Um poema! Óóóó!

Fazia tempo que não saia nada que prestasse da minha cachola em termos de poesia, só esses haikais (ou haiku, se vcs forem bem rígidos com o japonês). Mas saiu algo agora. Parece que a descoberta de "frases sujas" (começa num verso e termina no outro), rimas internas e aliterações (que não há nesse) me reinspiraram. Claro que essa inquietude e inadequação que sinto ajudaram muito, mas enfim, here it comes...

Da Esperança

Pois o que seria de mim sem esta dama?
Madrasta, pois sim, sádica senhora
das minhas escolhas

Do amor que queima, inflama
e destrói; ela simplesmente deplora
e diz: "levantai!

Porque teu orgulho é minha fonte
e meu sustento, e teu tormento
é redenção.

E só a morte, apenas a quem
devo satisfação depois de teu final,
é certa!"

Uma bosta, não?