domingo, setembro 14, 2008

E se fôssemos os russos?

Meu professor me dizia que nossos vizinhos chamam-nos jocosamente de "el gigante bobo". Muito provavelmente isso se dá pelo fato de sermos excessivamente crédulos e condescendentes com o mesmo. Dou o exemplo mais recente: o Devil Morales acusou o prefeito (governador) opositor de Pando de usar pistoleiros peruanos e brasileiros como força auxiliar para debandar  e matar os manifestantes pró-governo. Por causa disso, a chanvelaria peruana pediu esclarecimentos ao governo boliviano sobre essas declarações. Vocês por um acaso ouviram algo do gênero do Itamary?

Por isso pensemos: e se fôssemos os russos? Não fomos soviéticos, mas existem diversos de nós em quase todos nossos vizinhos (salvo a Argentina - fui para Puerto Iguazú em agosto e, ao menos à primeira vista, não notei muitos brasileiros por lá não). Essas coisas de fronteiras não são eternamente estáticas, mudam com o decorrer dos séculos dependendo da migração dos povos. Pelo fato de sermos com folga a maior população da América do Sul, isso seria uma vantagem a longo prazo mesmo com o crescimento vegetativo desses (salvo Argentina e Uruguai) bem maiores.

Daí ocorrerão casos como o que acontece na Bolívia e Paraguai, de sem-terra et caterva locais clamando contra os "brasileiros imperialistas que surrupiam nosso território" e, eventualmente, alguma perseguição pelos governos locais. Uma solução extrema para esse dilema seria, portanto, a invasão pura e simples. Não digam que isso é coisa de nazista pensando no "espaço vital", pois os americanos fizeram coisa bem semelhante com o Texas (mandaram colonos com escravos - o que já era proibido pela legislaçao mexicana na época) e apoiaram a sedição do "Lonely Star" antes da anexação aos EUA. Talvez seja o caso de alguém na ESG discutir uma eventual expansão de nossas fronteiras para o Pantanal paraguaio e a Amazônia boliviana, dependendo de como a coisa caminhe.


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