Piores Capas da Playboy (post da AOB)

O Gravataí Merengue, que conheço desde a época que eu frequentava o Leite de Pato (que não frequento mais porque o autor deste é mais um daqueles cariocas babacas recalcados que acham que tudo que acontece de errado é culpa de Brasília, e que a capital deveria mudar pro Rio) postou a opinião dele sobre as piores capas da Playboy desde 1988. E o IG colocou a chamada no portal, quando foi instalada a cizânia. Eu, como membro da AOB-DF (Associação dos Onanistas do Brasil, seccional DF - apesar de estar em betim meu mandato é até agosto, podendo ser reeleito) vou entrar na polêmica, partindo dos mesmos critérios (a partir de 88) e da mesma premissa de considerar as piores CAPAS, critério neste que o Merengue deu uma derrapada, como vou expor a seguir. A opinião dele em itálico (visitem o link no título deste post e confiram por si só) e eu de caracteres normais:

1988 - Hortência

É o grande clássico, e não poderia começar por outra capa. Hortência é dos tempos do Photoshop Moleque, o Photoshop Arte, o Photoshop de Amor à Camisa. Não tinha essa de usar recursos gráficos. Era massa-corrida, mesmo, e muita criatividade. A parte boa dessa edição é que trouxe a seção "mulheres do ano", com Luma de Oliveira, Luciana Vendramini, Magda Cotrofe, Sonia Lima e até Alice di Carli (ui ui ui ui, chefinho!).

A Hortência é hours concours (ou, em linguagem onanística, "ó com cu"). Seguinte.

1988 - Sueli dos Santos

Hortência era feia - ok, ainda é... -, mas pelo menos tinha fama. Sueli dos Santos conseguia ser MAIS FEIA que a ex-mulher de José Victor Oliva e ainda por cima bem menos famosa. Até hoje ninguém sabe o que levou o pessoal da Playboy a colocar a arremessadora de dardo na capa da revista. Diz a lenda que alguém da redação perdeu uma aposta, ou pagou promessa, ou fez uma oferenda a algum orixá de desejos excêntricos.

Estou tentando não ser anacrônico, mas não dá. Por mais que o gosto por peitões se consolidasse em fins dos anos 90, os peitos dessa mulher são muito esquisitos. O que é uma pena, pois daria para fazer uma analogia do dardo com o pole de striptease, mas a Sueli está muito robótica na foto.

1989 - Rosenery (a "Fogueteira")

A moça (sic) da capa foi multada pela FIFA porque lançara um "sinalizador da Marinha" (não é mentira) em plena eliminatória da Copa do Mundo de 1990, no crucial Brasil x Chile. O goleiro Rojas cortou a própria testa para fazer gracinha e, como sabemos, a seleção chilena não foi para a Copa da Itália. Mas Rosenery, enfim, tinha a multa para pagar. Eis que a benevolente Playboy paga a conta em troca da nudez da moça (sic). No fim, saiu caro para nós, leitores e sobretudo assinantes, que "ganhamos" a nudez o tribufu.

Estou tentando não ser anacrônico, mas não dá [2]. Além da mesma crítica da Rosemary estar bastante robótica (como nas fotos do ensaio), esse cabelo Tina Turner e esse vestido preto com o fundo da mesma cor estragam mesmo.

EPÍLOGO: com a grana da playboy, a Rosemary montou uma carrocinha de cachorro-quente em Brasília, lá na L2. Não sei que destino ela levou desde então.

1991 - Fátima Muniz Freire

A Playboy já tinha abusado de nossa paciência nesse mesmo ano ao trazer o monstrinho de nome Carmita Medeiros logo na capa. Ainda assim, não satisfeito com a desgraceira, o editor nos "brindou" com essa coisa denominada Fátima Muniz Freire - que, a exemplo de Carmita, também é (ou era?) da "alta sociedade". Este mundo atual de fama instantânea trouxe pelo menos uma coisa boa: mulheres menos feias.

Bom, aqui vai a minha primeira crítica: a capa é boa sim. Além de realçar as pernas da mme., a cota-de-malha é devidamente usada, mostrando a penumbra mas escondendo o essencial. Ah, e realça as pernas, que é a principal parte da moça. Já outra discordância é em relação à Karmita (com 'k'). Tudo bem que ela faz o estilo "será que vou quebrar os ossos dela quando ficar por cima?". Em suma, se fosse para eu escolher a pior capa (não mulher baranga) de 1991, ficaria com a da Luciene Adami, a Guta do Pantanal - realçando que não estão no meu 'Bottom 10'. A camisa molhada não deu certo...

