel conquistou o poder ele manteve o 'exército revolucionário' revolucionário ou transformou-o em regular? Isso não tem nada a ver com Cuba. Poderia sim ter a ver com os EUA e a invasão da Baía dos Porcos, formada sim por milícias. Mas nem isso acho. Tá mais próximos da AUC da Colômbia. Meu medo sobre as milícias é: se o Chávez não ganhar a reeleição, elas irão aceitar?

Vamos à censura: na tentativa de golpe de 2002, que a senhora Veja, assim como certos professores de Relações Internacionais da UnB apoiaram (só existem paga-paus dos EUA nas RR II, essa é a verdade; os que não fizeram pós nos EUA são excessões) , o Chávez só suspendeu as transmissões de TV três horas antes de levar o golpe. Isso quando já tinham morrido mais de 30 pessoas nos protestos. E isso com as redes de TV jogando gasolina na fogueira.

Do que se trata a censura? Se uma reportagem ofender a honra do mandatário, o jornalista poderá ser processado e pegar até 3 anos de prisão. Típico de ditaduras? Sim. Mas a imprensa venezuelana, sinceramente, pediu por isso. Foi pró-golpe e se opõe caninamente a ele. o Chávez só tá aplicando o princípio do payback: "Cagou no pau comigo? Tá fudida agora!".

Intervenção nos países vizinhos? Ma' che! Tropa de elite da Colômbia prence 'chanceler' das FARC em Caracas (eles têm no Brasil também, sabia?) e é a Venezuela quem intervém nos países vizinhos? Os EUA ajudam a Colômbia a combater a narcoguerrilha (objetivo nobre mas ineficaz) e é o Chávez quem intervém nos vizinhos. Os EUA fincam base militar no Equador e é o Chavez quem intervém nos vizinhos. Tá.

Brigas com os EUA? Ele não cortou o petróleo, deviam se dar por satisfeitos. Agora, de onde vem essa birra? Até a reeleição do Chávez era pura retórica populista de esquerda. Mas depois que eles fomentaram o golpe, celebraram-no, se apressaram em reconhecê-lo logo - e se não fosse a grita do Brasil (com FHC, diga-se) na OEA teriam conseguido legitimá-lo- e apoiando o plebiscito que não deu em nada, queriam o quê? Que o Chávez virasse um para-pau dos EUA?

Mas o verdadeiro motivo para odiar a Veja esse ano é que dessa vez ela nem precisou disfarçar sua característica de think thank. Publicar essa reportagem logo após a visita da Condoleezza Rice foi demais.

sábado, abril 30, 2005

Dããã




Mesmo se esse for mais um trote do cocadaboa, tá muito bem feito

terça-feira, abril 26, 2005

Show do Placebo


Brian Molko fazendo cara de "por quêêêêêê!?"


Sábado foi o show do Placebo. Aqui vai umas colocações:

1) A multidão foi, é, e sempre será burra. Todos indo estacionar na frente da Concha Acústica sendo que, se entrassem na última rua a direita de quem vem do Palácio do Alvorada encontrariam um estacionamento perto da Concha ASFALTADO E SEM FLANELINHA!!!

2)Mais uma vez, o povo de Brasília tem que se acostumar urgentemente a shows internacionais. Dessa vez não pegaram o ingresso todo, como fizeram no show do Lenny. Ficaram com a parte que deveria ficar com a gente e nos deram a parte que deveria ficar com eles.

3)Pela primeira vez desde que eu fui no Bolshoi em Moscou em 2003 ver o Lago dos Cisnes, a programação foi seguida à risca! Acostumado do jeito que estou ao costumeiro atraso de 1h no Porão do Rock, fiquei deveras impressionado.

4)O Brian Molko parece com a pessoa acima.

5)O Guitarrista parece com aqueles robôs delgados do final do "Inteligência Artificial".

6)O tecladista parece com o Jim Carrey do 'Debi & Lóide".

