sexta-feira, março 07, 2008

250 dias de trampo

Bom, a vida me levou até aqui em Betim, o exílio que eu não queria, mas que está sendo muito bom para eu colocar as idéias em ordem (mesmo constantemente sob efeito de Rivotril). E com isso cheguei às seguintes conclusões:

1) Viver sozinho é barra. Não ter alguém do lado para você acordar e falar "eu tenho que dar o melhor de mim mesmo por ela*, pois ela merece" não é um, mas dois dias a menos em nossas vidas. Deve ser por isso que os solteirões morrem logo.

2) Betim não é pra mim. Amanhã vou tentar conhecer as "belezas" de Betim, com um nasgo de esperança que haverá uma confraternização lá em casa, mas já esperando as negativas.

3) Brasília? Tampouco. Saindo daqui (o que espero que aconteça apenas em julho), voltarei para lá. PORÉM, tenho uma carta na manga. Brasília não é para mim porque, sinceramente, NÃO QUERO SABER DE CONCURSO!!! Não quero mais ouvir amigos falando que pensam em fazer direito só pra fazer concurso, não quero mais encheção de saco da família para fazer concurso. Não dá. A perspectiva de ficar estudando direito constitucional, administrativo, português, matemática e lógica por anos a fio para um concurso em que talvez venha e que tenha 1000 candidatos por vaga é simplesmente apavorante para mim. Será que vocês não vêem que isso é a DISTOPIA instalada entre nós? Talvez a única coisa que me interessaria seria pra ser taquígrafo, não sei...

4) Eu tenho um sério problema de gerenciamento de tempo... A crítica que meu chefe fez para mim nesse sentido é válida. Mas o foda é o seguinte: em Brasília, quando eu ia trabalhar em cima da tese, eu ia para a Biblioteca Central da UnB e ficava por lá 4 horas 100% concentrado. Aqui não dá pra fazer isso.

5) No meu segundo emprego, até aceito ganhar menos. Mas por favor: 40h/semana! E um horário fixo de trabalho!

6) Um próximo trabalho na área de educação só se for de chefe de departamento pra cima.

* Eu tenho esse defeito de me anular por completo pelo outro (é de mãe isso). No caso de amigos - e de trabalho, como descubro agora - isso pode ser extremamente maléfico.

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