quinta-feira, abril 30, 2009

Quando você não deve andar com certas pessoas - 2001/2002 - os momentos não tão ruins

Desculpem por não escolher um título decente; não sou muito bom em títulos.

Ontem, por razões desconhecidas, tive um sério problema de insônia, pois ficou martelando na minha cabeça a idéia de "você tem que escrever sobre essa década de bosta, Lobo, um ano por post, esplicando se foram bons ou ruins e o porquê de terem sido ruins, etc." e acabei dormindo só às 3h da manhã. Pois é, ainda vou escrever sobre a minha década perdida (a saber: 2000 foi neutro, 2005 e 2007 foram bons e 2009, já posso dizer, foi ótimo; já 2001, 2002, 2003 e 2004 foi disparado o pior período da minha vida, e 2006 e 2008 foram anos ruins), mas aqui vou falar de outro assunto: meu ódio ao Matheus (ou M - ver parágrafo abaixo).

Só consegui falar sem problemas da minha situação com o Daniel porque o ódio ao M superou o ódio a ele, e no meu íntimo a coisa do M está recentíssma. Em circunstâncias normais eu ainda digeriria meu ódio por mais uns 3, 4 anos e só então conseguiria tocar no assunto sem grandes dramas. Mas estou em outra circunstância da minha vida, quando realmente posso falar que estou recomeçando a ser feliz. Por isso, vou fazer um esforço hercúleo (vide o M., não consigo digitar nem o nome completo dele) e falar TUDO.

Conheci o M. em 2000, 2001, não me lembro direito. O intermediário foi o Daniel (talvez eu possa pôr essa na conta dele também...), quando eles viajaram para a Rússia. Eu não fui naquela viagem (e não deveria ter ido em nenhuma outra do grupo - deveria ter guardado meu $ pra fazer mochilagem como queria desde que entrei na UnB e, infelizmente, acabei esquecendo da idéia), mas se antes a amizade do Daniel e a minha se restringiam às pessoas que entraram com a gente, além das que tinhamos conhecidos no decorrer do curso até então, a partir daquela viagem o Daniel - e eu, por tabela - teve o ciclo de amizades crescido expoencialmente. E assim foi o início.

Em 2001, houve o II Enepol - Encontro Nacional dos Estudantes de Ciência Política - em Campinas (junto com Ilhéus, é uma das únicas cidades brasileiras que eu odeio). Foi uma porcaria. Digo ainda que foi a minha primeira decepção com a esquerda e "movimento estudantil". Basicamente foi isso: a maioria dos cursos de ciência política é ligada às ciências sociais; o da UnB (derivado das relações internacionais, como consta inclusive na CAPES), como o da Ulbra e o então vigente na Univali, eram autônomos. O M. acreditava que o próximo encontro deveria ser na Univali, em Itajaí-SC, pois assim fortaleceria a imagem do curso. Nesse caso eu concordei com ele, e ainda pensando nas catarinenses e nas farras a beira-mar (o que fiz com muito bom gosto em 2005 e janeiro de 2009).

Já a Unicamp e todos os representantes dos cursos ligados às CS não. Aliás, eles nem aceitavam a existência do Enepol como entidade autônoma, como lembrou um mediador semi-analfabeto (da Unicamp, que falava "a mesa peça para que sentem logo em seus lugares"). Tudo por culpa do Sr. R., vulgo "Pops", que, envolvido com a porcaria do movimento estudantil, manipulou o povo daqui para fazer uma média com o povo de lá e galgar passos maiores dentro da UNE - o que eventualmente conseguiu, diga-se. Enfim, com uma história nebulosa - que depois percebi como o M. se envolve em histórias nebulosas, não?- onde deu a entender que o M. queria criar uma associação dos estudantes de ciência política pra ser o primeiro presidente. Acabou conseguindo levar o III Enepol para São Carlos, e convencendo a maioria da caravana de Brasília (obs: Fabiana, o dia que você tiver lendo isso: eu nunca esqueci nem vou perdoar seu voto pra UFSCar).

Poderia ser uma das muitas invenções do M. - hoje não acredito em nenhuma coisa que ele diz- mas na volta, discutindo com o Pop's, ele relutou em falar pra mim quem era a pessoa que se beneficiaria com isso (medo talvez de assumir a merda em público). Lembrei disso no meu bilhete de formatura, quando agradeci "a todos os colegas, menos ao Pops, a todos os professores, menos o Procópio e o Pio, e a todos os funcionários, menos os da biblioteca". Como diria alguém que esqueci agora: você se arrepende de elogios, nunca de críticas. Concordo com ele.

(Epílogo do Enepol: Depois desse período, a Univali cancelou seu curso de ciência política e o Enepol foi pra São Carlos, depois pra Londrina, onde o pessoal de Brasília tentou se mobilizar pra trazer de volta o Enepol pra cá e tentar uma refundação, não dando em nada. Hoje nem deve ter mais essa merda (ao povo de Brasília do II Enepol que votou na UFSCar: VOCÊS FORAM OS CULPADOS POR ISSO) .

Enfim, essa merda toda fez com que a amizade entre o M. e eu se consolidasse.

Houve também a eleição seguinte pro CA, onde a chapa que o M. apoiava virou "a chapa do M." e, mais uma vez, fizeram confabulações escusas - na verdade, um puxa-saco do Pops, o sr. P. Antunes, quem maldizeu o M. para uma pessoa da chapa citada acima, eu o denunciei, ele me mandou um e-mail ameaçando e eu, IDIOTA, GUARDEI O E-MAIL!!!! Se eu tivesse colocado na lista de discussão com certeza o resultado seria outro. Mas vivendo e aprendendo... Com essa eleição fajuta da chapa que ACABOU com o Choppeydança, criamos o Ambrosia, que era tipo um pasquim, e eu realmente me diverti muito com o jornal.

Mas, se fosse hoje, eu imploraria para o Daniel que não fosse pra Rússia. Eu posso ter criado algumas boas (e pouquíssimas) amizades, mas internamente rompi com a metade 'popista' do curso. Caso não houvesse iniciado amizade com o "M", isso teria sido completamente indiferente pra mim.

Enfim, esses foram os momentos ruins mas não tanto assim. Em 2003 e 2004 entram os momentos péssimos. Mas isso fica pra outro post.

Um comentário:

Rafael Pops disse...
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