7)Não via uma falta de interação com a platéia tão maravilhosa desde o show do Slayer no Monsters de 98. Sem demagogia de "I love Brazil", etc. Só queriam saber de tocar, e agradeceram uma vez ou outra.

8)A combinação noise + glitter é legal.

9)A banda q ganhou festival foi uma bosta. Como todas. A capital do rock parece que não é mais aqui.

COTAÇÃO: 9. Só não levou 10 por dois motivos: 1) não era metal; 2) Não sabia todas as músicas deles, o que prejudicou (mas não muito) a minha apreciação. Depois falam bem do e-mule...

domingo, abril 24, 2005

Mi Buenos Aires querida

No próximo dia 17 irei para Buenos Aires (com direito a um pulinho em Montevidéu) e voltarei dia 31. Quatroze dias para confirmar se minha alma é realmente à de um fã angustiado/melancólico de tango (redundância, mas enfim) ou não. Se vocês ouvirem por um acaso a "Balada de un loco", de Astor Piazzola e Roberto Goyeneche, será um passo grande para me decifrar.

O objetivo secundário, mas também importantíssimo, é que ela servirá como uma prévia da tão sonhada viagem pelo Centro-Leste europeu em setembro/outubro. Testarei o sistema do Hospitality Club, quando pessoas caridosas hospedam mochileiros durangos de graça. Se eu não for roubado, estuprado ou mesmo morto, a viagem pra lá sairá muito mais em conta...

Mas essa viagem só acontecerá se eu não conseguir emprego de professor de qualquer Faculdade Tabajara aqui, ou em Goiânia, ou em BH ou em Floripa (toda a Santa Catarina, por que não?) semestre que vem.

Ainda tenho que falar sobre o show do Placebo, mas isso fica pra terça que vem.

Hoje descobri uma coisa muito, mas muito foda. Mas eu não posso pensar em escrever isso, pois isso irá acabar com o cilma bom (hiperhipócrita, mas bom) vigente aqui em casa. E como temos hóspedes, um casal lá de SC que veio pra cá pra esposa fazer fisioterapia no Sarah, é complicado... políticos somos uma merda mesmo...

sábado, abril 23, 2005

Quando você olha para a morte, a morte olha para você.

Essa é a comunidade mais linda e humana que já vi no orkut:

"Profiles de gente morta". É uma sensação muito incômoda ver gente tão jovem, cada foto sorridente, e você pensar que ela morreu assassinada, num acidente de carro, de câncer, em algum acidente doméstico estúpido, ou mesmo que tenha se matado. É complicado, mas é bom olhar pra esse tipo de coisa, vc fica se perguntando qual é o raio do sentido da vida...

No mais, para tudo, seja mais um fudista (da filosofia do foda-se, que é muito próxima à do budismo, diga-se). Um amigo próximo seu morreu? Foda-se! Você é um doente terminal? foda-se! Eu vou morrer? Foda-se! Confie em mim, respeitando a memória dos mortos, essa é o melhor jeito de se levar a vida.

terça-feira, abril 19, 2005

Da série: todo papa tem um parente distante no Brasil:

Achei dois Ratzingers brasileiros no orkut. Um adora sexo...

Errata

Na verdade o nome do papa é Bento XVI. Enfim, nos resta uma esperança de que o mundo não irá acabar em 2014/5. Embora caso ele seja assassinado o papo da profecia volte, não me venham falar que Nostradamus não disse que o papa seria negro, mas sim de uma terra negra, e que ele tava falando da floresta negra alemã, porque a floresta negra fica em Baden-Württemberg (sic), e não na Baviera.

Deus me perdoe, mas eu sou foda!!!

Papa escolhido. Benedito XVI. Vejam o post abaixo.

Palpite pré-anúncio do papa (Lei de Murphy)

1) Ratzinger (o que condenou o Boff)

2)O de Veneza (Opus Dei)

3)O da Argentina.