1992 - As Trigêmeas

Não, elas não são feias. Mas eram chatas. Tá, eu sei, é ruim colocar na lista das "piores capas" mulheres que são... CHATAS. Mas elas eram muito. Muito, mesmo. E apareciam em tudo que era programa de auditório ou de entrevistas, SEMPRE DIZENDO A MESMA COISA (no caso, essa "mesma coisa" era rigorosamente NADA de útil). Não atuavam, não cantavam, não dançavam, não faziam porra nenhuma. Eram apenas trigêmeas e não exatamente feias. Um dado curioso: graças à delícia de inflação da época, um exemplar da Playboy custava módicos Cr$ 32.000,00.

Concordo com o Merengue, mas não pelos mesmos motivos. Existe uma grande diferença entre se ser chato e ser sem sal. As trigêmeas eram tri-bibelôs, digamos assim, e mulheres que não falam não enchem o saco. :D

Minha concordância é pelo seguinte: essa é a pior capa da playboy com mais de uma mulher na capa (considerando também a da Cátia Pedrosa de Junho de 1988, quando duplicaram ela na capa - ah, anos 80...), e a sugestão lésbica* obrigatória entre a de amarelo e a de verde não funcionou. E olha que isso nem é obrigatório na capa. Vejam a Playboy seguinte com mais de duas na capa, a Rosemari e a Rosângela: aquela capa é ótima (apesar da cara meio de fuínha das duas)

*Nesse sentido, a melhor é a de Junho de 1983, com a Aldine Müller (que soube envelhecer - tenho uma Sexy dela de 2000, acho) e a Zaíra Bueno. Ah, os bons tempos da pornochanchada...

1994 - Simony

Claro que para todos que somos "contemporâneos" do Balão Mágico a revista causou muito furor. Mas a empolgação não passou do fato de que Simony posaria pelada. Tão-logo virávamos as páginas, descobríamos que não apenas a magia da infância tinha ficado para trás, mas principalmente a dura realidade se apresentava da pior forma. Simony, enfim, era uma baranga. Horrível. E a foto com siri na buceta está seguramente entre as piores imagens de todos os tempos e deveria ganhar uma menção de repúdio em algum anuário, na categoria "genitália com crustáceo vivo".

Com um ano de práticas onanísticas, também tive uma sensação de estranheza quando vi essa capa. Hoje, já com 15 anos de devoção nas costas, posso dizer o que foi: 1) Ao contrário da Fátima Muniz Freire, a cota-de-malha aqui mais mostrou que escondeu; 2) Os bicos do seio da Simony roçando a cota-de-malha dá uma agonia danada! Mas discordo com o Merengue: a Simony até que era gostosinha (essa franja é que mata!). O problema é que depois ela foi se meter com uma gente da pesada**...

** Me lembro quando a Taís Araújo teve um rolo com o Netinho (do Negritude Júnior e ex da Simony) e a mãe dela foi abertamente contra, porque ele já tinha uns 4 filhos com umas 3 mulheres, acho. Me lembro ainda da Xuxa (!) falando algo como "a Taís já tem capacidade de escolher com quem quer ficar". Dona mãe da Taís: 1) a Sra. riu por último; 2) convença a sua filha a posar também. Precisamos de uma nova Isabel Fillardis, já que a Talma de Freitas não toma nenhuma atitude.

1996 - Carla Perez (a Primeira)

Não sei se "melhorar" é o verbo correto, mas a verdade é que a primeira "loira do tcham" mudou ao longo do tempo. Antes, convenhamos, era BEM pior. Mas infinitamente pior. E essa Playboy de estréia (ela posou mais 987790 vezes) serve de exemplo. Seu cabelo ainda era um tanto temperamental, sua lordose ainda era pouco disfarçada e a coxa de Roberto Carlos (o das duas pernas, que jogava bola etc) completava o macabro conjunto que curiosamente seduziu primeiro Alexandre Pires e depois Xandy, entre outras figuras que entendem tanto de mulher quanto de música.

Se eu disse antes "Ah, anos 80..." dessa vez eu digo: "Ah, anos 90...". Concordo com o Merengue, mas acho que existem capas piores.

1996 - Ida (do Vôlei)

Nessa época, todos que soltassem o trocadilho "volta", ao receber Playboy, eram sumariamente perdoados pela infâmia. Ida tinha o corpo feio, a cara feia e ainda por cima nem era tão craque. Taí mais uma edição que provavelmente se originou em aposta, pagamento de promessa etc.

