terça-feira, setembro 15, 2009

[Ironia] Horroriz fazendo campanha antecipada? E qual o problema? [/ironia]

Quem é de Brasília deve saber o rebu que está acontecendo no PMDB local. O Filipelli, presidente do diretório local, está querendo fechar com o Arruda em 2010, mas Horroriz quer sair candidato e pediu intervenção do PMDB federal, e a coisa está conturbada. Periga até Horroriz sair do partido e ir para o PSC.

Até aí tudo bem, são coisas da política. O problema é que, na propaganda local do PMDB, Horroriz fala que irá se candidatar sim a governador em 2010. O problema? Bom, foi uma mostra deslavada de CAMPANHA ANTECIPADA!!! Vejam, por exemplo, o caso da Dilma Rousseff: todos sabemos que ela se candidatará, mas em algum momento ela falou explicitamente sobre isso? Exatamente, ela não falou porque NÃO PODE. Além do desgaste político, tomaria uma bela de uma multa.

Mas NEM ISSO acontecerá com Horroriz, e sabem por quê? Porque o Judiciário do Distrito Federal é vendido!!! Infelizmente o MPDFT comeu mosca e não encaminhou denúncia ao CNJ da reportagem da Veja de 04 de julho de 2007, uma semana antes da renúncia do coisa-ruim ao Senado. Aqui vão dois trechos, com meus negritos:

"O senador Joaquim Roriz, flagrado em uma conversa telefônica combinando a partilha de 2,2 milhões de reais, finalmente subiu à tribuna para explicar-se na semana passada. Com um discurso pronunciado à semelhança de Odorico Paraguaçu, o inesquecível personagem de folhetim que encarnava o aspecto folclórico da política, Joaquim Roriz repetiu o que dissera antes – só que, da tribuna, adicionou algumas lágrimas e muita retórica. "Quem em sua vida nunca pediu um empréstimo a um amigo?", disse. "Será que um senador não poderia pedir um empréstimo a um amigo de longa data?", repetiu. "Imaginem se pedir dinheiro emprestado é falta de decoro. Meu Deus! A que ponto chegamos?" No discurso, Roriz disse que pediu 300.000 reais ao seu amigo e empresário Nenê Constantino, dono da Gol Linhas Aéreas, para pagar uma bezerra. Constantino entregou um cheque de 2,2 milhões, Roriz sacou o dinheiro, reteve 300.000 reais e devolveu o restante, 1,9 milhão, ao empresário. A novidade é que, se parte do dinheiro foi mesmo usada para pagar uma bezerra, outra parte teve destino explosivo – serviu para subornar juízes do Tribunal Regional Eleitoral que livraram Roriz de cassação em 2006.

(...)

O caso que livrou Roriz da cassação foi julgado em 23 de outubro, mas começou no dia 19 de setembro, quando o Ministério Público o acusou de uso político da máquina pública do governo do Distrito Federal. Na época, Roriz deixara o cargo de governador para concorrer ao Senado, e a estatal de abastecimento de água, a Caesb, mudara em propagandas seu número de atendimento telefônico de 115 para 151 – número de Roriz nas urnas. O placar do julgamento no TRE estava em 3 a 2 contra Roriz. Um juiz pediu vistas e, dias depois, quando a sessão foi retomada, votou a favor de Roriz, cravando um empate em 3 a 3. Antes que o presidente do tribunal desse seu voto de Minerva, um dos juízes que votaram contra Roriz subitamente mudou de idéia. Com isso, Roriz livrou-se da cassação por 4 a 2. A virada no placar teria custado pelo menos 1,2 milhão de reais. Procurado por VEJA, o suplente Gim Argello confirmou o encontro com Roriz, mas disse que não faria comentários a respeito de pagamento de propina."

A reportagem completa você vê aqui.

PS: O Judiciário do DF não é só Horroriz não, é pró-Sarney. De que lugar saiu mesmo a censura ao Estado de São Paulo mesmo?

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