4)Um papa negro (o penúltimo, de acordo com Nostradamus será um papa negro - será assassinado; um papa negro será a garantia de que o mundo irá acabar em 2014/5, de acordo com o Calendário Maia).

Se a Lei de Murphy funcionar, será um deles. Vejo vocês daqui a uns 40 minutos.

domingo, abril 17, 2005

Vivendo e aprendendo

Hoje, há 10 minutos atras, descobri algo que vai mudar a minha vida: não se escreve supérfUlo, mas sim supérfluo*. Estudei duas matérias de economia na minha graduação e nenhum filho da puta de professor pra me corrigir... aliás, nenhum filho da puta em geral, porque sempre falei suérfUlo e ninguém nunca me corrigiu

Como uma pessoa que até há pouco falava 'bauMília' e acreditava que a língua mais falada nas Filipinas era o espanhol e não o inglês pode estar terminando o mestrado? Mistéééério...

*Depois falam mal do Bill Gates... o corretor do word está me ensinando português!

quinta-feira, abril 14, 2005

Sem título

Por mais que eu pense que sou como os outros, sempre tem algo que me faça sentir um merda.
Por mais que eu pense que viva sempre tem alguém que faz com que me sinta um vegetal.
Por mais que eu sorria sempre alguém me magoa e faz com que eu volte a me sentir mal.
Por mais que eu lute sempre tem alguém que ganha de mim
Por mais que eu seja otimista a realidade sempre me dá um tapa na cara

Queria ao menos que isso tudo acabasse. Quero dizer um dia: "Todos os meus sofrimentos foram embora! Todas as minhas angústias perderam sua razão de ser! Todos os que me querem mal e me falam mal podem querer e falar à vontade, porque eles não podem mais me atingir física e emocionalmente! Se a realidade não está do jeito que eu quero, pelo menos não está do jeito que eu não quero! E um dia eu poderei olhar pra trás e dizer que valeu a pena ter boas expectativas!"

Estou saindo da UnB depois de 7 anos com dois diplomas e nada, NADA fará com que eu não me sinta o mais derrotado dos derrotados.

terça-feira, abril 12, 2005

Mirem-se no exemplo das mulheres de Brasília

Para vocês sentrem como as mulheres de Brasília são e porque quero me mandar daqui:

São Paulo, 2002: Suzane von Richtöffen (sic?) participa da morte dos pais. Era uma menina rica e adorada pelos pais, bem-educada e normal. Até que conheceu um namorado montador de aeromodelos com problemas com drogas. Perdeu o cabaço, fumou maconha e se perdeu. Uma típica tragédia rodrigueana, matando os pais para ficar com o amor de sua vida.

Brasília, 2005 (ontem): Daniele Vásquez manda seu pai-de-santo matar o próprio pai. Depois de roubar R$1000 e mais quatro cheques da mãe, o pai resolve expulsá-la e, depois que ela fizesse 21 anos (20 agora) a deserdaria. Chamou então o pai-de-santo e fez acordo com ele para que, depois da morte do pai, rachassem o dinheiro da venda da casa. Uma típica tragédia brasiliense, matando o pai para ficar com o dinheiro...

segunda-feira, abril 11, 2005

Tradução pro inglês do diálogo da Ruth Lemos - você viu aqui primeiro

Se quiser mandar o vídeo praquela(e) seu(sua) amiga(o) gringa(o), não perca tempo traduzindo, pois eu já perdi.

PS: Aceito críticas à tradução...

"Reporter: I’m going to talk with Ruth Lemos, who s nutritionist, to know about at first: how could we convince, how the parents could convince a teenager that arrives, for example, in a Shopping Center as we have seen and prefer to eat sandwich, potato (French fries) because it is faster, because he is really young, what do these people must know?

Ruth Lemos: They must know, know, that even sandwich-ich can have a nunununutritritri(tional) … nut…adequate value.

Reporter: The nutritional value can be adequate even in a sandwich

Ruth: Of cooooourse, you decrease (something inaudible) theee quantiquantity offaoffaaaaaaaaaaaaaaat.

