quinta-feira, julho 25, 2013

Homilia que seria postada no Facebook mas está tão boa que vai aqui

Queridos irmãos em Facebook,
Estamos acompanhando as notícias sobre a audiência da TV estar diminuindo, sobre a queda da venda de jornais (ou, no caso do Brasil, pelo fato de as vendas se manterem estáveis - o que dá igualmente na mesma, já que se a população cresce, as vendas deveriam subir proporcionalmente). Os ditos "analistas" dizem que isso se deve ao surgimento de outras formas de informação e entretenimento, como a internet e os videogames. Sim, queridos irmãos, isso tem fundamento. Mas existe algo que definitivamente não está sendo levado em conta, por omissão ou má-fé.

A sociedade é plural. Homens e mulheres. Jovens, adultos e velhos. Ricos e pobres. São inúmeras as variáveis, e o mais exato e verdadeiro seria a ocorrência de um indivíduo para cada variável; porém isso seria inviável economicamente. Por isso temos programas para jovens, programas voltados para determinada classe social e programas para mulheres (sim, porque ultimamente ou os programas são para as mulheres ou são unissex - os únicos programas que eram território exclusivo dos homens, os de esporte, agora ou tem que ter o tal do "toque feminino" ou sofreram uma tadeuschimitização/regisroesinismo/tiagoleifertismo/retardamento -, mas divago).

O problema central é: há uma dicotomia que é solenemente ignorada pela mídia impressa ou televisiva, que é a divisão entre pessoas que são liberais e pessoas que são conservadoras. Basta ver qualquer pesquisa Datafolha (o instituto ainda é confiável, ao contrário do jornal): quer gostemos quer não, a maioria das pessoas é contra o aborto, contra o casamento gay, a favor da redução da maioridade penal, consideram os militares e a igreja as instituições mais confiáveis e, em 2005, apesar da campanha maciça de 90% da mídia (exceto pela TV Bandeirantes e pela Veja) e de TODOS os candidatos presidenciais em 2002 (Lula, Serra, Garotinho e Ciro Gomes), disse NÃO ao desarmamento. Em suma, temos uma população que é de direita em seus valores.

(e por que vota no PT? Porque apesar de ser de direita, o brasileiro médio não é liberal e gosta de estado grande)

Isso deveria ser refletido na imprensa. Mas não: o que vemos e lemos é artigos favoráveis ao aborto (com demonização dos contrários como sendo reacionários), a favor do casamento gay (idem), contra a redução da maioridade penal (ibidem), explicando os altos índices de assassinatos pelo... comércio legal de armas!

O que acontece? Acontece que uma hora esse brasileiro vai dizer "FODA-SE ESSA MERDA!" e vai cancelar sua assinatura de jornal, desligar a TV e caçar outra coisa para fazer. Vai para os videogames, porque talvez seja o único entretenimento livre de ideologias (embora o feminazismo esteja querendo entrar...). Vai para a internet, porque a internet é deliciosamente anárquica, além de poder reagir às asneiras que um jornalista escreva - e quando é censurado, simplesmente vai para outro site e deixa-o a ver navios.

Em verdade vos digo, irmãos em Facebook: não tenham medo de cancelar sua assinatura de jornal! Não tenha medo de desligar a tv e ficar na internet e no videogame (ou, se não tiver mais idade para isso, de ficar vendo filme velho ou até mesmo ver a parede do teto secar)! Você pode dar o FODA-SE NESSA MERDA, deixá-los desempregados e ser feliz!

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