segunda-feira, agosto 14, 2006

Refexões da Chapada, parte 1

Na chapada eu parei para pensar em diversas coisas sobre minha existência, voltando a ter contato com uma parte de mim que descobri há uns 3 anos e que estava hibernando.

Conclusões:

1)Como diria o Dostoievski, se Deus não existe, ele teve que ser criado pelo homem para que não nos matassemos uns aos outros. Sim, cheguei à conclusão que Deus não existe. Pelo menos aquele velhinho simpático com uma auréola triangular com um olho no meio. O que existe é o Universo e a Natureza. O Universo é vivo, e todos nós fazemos parte dele. Mesmo em nossas cidades poluídas. Mesmo nossos defeitos. TUDO faz parte. TUDO é inevitável. O que não existe é o sobrenatural, o Além. Se o Universo é auto-consciente já não sei, mas o que importa é que as religiões são mecanismos de consolo para que não achemos nosso destino inevitável tão mal assim. Por mais que seja sofrido.

2)Como eu disse, o bem e o mal fazem parte do Universo. São indissociáveis. É absolutamente impossível eliminar o mal. Assim como é impossível fugir dele (se bem que na chapada havia uma paz e uma sensação de bem-estar que me surpreendeu, quase assustou). O segredo para uma boa existência é procurar ser o mais correto possível, ligar o foda-se e ser feliz. Se você se sentir mal, como me sinto agora, relaxe, aproveite e saiba que isso não é definitivo (por mais que perdure... :S );

3)Minha felicidade não depende de outra pessoa. Depende apenas de mim. Quem condiciona sua felicidade com a de outra pessoa está agindo de forma errada. Eu posso ser feliz sozinho (o foda é que a maldita da sociedade, como um bando de abutres, vai insistir no contrário, o que constantemente me puxará pra baixo, como agora :@);

4)O dinheiro é apenas fundamental para a subsistência, não para existência (no fundo no fundo, não estou mal por não ganhar dinheiro, mas por não me ocupar - vide post abaixo);

5)A natureza age como no ponto 2, mas o corpo reage (bem ou mal) de acordo com o que a mente quer. Se a natureza mandar um mal estímulo e a pessoa ligar o foda-se, não haverá nenhum trauma;

6)Não sei se quando me apaixonava eu realmente sentia amor. Acho que no fundo não sei o que é isso. Talvez o Universo tenha estipulado que nunca amaria de verdade enquanto somente me apaixonasse. Talvez meu destino seja virar eremita mesmo. Vide a conclusão 3. Mas as portas estão abertas ainda...

7)Como não há o Além (1)não há necessidade de se temer a morte. Será que se eu tivesse com um tumor terminal pensaria a mesma coisa? Não sei...

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