segunda-feira, maio 13, 2013

Teoria do Gênero Neutro: uma MENTIRA

Provavelmente vocês já devem ter ouvido falar na "teoria do gênero neutro", onde se acredita que o gênero é algo "criado pela sociedade". Segundo essas pessoas, os bebezinhos, apesar de nascerem com dois cromossomos X ou um X e um Y, na verdade seriam ensinados a gostar de coisas "de mulher" e "de homem" respectivamente, por isso que as meninas acabariam gostando mais de brincar de boneca e os meninos, de carrinho. Além disso, os meninos agora são vestidos de rosa e as meninas, de azul.

Pois bem: se você é pai ou mãe e não acredita nisso, saiba que você está... CERTÍSSIMO. E o engraçado é que as pessoas que acreditam no "gênero neutro" acham um absurdo quando um evangélico fala que "o homossexualismo é uma escolha", não percebendo a contradição de ideias que há nisso.

Minha bronca com esse tipo de pensamento tem origem em um nome: Bruce Reimer. Quem foi ele? Foi um canadense, homem, que teve o pênis mutilado cauterizado acidentalmente quando bebê em uma cirurgia de circuncisão. Os pais então foram ao psicólogo americano John Money, que foi um dos principais expoentes do gênero neutro. O Sr. Money, acreditando na suas teorias, recomendou que o Reimer passasse a ser criado como menina, deixando o cabelo crescer, sendo vestido como menina, passando a brincar de bonecas e, principalmente, a tomar hormônios femininos. Ah, sim: os pais não falaram com ele a história toda, e ele passou a ser chamado de Brenda Reimer.

Bem, se a teoria do gênero neutro funcionasse, o problema estaria resolvido. E, observação, o tratamento começou quando Bruce/Brenda tinha 17 meses de idade. Mas isso NÃO ACONTECEU. Quando chegou aos 13 anos, Brenda não se interessava por coisas femininas, sofria bullying de seus colegas pelo seu jeito estranho (seus colegas tampouco sabiam sobre o caso) e tinha instintos suicidas. Os pais, com o coração partido, contaram a verdade para Brenda, e poucas semanas depois Brenda passou a se vestir como homem e assumiu um novo nome: David. Ele acabou fazendo uma cirurgia de reconstrução do pênis, se casou e adotou os três filhos da mulher.

Mas infelizmente a história não tem final feliz: aos 30 anos ele perdeu o emprego, a esposa pediu divórcio no dia 02 de maio de 2004 e ele cometeu suicídio com um tiro na cabeça no dia 05. Aqui o verbete do Wikipédia e aqui uma reportagem sobre um documentário da vida de Bruce/Brenda/David no Estadão.

Não se convenceu? Quer ver pesquisas científicas sobre isso? Bien sûr. Agora na terra onde essa teoria do gênero neutro é mais fecunda: Escandinávia, mais especificamente, na Noruega. Um comediante (e sociólogo) local, Harald Eia, um dia se perguntou: a Noruega tem o melhor IDH do mundo (quando não tem está entre os três primeiros) e onde as mulheres virtualmente não sofrem discriminação. No entanto, a maioria das profissões técnicas (ex: engenharias) é praticada por homens e a maioria das profissões que têm que se lidar com gente (ex: enfermagem) é praticada por mulheres. E não há incentivo, cota que dê jeito nisso. A essa questão ele dedicou o primeiro de sua série de documentários Hjenervask (lavagem cerebral), e foi atrás de sociólogos noruegueses, que se saíram com a desculpa de praxe ("gênero neutro") e foi atrás de médicos e psicólogos que fizeram estudos verdadeiramente científicos sobre o tema.

É claro que se pode fazer objeções às metodologias utilizadas, e isso em qualquer estudo. Mas há algo na ciência que é basilar: um estudo científico é passível apenas de ser contestado com outro estudo científico melhor que ele, nunca com TEORIA PURA. A reação que os médicos e os psicólogos fazem quando veem os depoimentos dos sociólogos noruegueses e a cara de tacho destes ao verem as respostas daqueles é impagável. Resultado? O  governo norueguês, que apesar de estar deitado em berço esplêndido (possui um fundo de reserva de U$ 600 bilhões, graças ao petróleo) não é perdulário, ACABOU COM O INSTITUTO NÓRDICO DE GÊNERO (QG desses sociólogos) graças à série de documentários. Segue os documentários sobre o "paradoxo da igualdade de gênero" e o "inato ou adquirido", com legendas em inglês exceto quando o Harald entrevista cientistas americanos e ingleses, onde há o depoimento de um psiquiatra que acreditava nas mesmas ideias de John Money, mas dessa vez com um final mais feliz (obs: o segundo documentário tem algumas imagens bastante breves de órgãos genitais de bebês com mal-formação)

Update dezembro de 2014: esse post vem fazendo um relativo sucesso (não consegue superar o das celebridades gays e que fazem programa - mas como vocês são fofoqueiros, né?). Motivado pelo recente artigo do Olavo de Carvalho a respeito, que se tornou a primeira pessoa a linkar o vídeo no mainstream, atualizo o link com uma novidade: legendado em português.



https://www.youtube.com/watch?v=G0J9KZVB9FM

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