terça-feira, fevereiro 19, 2008

Sobre Fidel Castro

Antes de tudo, gostaria de dizer que considero Fidel Castro um crápula sanguinário, responsável pelo assassinato de dezenas de milhares, pela prisão de centenas de milhares, pelo exílio de milhões de cubanos (embora eu não vá com a cara daqueles cubanos da Flórida nem por decreto) por motivações políticas (das mais reacionárias - como diria Nelson Rodrigues, "não há nada mais velho do que a juventude comunista"), e que o mundo sem Fidel é, com certeza, um mundo melhor. Ah, também NÃO acredito nas tão propaladas conquistas da "revolução". Muita gente boa (e não só os suspeitos de sempre como o Olavo de Carvalho) já disse que o nível educacional e de saúde na Cuba pré-revolução eram mais altos do que hoje.

Dito isso, vamos ao que interessa: Fidel conseguiu seu lugar na história, pois pouquíssimos ditadores, na acepção clássica do termo, conseguiram chegar até o fim da vida no comando de forma initerrupta. E são pouquíssimos os que peitaram uma potência O socialismo cubano sobreviverá? Seguramente que não (faço uma aposta que o Raul Castro vai para o exílio em Caracas). Mas Fidel sim. Daqui a 500 anos, mesmo se não houver mais Cuba, ainda se falará de Fidel. E a figura dele (assim como a de Stalin) exercerá o mesmo tipo de fascinação do que quando falamos de pessoas como Vlad Trepes, Ivã IV, o Terrível, Ricardo III, Napoleão Bonaparte, etc. E mais: Che Guevara será reduzido a algo como Dom Sebastião, ou Tupac Amaru. Uma figura mítica, mas desimportante. E é merecido mesmo: o Fidel ficou 49 anos comandando aquela ilha, na base do cacete, e o Che, que era idêntico a ele, fica com fama de bonzinho!? Vá a merda!!!

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