sábado, julho 05, 2008

Sobre o resgate da Ingrid Betancourt

Felizmente aconteceu o melhor dos finais possíveis, e não estou sendo panglossiano dessa vez. Estava muito preocupado da Ingrid morrer cativa na selva e a opinião pública cair de pau na política do Uribe, falando que é muito radical, etc. Agora ele pode deitar na cama, pois já fez a sua fama.

Mas o que me motiva a escrever para além do óbvio aqui é a brilhante ação do exército colombiano (ou do americano, mas isso não interessa). Apesar do fim (resgatar os reféns) ser mais importante que o meio (como fazer isso?), eles escolheram, diante das diversas alternativas, a mais virtuosa possível - resgatá-los sem dar um único tiro, poupando a vida de TODOS os membros da FARC local.

Claro que se desse errado e a Ingrid morresse o mundo cairia em cima da Colômbia, por "tentar imitar país de primeiro mundo", ou por não colocar isso ao encargo dos EUA ou da França. Mas o importante é que deu certo, e que isso sirva de lição às polícias brasileiras: o raciocínio de que devem exterminar os bandidos quase sempre é errôneo. Não há necessidade de dar tiro na cabeça de bandido (salvo os chefes - pessoas com capacidade de liderança nesse ramo são perigosíssimas).

Tá, tudo bem, reconheço que a impunidade grassa nesse país e que logo os bandidos voltam para a rua pra fazer merda. Qual é a solução que eu dou? Simples: dá um tiro na coxa e outro na batata de uma perna. O objetivo é deixa-lo coxo. Pelo menos em crimes que exigem mais ação (como assaltos, roubos, etc.) ele já será deixado em escanteio pelos seus colegas não-coxos - talvez para cuidar de sequestrado, no máximo. Daí ele terá que se dedicar a coisas menos danosas, como estelionato.

Aprendamos com os colombianos!!!

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