Ó com cu. Seguinte.

1997 - Débora Rodrigues

Ela começou como sem-terra, ficou famosa por não ser exatamente um monstrão (mas apenas um monstrinho quase simpático) e logo foi parar na Playboy. Depois, foi trabalhar no programa "Fantasia", do SBT; e no fim das contas se tornou caminhoneira, com direito a correr pela "Formula Truck". Não sei que apito toca atualmente e, sinceramente, não quero mesmo saber.

Além de cair no mesmo erro da fogueteira (vestido preto combinando com o fundo preto, a Débora Rodrigues está parecendo aquelas gordinhas safadas do orkut que se ajeitam toda para parecer que é gostosa na foto.

1999 - Marina Lima

Não acho a Marina feia. Mas estou longe, também, de achá-la bonita. É meia-boca. E como a Playboy sempre piora quem passa por lá, claro que transformaram a mediocridade da cantora na mais inequívoca feiúra. A capa já é de uma infelicidade absurda.

NÃO! NÃO! 1000x NÃO, mortal Merengue! Nem fudendo! Tanto a capa quanto o ensaio são ótimos. A capa é bastante sugestiva, destacando para o erotismo dos ombros desnudos (hoje eu tô que tô!!!). Oxalá todas as quarentonas tivessem a mesma saúde da Marina (mesmo descontando o photoshop). Essa é a minha primeira discordância frontal.

Na capa - e dentro da revista - o trocadilho super batuta: "Manu é Ela". E esse, acreditem, era o melhor momento da edição. A moça é feia, tem o corpo feio e, pra ajudar, namorava o tal de THYRSO. É demais, né? Foi a primeira feiosa que apareceu na Playboy exclusivamente por conta do BBB.

Discordo parcialmente. A moça NÃO é feia, e NÃO tem o corpo feio. Mas concordo que namorar o Thyrso (o modus operandi dele era de psicopata...) diz contra ela. Assim como a capa. É de uma breguiçe horrível.

Leka engrossou a categoria das "criaturas das profundezas que passaram pelo BBB e caíram na Playboy". Com certeza, quem comprou essa edição o fez por conta da entrevista, das reportagens, das vinte perguntas ou até mesmo das propagandas. Tudo é justificável, menos ver a Leka pelada. Corre o boato que vários assinantes mandaram cartas com ameaças sérias ao pessoal da redação.

A capa não é das piores, mas não é boa. A idéia de apertar os peitos não foi feliz, talvez por causa do bikini - de couro, ainda :S . Mas passa. Falando em passar, como o o Sr. deixou passar aquela Andréia do No Limite!?

Um raio não cai no mesmo lugar duas vezes, é o que diz o ditado. A Fortuna sorriu para Monica Veloso quando o teste deu positivo e o pai era Renan Calheiros. Dali em diante, a Glória não lhe esboçou nem mesmo um semblante simpático. Sua Playboy foi de um fracasso retumbante, e seu livro encalhou. E ela está aqui apenas porque a revista não vendeu? Claro que não. Está porque ela é uma "Hortência dos novos tempos", tamanho o aparato de efeitos-especiais empreendido na divulgação de sua nudez. Técnicos da "Industrial Light & Magic" vararam noites para deixar as coisas razoavelmente aceitáveis.

A crítica do Merengue peca pelo anacronismo. Daqui a uns 10 anos essa será considerada apenas uma Playboy infeliz, casuística. Mas mesmo sem photoshop eu comia ela. E a capa está ótima; Deus do céu...!

Ela é melhor como bandeirinha do que como mulher pelada. E, pra quem não entendeu a piada, ela é UMA PORCARIA como auxiliar do árbitro. Se alguém AINDA ASSIM não entendeu o chiste, basta abrir a revista. Tudo se tornará claro. Também é comum ter um pouco de enjôo e diarréia.

NÃO! NÃO! 1000x não, Sr. Merengue (2). A Ana Paula foi quem motivou a perder o começo da tarde gastando umas 2h nesse post. Mesmo sem maquiagem (com maquiagem ela parece outra pessoa) ela É, sim, bonita. Daquelas belezas comuns que se encontram no dia-a-dia (por exemplo, tem uma garota que trabalha numa papelaria perto do meu trampo que acho ela maravilhosa!). Além do mais o photoshop que devem ter usado nela com certeza foi mínimo, já que o condicionamento dela é bom. Ah, e capa está ok.