quarta-feira, dezembro 21, 2005

O gosto da independência

O principal efeito que os dois meses de mochilagem na Europa fizeram em mim foi o gosto da independência. Dois meses sendo o administrador de minha própria vida, do meu próprio dinheiro, do meu próprio tempo. É disso, e não de nenhum lugar específico (talvez Praga, mas aquilo é uma infestação -não falarei praga de novo [ops!] -de turistas chatos também), que sinto mais saudade. Sem preocupação de "ah, tenho que voltar cedo pra minha mãe não ficar preocupada". Foi bom demais.

Agora, as coisas voltaram ao estado sacal de antes. Família reclamando de dinheiro, e minha mãe está enchendo a porra do meu saco dia sim, dia também, pra fazer uma bosta de concurso público. Até me inscrevi em um, que vai ser dia 21 de janeiro, com 500 candidatos pra uma vaga. Pessoalmente, não quero gastar o que resta da minha juventude ralando pra estudar num exame onde a possibilidade de passar é praticamente nula. Já desperdiçei tempo demais na minha vida, que estou recuperando aos pouquinhos. E não quero terminar um burocrata sem ambições como meu pai. Eu não mereço isso.

Eu quero ir embora de Brasília o mais rápido possível. E preciso ir embora de casa mais rápido ainda. Não só por mim, mas por minha mãe. Seria uma despesa e uma dor de cabeça a menos pra ela, por mais que não admita. Mas tenho medo que essa guinada de 180° se transforme numa de 360°. Se não desse certo, teria que voltar pra casa, e não aguentaria uma nova restrição de liberdade...

Então, enquanto isso, tenho que manter esperanças de encontrar alguma coisa aqui. Por enquanto, parece (eu disse PARECE) que a coisa tá andando. Passei pra uma outra peneira pra dar aula de inglês na Wizard. Agora eu tenho que dar aula por uma semana pra ver se eu sou bom mesmo (meeeedoooo). Isso e as aulas nas faculdades daqui. E em Goiânia. E em Floripa... Independência ou Morte!!!

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