quinta-feira, dezembro 31, 2009

Maiores justiças poéticas da década 00

Não posso deixar de compartilhar isso com vocês. A década foi perdida, sem dúvida, mas houve 2 fatos que contribuirão para que a década 10 seja infinitamente melhor:

1) Declínio da indústria fonográfica (2001 em diante)

Mal sabia eu que, voltando do Rock in Rio 3 e baixando o show do Guns n'Roses (ótimas possibilidades de fazer show em Brasília em 2010, diga-se) no finado Napster ("pixaim", em português), eu já faria parte dessa empreitada. Foram quase 100 anos para que a indústria do jabá se consolidasse no século XX, ditando quais ritmos seriam da moda ou não, fabricando bandas com pessoas bonitinhas que faziam só uma música que prestasse (e obrigando a comprar um disco todo com músicas ruins e uma só boa). Pois bem, a década 00 iniciou o fim dessa indústria.

Ao contrário do que possamos pensar aqui no Brasil, os piratas nunca foram os protagonistas dessa decadência, mas sim o compartilhamento de músicas na internet. Claro que isso prejudica o povo da música também, mas apenas na medida em que ainda não estão preparados para esse admirável mundo novo. Mas existem experimentações fora da indústria musical extremamente bem-sucedidas. Exemplo: a banda Calypso. No esquema de prensar cds para vender para os camelôs nos lugares em que farão shows, já conseguiram comprar o próprio avião.

Na corrente de Schumpeter, a indústria fonográfica precisa ser criativamente OBLITERADA. A política brasileira também, mas nesse caso é mais difícil...

2) Declínio do Fantástico (2009)

Claro que o mérito inicial deve ser dado para a primeira Casa dos Artistas, de 2001, pois foi quem quebrou o mito da invencibilidade da "revista semanal" da Globo. Também os óbvios méritos para o Pânico na TV, que mostram mais uma vez a superioridade do rádio na hora de entender o que a audiência quer. Mas o principal motivo para a minha felicidade é que o sr. Álvaro Pereira Júnior, quem dirige o programa, está finalmente tendo o que merece. Arrogante arrotador de tendências na Folhateen, finalmente está mostrando que não entende rigorosamente NADA de PORRA NENHUMA. Cedo ou tarde alguém na cúpula da Globo perceberá que ele não passa de um (péssimo) crítico musical.

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