segunda-feira, novembro 02, 2009

Honduras 16 - Mais ou menos... (ver post abaixo)

Deixa eu ver se entendi: os dois fizeram um pacto, dedicando ao Congresso a palavra final sobre a volta do Zelaya; mas se o Congresso não aceitar (repito: é difícil disso acontecer) o Zelaya não reconhecerá o acordo!? Então desculpe, mas O ACORDO NÃO ACONTECEU.

Mais uma vez digo, essa coisa toda é muito reveladora da qualidade da imprensa internacional e local. Pessoas com a capacidade de dizer que o Micheletti é tão ou mais ruim que o Zelaya. Vem cá, quem é que fica indo e vindo toda hora? Quem é que fica semeando a discórdia toda hora?

E só para relembrar, não se enganando com o que a imprensa diz:

- A OEA PERDEU a parada. Condenou o 'golpe', suspendeu Honduras da organização e a situação não mudou;

- A ONU PERDEU a parada. Condenou o 'golpe' (engraçado que para isso foram rápidos, já para agir em relação a Darfur e aos TRÊS GOLPES DE ESTADO QUE ACONTECERAM NA ÁFRICA - Mauritânia, Madagascar e Guiné - alguém ouviu falar a respeito? Talvez porque o presidente da Assembléia Geral -não confundir com o Secretário Geral, o coreano Po-Ke Món- seja nicaraguense sandinista...), sabotou o futuro reconhecimento das eleições hondurenhas e nada mudou;

- A Venezuela et caterva PERDERAM a parada. Foram os mais estridentes contra a deposição do Zelaya, o apoiaram logisticamente o tempo todo e NADA mudou.

- O Brasil (apesar de estar entre os et caterva quero destacar em especial) PERDEU a parada, quando não reconheceu a legitimidade do outro lado ao menos para negociar (quem se lembra do Lula falando "eu não negocio com golpistas"), quando fez uma das maiores cagadas da história de sua diplomacia quando INTERFERIU na política interna hondurenha e... NADA MUDOU.

- O Zelaya PERDEU a parada. O objetivo dele era mudar a Constituição, certo? Não vai mais poder mudar, certo? Então perdeu. Voltará à Presidência com os mesmos poderes da Rainha da Inglaterra (notadamente, sem o comando do Exército) e terá muito pouco tempo para fazer qualquer besteira.

E o Oscar Airas entra na disputa para ser o maior costariquenho da história, junto com José Figueres Ferrer e Juan Santamaría (se vocês não sabem quem são, deem uma olhadinha na Wikipedia.

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