Reporter: And decreasing this fat quantity what would happen? No, all right, [‘assim’ = thus, but here is an interjection] (they) are just advices. When those people will pass here… so will your Mrs. be doing what, the nutritionists that will be here will ‘give’ what kind of service, what kind of advice?

Ruth: We will give tiiips about and a heltheahthyyyyy feedingfeedingh that offearsars conditions oflife of life improooovement. We need to improve the lifefequality of populatiunmnmnlation. Er… nowadays we know that the life expectation is increrasiiiinng, and… but we nee(d) to velivevev (live) mooooreee with ali (a) liilifff(e) quality, and to this we need to replace foodx increase the quantity of fibrezz, leaaaaaaaaafffy vegetablezzz and decrease the quantityquantit of fat and hidatre ofca of carbone.

Reporter: We’ll talk more about this subject soon, I’m calling Meire [por enquanto = so far, but it is used here as interjection]. Meire!"

sexta-feira, abril 08, 2005

A vida é um grande passatempo

Esse é o verdadeiro sentido da vida. Não estou falando do sentido biológico, de "crescer e multiplicar". Não estou falando de nosso lado animal, mas sim no sentido HUMANO e TERRENO da coisa. Portanto, nada daquele negócio de 'salvação das almas'.

Li em Pascal que todas as atividades durante nossa vida têm como objetivo pura e simplesmente esquecermos da miséria de nossa existência. Nós sofremos, envelhecemos, ficamos doente e morremos. Esses são os principais componentes da roda do sofrimento na visão do budismo. Todas as nossas preocupações, nossos anseios por felicidade, pela fuga da tristeza, da busca por sabedoria, etc., almejam exatamente esquecer isso. E, a longuisíssimo prazo, esquecermos que um dia o mundo acabará e, de acordo com as mais recentes descobertas físicas, o Universo morrerá com o fim das estrelas e a conseqüente emissão de luz (prefiro chamar de "O Nirvana Final do Universo"). Por mais que eu reconheça que existe algo superior, pois não entra na minha cabeça que tudo tenha surgido espontaneamente (afinal, quem criou as Leis do Universo - da física atômica à estrelar?), a menos que eu veja os Anjos anunciando o Apocalipse, não acredito no Deus cristão.

Mas por duas vezes tive a sensação que o Destino quer que eu faça alguma coisa, já que escapei, por assim dizer, da morte duas vezes. A mais recente é que eu estive em Santa Catarina, mais exatamente em Navegantes, no auge da garapa contaminada pelo Mal de Chagas (biólogos filhos da puta, nunca me ensinaram isso!). O pior é que em Florianópolis eu havia reclamado que não vendiam pastel com caldo-de-cana (vendiam)... Essa não é tão séria, mas a primeira vez que me aproximei foi. Estava voltando a pé de um cinema perto de casa (Karim) depois de ter visto o filme do Beavis & Butthead. Andando pela beira da pista, de repente ouvi um estrondo atrás de mim. Após a poeira levantar, vi que um carro tinha batido atrás da árvore. Ou seja, se eu tivesse ficado mais 30s no cinema eu não estaria aqui. Por que fui salvo? Será que tenho um papel importante no futuro?

Me pergunto isso hoje, quando 95% dos meus amigos e conhecidos estão comprometidos e trabalhando, e eu estou sozinho e vagabundando com bolsa da CAPES (recebi hoje, graças ao Lemmy). Qual é o raio do sentido da minha vida? E que porcaria de papel relevante terei no futuro? Será que a morte adiou seu encontro comigo por duas vezes pra eu virar um merda qualquer? Estou falando da miséria de minha existência, é sinal de que ela não está boa... preciso de um novo e estimulante passatempo.

quarta-feira, abril 06, 2005

O lesbian-chic tem que acabar!!!

