sexta-feira, outubro 21, 2011

System of a Down, parte 2 - O pré e o show

E chegou o dia do show, 01 de outubro. Pela manhã eu fui resolver um probleminha na Sta. Efigênia: eu ia pegar pessoalmente um jogo que havia pedido na House Games e que, devido à greve nos Correios, não me mandaram. A House Games é uma excelente loja, e a melhor do Brasil em termos de jogos de Wii difíceis de encontrar (o que aliás parece ser uma tendência - os jogos novos do Wii simplesmente não estão chegando no Brasil: cadê o Wii Play Motion, por exemplo!?). Mas antes, resolvi andar pela Rua Santa Efigênia propriamente dita. Eu havia planejado ir almoçar no shopping 11h45, mas eu fui andando, andando, andando... Até terminar de andar toda a Sta. Efigênia, resolver meu problema na House Games e ir almoçar eu bati perna, sem parar, por umas QUATRO HORAS. Depois disso voltei para o 3dogs.

Estava lá no albergue fazendo hora até tomar banho e chamar o táxi quando chegaram 3 pessoas de Belo Horizonte especialmente para ver o show do SOAD; e fiquei extremamente feliz com isso, pois ia dividir o táxi com 3 pessoas e ia sair bem mais em conta. Conversa vai, conversa vem, eu resolvo tomar banho para já ficar pronto pra chamar o táxi. Tomo o banho e... Eles somem! Daí vou perguntar pro recepcionista onde é que ele tinham ido, e ele respondeu: "É que deu problema na reserva deles e eles foram embora" :@

Tá. Então enrolei um pouco, dei uma saída para comprar mais litro e meio de água, cerveja e alguns salgadinhos para tomar/comer antes de ir pro show e uns biscoitos para comer depois, bebo a cerveja, como os salgadinhos e peço o táxi, dez pras 8 da noite (o show estava previsto para começar 21h30). Sim, era São Paulo, mas era um SÁBADO, e não pensei que teria grandes problemas de engarrafamento. Pois bem, chega o táxi, dirigido por um japonês, falo para ir na Chácara do Jockey e ele responde: "Você sabe onde que fica isso?". Felizmente eu tinha uma noção de que tinha que passar pela Paulista (acabei passando por ali de carro pela primeira vez na vida) e pela Consolação, e que era perto de... Taboão da Serra. Não era muito, mas era o suficiente para não se perder logo de cara.

Pouco depois de pegarmos o túnel da consolação já pegamos o primeiro congestionamento (que é um engarrafamento que flui). Aí... Começou a chover! Além de pensar na toalha que deixei no varal, também fiquei preocupado em como seria o show e em se o congestionamento se transformaria em engarrafamento... Mas felizmente a chuva não foi forte, o motorista se achou e fomos seguindo... Até que pegamos um outro congestionamento, dessa vez das pessoas que iam pro show. Contribuiu para isso também a existência de somente duas faixas. Até que chegamos. O motorista me deu um cartão e falou para eu ficar no posto ali da via para que o motorista tivesse um ponto de referência. Pensei: "Se para vir foi esse trabalho todo, na volta até ligar para a cooperativa, até eles chegarem aqui, até eles saírem do engarrafamento vai ser uma eternidade. Sem contar que será uma fortuna de bandeira 2". E comecei a raciocinar: "o show está previsto para começar às 21h30 [cheguei às 21h]. Se atrasar não deve passar muito do horário, pois eles têm Rock in Rio Amanhã. O show deve durar umas 2h no máximo. Se começar às 22h, por exemplo, acaba meia noite e ainda terei 1h para chegar na estação!"

Foi com esse raciocínio que fui procurando a maldita da entrada da Chácara, até que achei, depois de subir um morrinho. Na hora eu vi um conjunto de grades formando umas oito fileiras: metade sem fila e a outra metade abarrotada de gente. Óbvio que fui para as fileiras vazias. Mas... Era a FILEIRA PARA MULHERES!!! Tive que ir para a muvuca. Enquanto estava na fila, recomeçou a chuviscar. A gracinha aqui gritou para a "fila" de mulheres: "Quem fez chapinha pra ir pro show se fudeu!!!". Poucos notaram, mas foi divertido...

Entrei pontualmente às 21h30 na pista (comum). Vi o povo da organização falando: "Quem quiser beber cerveja tem que colocar a pulserinha". Fiquei naquela de coloco, não coloco, coloco... Acabei indo colocar. MAS, no meio do caminho, a cortina da banda passa a cobrir o palco, o público faz aquele "uuuuuuuhhhh!!!" e desisto rapidinho da bebida (felizmente tomei aquelas Itaipava - melhor cerveja barata que existe!- no albergue).

O show (que começou com um atraso imperceptível de 10 minutos) em São Paulo foi o mesmíssimo do Rock in Rio: sensacional (infelizmente não foi o mesmo que em Buenos Aires, onde eles tocaram uma música A MAIS - fdpfdpfdpfdp!!!). Vou me arrepender até a morte (ou até eles voltarem para o Brasil...) por não ter feito a lição de casa e baixado o Toxicity. Infelizmente não deu para aproveitar essas músicas em sua plenitude (o que amenizei quando estava à toa no 3dogs à tarde, lembra?). Álbum espetacular e tão bom ou melhor que Mesmerise e Hypnotize! E felizmente não havia fãs chatos do Guns por ali, assim como não houve falhas no som que nem no RIR... Porém eu estava em São Paulo, e nesta cidade sempre tem que ter uns SKINHEADS FILHOS DA PUTA QUE NÃO SABEM BRINCAR NA HORA DO MOSHING. Além disso, foi uma lembrança do Rock in Rio III numa das piores características daquele festival: a poeira. Diversos momentos fiquei tossindo cuspindo poeira. Sem contar que fiquei com aquela catota preta no nariz, além do cabelo completamente duro (outro motivo para as mulheres não fazerem chapinha antes de ir pra shows...);

Foi um dos melhores shows que fui em minha vida. E olha que fui em uma porrada de shows... Espero que eles retomem a banda logo. O post ficou mais longo do que pensei, então tratarei o pós-show, onde realmente concentrou meu momento épico, pro derradeiro show sobre o SOAD. Stay tuned.

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