sábado, março 08, 2008

Sobre os brasileiros barrados na Espanha 3 - A prostituição

Quando fiz italiano básico 1 na Escola de Letras da UnB eu tinha um colega transsexual. Traveco mesmo, daqueles siliconados. Ele(a) falou que já tinha ficado uns 3 meses na Itália. Fazendo programa, naturalmente. Sim, brasileiros e brasileiras vão para a Europa se prostituir. Há trafico sexual nisso? CLARO que sim! Uma puta ou um traveco não saem do Brasil simplesmente falando: "Ah, vou fazer uns programas na Europa, ganhar uns euros e voltar pra casa mais rico(a)!". Ou vai porque tem algum contato/conhecido por lá (e sempre há um cafetão no fim dessa rede, considerando a premissa '1') ou porque é agenciado(a) aqui mesmo. Ou então é um imigrante fracassado a quem só restou o caminho do michê.

Mas tem outra coisa: existe a "marca" Brasil. Mais de uma vez já ouvi falar de que há outras nacionalidades que se fazem de brasileiras pros clientes para se passarem por bons "prestadores(as) de serviço".

Dito tudo isso, volto a bater na mesma tecla: putas e travecos brasileiros, existem em todos os países da Europa Ocidental. A Roberta Close é/foi casada com um suíço; a Rogéria já contou que um suíço pagou uma fortuna pra ela comer a mulher dele e ser enrabada ao mesmo tempo. E, mais uma vez, não se ouve falar de brasileiros deportados injustamente em Frankfurt ou em Amsterdã.

Sim, há em Londres, mas a quantidade de gente querendo migrar pra lá não é brincadeira. Porém, o problema principal por lá é brasileiro levando 7 balaços na cabeça sem saber o porquê.

Sim, há isso também em Lisboa, mas lá eles já sabem lidar com brasileiros, de uma forma geral. Além disso, em Portugal há a particularidade que podemos ficar por 180 dias.

Sim, há em Paris, embora faz muito tempo que não ouço falar sobre isso.

Sim, há na Itália (Roma e Milão). Mas de lá eu posso falar. Em 2005 cheguei na Europa via Milão, de onde iria para Berlin, e de lá para Ljunljana-pré-Schengen. Na época eles eram menos rigorosos, é verdade, mas passei mesmo não tendo hospedagem reservada em Berlin (quase morri procurando albergue naquela cidade com uma mochila de 20kg nas costas :S) nem em Ljubljana (fiquei num ótimo apartamento estudantil da Universidade de Ljubljana - thanks, Kate!). Mesmo com essa nova exigência de hospedagem (e eu faria o possível pra atender essa exigência) não acredito que teria problemas - apesar de serem latinos, os italianos tentam ser alemães.

Já na Espanha parece que os brasileiros estão sendo sujeitos ao arbítrio dos espanhois de fronteira (ou então parece que há um burocrata de quarto escalão que deu uma ordem específica pra perseguirem os brasileiros em particular).

Enfim, já disse que acho que é preconceito puro e simples, porque respondo de forma negativa à seguinte pergunta: "Se fosse em Lisboa ou em Londres, deportariam os estudantes de pós-graduação e o padre?".

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