Puta que pariu, não aguento mais essas menininhas bonitinhas metidas a bissexuais hiper-afrescalhadas!!!É um tal de se declarar bissexual no orkut e ficar falando "só meninas, homens NÃO!" que me deixa muito emputecido! Se pudesse fazer a limpa como fiz no parperfeito, acabando com o perfil dessas lésbicas enrustidas...

segunda-feira, abril 04, 2005

Adendo sobre o Seu Jorge:

Estava olhando a comunidade do Seu Jorge no Orkut hoje e descobri que o povo que tava vaiando ele não estavam por causa da grade quebrada não... como vcs verão aqui, parece que há um processo de direitos autorais contra o Mané Galinha. Inclusive, tinha uma garota que ficava se indicando como sendo a Carolina, que parece que é a namorada do 'prejudicado' nessa, e um cartaz que eu pensava que era de um fã-clube dele era na verdade um protesto.

Minha opinião é a seguinte: 1)Levar cartaz de protesto contra um artista num show dele pra mim é a mesma coisa que fazer pregação crente em visita do Dalai Lama dizendo que ele é o mensageiro (UnB, 1999) do capeta ou pregação crente em cinema dizendo que o Harry Potter é um personagem satânico (no segundo filme da série), acaba queimando o filme dos que protestaram; 2) Quer dizer que havia um grupo de samba-rock decente na cidade? Então Seu Jorge fez o grande favor de roubar a música deles. Afinal, eu NUNCA OUVI samba-rock em nenhum churrasco Pirraça, lugar nenhum. Ou seja, a influência deles era NULA aqui e, se não fosse o SJ a possibilidade do s-r prosperar aqui seria nula (agora é de 0,1%, é verdade, mas ao menos há possibilidade; 3) O compositor é irmão de um ex-piloto de fórmula Indy, e todos os pilotos daqui merecem morrer impalados. Portanto: ladrão que rouba filhos da puta tem 150 anos de perdão.

Sonho erótico de hoje

Uma garota por quem já estive perdidamente apaixonado, por alguma razão, resolveu dormir em casa, no meu quarto, sem eu saber. Quando vi, ela estava acordando com um jeitinho bem faceiro, dizendo que tinha que ir trabalhar. Me lembro que vi a calcinha dela (rosa), que estava à mostra. Depois disso, sem mais me controlar, agarrei-a e dei uns amassos fortes, pra fazer ali mesmo. Fiquei apertando os peitos dela com a mão direita, enquanto que minha mão esquerda foi descendo, descendo, por debaixo da calça, da calcinha, até chegar no minifúndio sem dono. Meu dedo foi em direção ao buraco, e enquanto isso senti que ela estava toda molhada. Quando eu ia meter o dedo, minha voz do inconsciente profundo começou a gritar: "Não, Lobo! Ela não! Ela dispensou você...". Acordei.


Raramente consigo fazer sexo num sonho, e só uma vez fiz até o final. Não sei se foi com a Taís Araújo...

domingo, abril 03, 2005

Comentários sobre os shows do Ed Motta e Seu Jorge ontem (02/4)

1)Algo típico de Brasília: as filas artificiais. Elas funcionam da seguinte maneira: os promoters, para valorizarem a festa/show/quizumba, não liberam o acesso ao recinto do evento, o que ocasiona uma fila artificial e a seguinte reação dos neófitos: "Caralho, como a fila tá grande! Lá deve tar bombando de gente". Oficialmente o show começaria as 22h, mas a entrada só foi liberada depois das 23h

2)Chegando lá, todos depararam com uma idéia típica de um 'goiano do quadradinho': inventaram de botar umas MESAS! Não seria problema se elas não separassem em uns 50 METROS o palco e o povo que pagou pista. Mas haveria o troco...

3)Devido a 1, o show só começou depois de 0h, o que me fez ficar com um bruta de um prejuízo, porque eu iria pra uma festa techno lá no autódromo Emerson Fittipaldi*. Como o show só foi acabar umas 4 da manhã, nem tive disposição.

