sábado, fevereiro 05, 2011

A marcha do politicamente correto na Universidade de Brasília

Um espectro ronda a UnB: é o espectro do politicamente correto. Suas raízes são obviamente esquerdistas e, em tese, toda e qualquer universidade pública do Brasil (por estarem recheadas por tal ideologia). Mas parece que na UnB o nível está dos mais baixos.

Tudo começou com a adoção do regime de cotas raciais. Tudo muito "democrático", claro, já que parece ser "óbvio" que TODOS os brasileiros que não são negros devem pagar pelo que fizeram no Brasil há quase cinco gerações atrás. Mesmo que seus antepassados nunca tenham tido um escravo. E mesmo que os antepassados só tenham chegado ao Brasil na leva de migrantes italianos, alemães, japoneses, portugueses e espanhóis (não vou entrar na possibilidade de um antepassado europeu ter sido escravizado por piratas africanos e nem que os africanos eram escravizados pelos próprios africanos antes - e depois, bem depois - das grandes navegações porque a coisa complica). Mas isso está no STF e será julgado esse ano (desconfio que o Ayres Britto, o Lewandovski e a Carmem Lúcia serão favoráveis, mas não sei o placar).

Depois houve o episódio na Casa do Estudante Universitário (CEU), onde os estudantes africanos faziam festa 24/7, alguém do CEU perdeu a cabeça por tanta algazarra, tacou fogo na porta deles e isso foi considerado como um... Ato de racismo e xenofobia! Tanto é que inventaram o Dia da Cobra de Springfield Dia da Luta Anti-Racismo e Xenofobia por causa disso.

Depois houve o escândalo na Reitoria. Obviamente o Timothy deveria sair sim, mas graças a esse escândalo finalmente cederam ao ABSURDO de nivelarem os votos dos professores aos votos dos funcionários e dos alunos para "elegerem" o Zé Geraldo. Absurdo? Sim. Professores ficam até os 70 anos na universidade, funcionários também (e até concordo que a proporção deles na eleição para reitor deveria ser aumentada). Mas alunos!? Um aluno normal fica, estourando, uns 6 anos no máximo. Professores e funcionários passam quase toda a vida na universidade, e aluno não fica nem 1/10 da vida dele lá (salvo os ligados ao movimento estudantil, que ficam ad eternum); portanto não deveria nem ter direito à voto. "Mas Lobo, isso é anti-democrático!". E quem disse que Universidade deve ser uma democracia? Os alunos elegem o reitor da Universidade de Pequim? Ou a de Havana? Ou a de Caracas? Então recolham-se às suas insignificâncias políticas e tratem de estudar!

Recapitulando: primeiro eles foram "bonzinhos" com as "raças". Depois, com as nacionalidades. Após isso, com "pobres estudantes que merecem ter mais voz ativa na Universidade". Agora eles querem mudar os costumes...

A questão do trote sempre foi uma coisa complicada. Com origem militar, de tão pesada ela pode acabar em morte, como o Edson Chi Hsueh, calouro que morreu afogado numa festa de veteranos de medicina na Unifesp há mais de 10 anos. Mas, em situações moderadas (que envolvam tinta -guache!- farinha e ovos) e opcionais não há NENHUM problema.

Houve um problema no começo do ano no trote da Agronomia, onde as mulheres teriam sido "humilhadas" em simulação de atos sexuais. Mandaram até para a Secretaria de Proteção das Mulheres, que é ligada à Presidência, para verificar os abusos. Pessoalmente eu desconfio de que uma das calouras, que não gostou do trote, é parente de alguém que trabalha na Presidência e provocou esse fuzuê todo. Mas vá lá, se a pessoa não queria participar do trote e foi obrigada tem-se mais é que responsabilizar os veteranos que deram o trote.

A história seria simples se a Reitoria fizesse um PAD e punisse os abusos caso se constatasse isso, mas nãããão... O politicamente correto tem que avançar... Agora a reitoria decidiu que TODO e QUALQUER trote é uma AGRESSÃO! TODO e QUALQUER trote é uma VIOLÊNCIA! E o pior: o DCE, sempre a porra do DCE, comprou a briga e está se comportando como um verdadeiro PE-LE-GO!!!

No resultado da prova do PAS, pessoas do DCE tentaram começar uma campanha de que "tacar ovos, farinha e tinta nos calouros é uma violência". Foram merecidamente "ovacionados". Ontem, resultado do Vestibular tradicional, além de serem novamente "ovacionados", um membro do DCE foi agredido por um "mascarado" porque "tentou convencê-lo a não tacar farinha em um calouro". Ah, também noticiaram que uma caloura passou mal de tanto beber.

Como diria o Titio Jack, vamos por partes:

1) Desde da popularização da internet, em meados dos anos 90, o vestibulando só precisa ir na UnB pra conferir os resultados SE QUISER. E ele SABE que, passando ou não, veteranos estarão lá para "recepcioná-lo" com ovos, farinha e tinta. Ou seja: quem vai lá vai consciente para aguentar as consequências;

2) Bebo regularmente desde os 16 anos. Não devia, mas no Brasil é assim. Nessa idade (e nos 15 anos), os jovens ainda não sabem apreciar o álcool, e perdem as medidas. Conheço vários casos de pessoas que matavam aula pra beber até cair. Portanto, isso NÃO PODE SER ATRIBUÍDO AOS VETERANOS;

3) DUVIDO MUITO que o cara do DCE tenha sido agredido por isso. Assim como duvido muito que a assertiva dele contra o veterano tenha sido tão pacífica assim.

4) Querem uma prova de que tudo não passa de uma agenda politicamente correta? Aqui a versão dos fatos pela Secom http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=4590 .

Infelizmente a mídia televisiva se mostrou mais uma vez refém de agências de notícias, e puxou a sardinha para a versão do DCE

Você que é aluno da UnB e rejeita essa patrulha politicamente correta: continue seu trote com farinha, ovos e tinta. Se o calouro não quiser, não dê. Se o calouro quiser alguém do DCE ou do "movimento estudantil" se meter a besta entre vcs dois, juntem-se você e o calouro e metam uma LEGÍTIMA PORRADA nesse sujeito. Infelizmente eu acho que todo o esquema já está marcado para a proibição de todo e qualquer trote. O que resta é NÃO VOTAR EM NENHUMA CHAPA DO DCE DE PESSOAS LIGADAS A ALGUM PARTIDO POLÍTICO QUE ESTEJA NO ATUAL DIRETÓRIO. Tenho esperanças de que isso aconteça. E quando houver eleição para reitor, converse com seu professor mais chegado e avaliem a melhor candidatura que equacione seriedade com ligações com o Planalto (isso é uma realidade que terá que ser considerada sim), LONGE DE QUALQUER PESSOA LIGADA AO JOSÉ GERALDO.

E vestibulandos: um dia vocês irão passar. Talvez não na UnB, mas passarão. Em todo caso, conversem com os donos de cursinho sobre isso. Propaganda de calouros pós-trote é FUNDAMENTAL para o negócio deles.

BONUS TIME: Aqui um vídeo do resultado do Vestibular de 1993 da UnB que passou no DF/TV, apresentado pela Mônica "Gestante" Velloso. Reparem como os calouros são agredidos, humilhados e subtraídos de qualquer dignidade humana... (a partir de 2:21).

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