quarta-feira, julho 11, 2007

Sobre Belo Horizonte 1 - a Afonso Pena

Como eu disse, passei o fim de semana em Belo Horizonte (e terça-feira também - o épico para passar pela burocracia para alugar um apartamento vale outro post). Já tinha ido inúmeras vezes à cidade, já que a minha família paterna é de Lavras, no sul de Minas.

A cidade é dividida, se bem me lembro, em 8 regiões. O centro dela é a parte planejada da cidade. Cortado pela Av. Afonso Pena e circunscrito pela Av. do Contorno. A Afonso Pena tem uns 3km de extensão, começando da rodoviária (metropolitana e interestadual) e terminando na Praça da Bandeira.

Quando você chega da rodoviária, se não contratar um carregador a R$1 a bagagem, você sobe as escadas (não existem escadas rolantes, o que faz com que a rodox de BH seja a segunda pior do país, só perdendo de goleada para a de Brasília), passa pelo estacionamento e chega a uma pracinha que delimita o retorno da Afonso Pena. Essa praça possui um monumento modernoso simplesmente horrível (num dos muitos monumentos ao desgosto que existem pelas cidades do Brasil varonil). Ali ficam uns mendigos e os chamadores de vans piratas para Governador Valadares, Ipatinga, Nova Lima, etc. Indo reto, você finalmente chega na principal avenida de BH.

O centro de BH é a única parte planejada da cidade. Aliás, não sei se vocês sabem, mas Belo Horizonte, assim como Goiânia, Brasília e Palmas, é uma cidade planejada. Porém, como BH foi a primeira delas (tem menos de 110 anos, acho) não se preocuparam em planejar a expansão da cidade. Vejam com seus próprios olhos no Google Earth: tirando o centro, BH é tão caótica quanto qualquer cidade brasileira (menos Brasília, onde mesmo as satélites são - muito mal - urbanizadas).

Andando pela Afonso Pena tem-se a sensação de se estar no centro do Rio de Janeiro. Não me perguntem o porquê disso. Talvez seja a calçada em mosaico... é, acho que é isso. Algumas até têm um formato em miniatura do que existe em Copacabana.

Que mais... Bom, tem a Praça Sete de Setembro (ou Praça Sete apenas), a principal da cidade, onde os cruzeirenses e atleticanos comemoram os campeonatos (e aí Belo Horizonte lembra Buenos Aires, porque também um Obelisco, embora muito menor do que o bonairense), o Shopping Cidade lá pela Av/Rua dos Tupis (ou na Av. São Paulo, não decorei ainda), um shopping com o mínimo necessário (tem até Giraffa's! :D) mas sem cinema.

Já os prédios estão mais para o Setor Comercial Sul de Brasília: aquele estilo modernoso entre os anos 50 e 70 que realmente não me agradam. Sem contar que, pela poluição, eles parecem mais sujos. O centro de BH tem um quê de sujeira que exerce uma estranha sensação de conforto para pessoas que já conheceram o exterior, como é o meu caso. Aliás, o não-urbanismo brasileiro (uma das grandes contribuições de Portugal para nós - basta olharem qualquer cidade da América Hispânica no Google Earth) traz consigo um calor humano único na Terra. Mas pra fazer sistema de transporte coletivo é uma merda.

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