quarta-feira, maio 02, 2007

Então é por isso...

Trecho retirado do artigo "A interação entre iguais*: o quê causa o quê?", de Willard. W. Hartup, que tô traduzindo pra ganhar uma graninha. Tradução e itálicos by Lobo

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As redes sociais, tanto na infância quanto na adolescência, incluem inimigos assim como amigos. As crianças e os adolescentes que estão envolvidos em ao menos uma antipatia mútua tendem a ser mais agressivos que os indivíduos que não estão envolvidos em tais relacionamentos (Abecassis, Hrtup, Haselager, Scholte & van Lieshout, 2001). Concomitantemente, tanto os abusadores quanto suas vitimas têm mais inimigos que os outros indivíduos. A extensão dessas antipatias que estão relacionadas com as mudanças de comportamento não é conhecida, uma vez que esses inimigos se evitam. Porém, isso não significa que os inimigos não se influenciem. Deveríamos saber mais sobre esses processos, uma vez que essas antipatias mútuas estão freqüentemente incorporadas na adaptação de crianças agressivas.

As redes de relacionamento também conduzem ao desenvolvimento da agressividade e do comportamento anti-social. Primeiro porque essas redes são geralmente definidas em termos de normas comuns, e as redes de agressividade estão prontamente influenciadas (Cairns, Cairns, Neckelman, Gest & Gariepy, 1988); e segundo, porque a constelação de amigos e inimigos nas vidas de uma criança faz a diferença em sua adaptação social. As crianças e os adolescentes que têm amigos mas não inimigos são menos agressivas e anti-sociais que os que possuem amigos e inimigos ou os que possuem apenas inimigos (van Lieshout et al., 2005). Somados, os recentes resultados sugerem que as relações desempenham um papel no desenvolvimento da agressividade. É preciso um melhor entendimento dos processos ocorrentes entre amigos e inimigos.

*Não consegui encontrar uma tradução melhor para "peer", então relevem.

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