quinta-feira, junho 01, 2006

Operação Bola de Cristal 4 - Semi-finais e decisão do terceiro lugar

Jogo 1 - Argentina 1: França 3

Todos os jornalistas brasileiros que diziam que essa era a Copa que o Ronaldinho Gaúcho iria se igualar a Maradona e a Garrincha, ou a que o Ronaldinho seria o maior jogador brasileiro depois de Pelé verão seus conceitos - embora o Gorduchinho consiga um lugar na história como o maior artilheiro de todas as copas, passando o Gerd Müller. O verdadeiro nome dessa Copa é Zinedine Zidane. É ele quem dá o passe milimétrico para Wiltord marcar logo aos 12 do primeiro tempo. É com ele que começa a jogada do segundo gol do time da França, de Henry - no resto da Copa, um jogador apagado. O time françês termina em vantagem no primeiro tempo e domina a partida. Quando o segundo tempo parece ser um repeteco do primeiro, Riquelme lança Sorín como homem-surpresa e desconta para os arrentinos. A partir daí, o domínio é dos sul-americanos, que chegam a fazer um gol, corretamente anulado. A pressão é fabulosa e, no último ataque, até o Abbondanzieri vai pra linha tentar cabecear, mas a França retoma a posse de bola e sacramenta a vitória com um gol do Cissé. Festa em todo o território francês. Festa no Sarre. A invasão dos bleus. A manchete-chavão de toda a imprensa é: "Desde Napoleão não se viam tantos franceses em território alemão".

Jogo 2 - Portugal 0 : Ucrânia 1

"Agora nossos patrícios vão acabar com esses comunas filhos da puta!". Esse é o ânimo nacional, disseminado em blogs e em comunidades do orkut, o que merece a análise sociológica dos suspeitos de sempre. "O Felipão vai dar um jeito neles", é o que toda a mídia esportiva pensa e diz. Mas os portugueses não jogam nada. NADA! Abusam do preciosismo na hora de finalizar e, mesmo com um jogador a mais aos 20 do segundo tempo, não conseguem finalizar a partida, por mais que pressionem. E o castigo vem a cavalo cinco minutos depois, quando Shevchenko passa em condições legais para Gusev marcar. Já aos 40 do segundo tempo, os jogadores ucranianos não conseguem mais conter o choro, que explode como uma catrase por toda a nação quando o juíz apita. Quilolitros e quilolitros de vodka são consumidos nas ruas de toda a Ucrânia. Parece a Revolução Laranja rediviva. Felipão está com a costumeira cara de cu como em todas as derrotas.

Decisão de terceiro lugar: Argentina 3 - Portugal 1

Semelhante às Olimpíadas de 96, quando nós fomos para a disputa do bronze, os argentinos jogaram tristes, mas desinibidos, com destaque para Tevez (2), que Pekerman, demissionário, põe como titular devido à contusão de Crespo. Mais semelhante ainda, eles ganharam dos portugueses. Decepção tripla para nosotros que, além de vermos nossos patrícios ficando em quarto lugar e nuestros hermanos en tercero, teríamos que escolher torcer entre nossos algozes de 98 e os algozes de 2006.

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