4)O primeiro show foi o do Ed Motta. Queria que fosse o do Seu Jorge, quem eu queria ver (e para não haver o 3) ). Meu comentário do show é esse:

Como eu já havia comentado no meu flog sobre o show do Lenny Kravitz, por mais que eu tente eu não consigo gostar de jazz. Depois de ontem, acrescentei um adendo: JAZZISTA BRASILEIRO É UMA BOSTA! Os interlúdios jazzísticos dos músicos do Lenny foram infinitamente melhores. O Ed deveria parar com essa mania de querer ser sofisticado e cair de vez no funk soul, para mostar que ter 1/10 do talento do tio já é muitíssima coisa.

5)Agora o melhor momento da noite: lá pro final do show, o Ed convida o Jorge pra uma canja. E num determinado momento o Mané Galinha fala: "Pô, o pessoal da pista tá muito longe do palco, não gostei não". Foi a deixa para o muro da discórdia SER DERRUBADO! A sensação de ver os outros tomarem prejuízo às suas custas é indescritível.

6) Agora o Seu Jorge:



Pra variar expectativas geram frustações. Não foi tudo aquilo que eu esperava (mesmo porque minha memória se encarregou de esquecer as suas letras, o que afetou a minha interação com o show) , mas foi bom. Se bem que a pior parte foi quando ele resolveu chamar o Alexandre dos Natiruts pra dar uma canja. Como acho que não surgiu nada de bom no reggae desde o Jimmy Cliff, e como tenho um ódio mortal por aquele flamenguista filha da puta (redundância, mas enfim), odiei.

Gostei também do tradicional 'momento demagógico do artista', quando ele fala: "Pô, (nome da cidade) é maravilhosa, o povo daqui é gente boa, etc". O tom dele foi esse: "Pô, o povo daqui tem que se lembrar que nem todo mundo nasceu em berço de ouro e tem condição de pagar mesa não. Gostei muito do que vocês fizeram aqui". Foi muito legal ver aquelas uma ou duas pessoas com pulsera VIP dando dedo pra ele nessa hora.

E só tenho a dizer que Tive Razão é a melhor música brasileira feita nessa década.

O conselho pro Jorge é parecido para com o Ed: Jorge, deixe ess funk soul carioca insosso de lado e invista no samba-rock. Talento pra escrever músicas com letras exdrúxulas que funcionam e voz você tem. Conquiste o cetro do Jorge Ben por direito, vá ser Jorge II da vida. No mais, toque mais samba nos shows: senti muita falta do 'Pequinês e Pitbull' e daquela 'música da fuga da galinha' do CDD.

7) Deixei pro final algo que não tem nada a ver com música: quando veio a proibição do patrocínio de eventos por empresas de cigarros eu fiquei contra. Afinal, se uma pessoa fuma é porque ela quer, e ninguém vai passar a fumar por ir num Free Jazz ou Hollywood Rock da vida. Mas depois de ontem, num show cheio de modelos boa pinta com camisa de marca de cigarro distribuíndo-os à granel não sei não... até eu fiquei tentado a fumar...

sexta-feira, abril 01, 2005

Dica para o povo do PFL:

Agora que eles estão virando um pastiche do Partido Republicano no sentido de "vamos reduzir os impostos", vou dar um gancho pra campanha deles, que vi que foi um argumento inclusive utilizado pela Newsweek, como está mostrado aqui:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2005/03/050324_pressreviewms.shtml

"Pagamos quase 35% de impostos, quase quatro meses de nosso trabalho por ano. Lembrem-se que a Inconfidência Mineira foi um movimento contra os impostos altos, e que tiradentes pagou com a vida combatendo a Coroa Portuguesa. Agora, vocês sabem que a revolta foi contra o Quinto. E quanto é 1/5? 20%! Pagamos mais impostos hoje que no Século XVIII!!!"

Claro que é um argumento falacioso, afinal, as obrigações (?) e os serviços (?) do Estado hoje são muito maiores que na época da Colônia. Mas é sedutor, não?