sexta-feira, agosto 01, 2008

Devaneios quadrinísticos - O Coringa

Antes de começar o post, a minha opinião sobre o "Batman: O Cavaleiro das Trevas": O filme é bom, mas definitivamente não é tudo isso que estão falando não. O Heath Ledger, que para mim sempre será "o filho do Mel Gibson em 'O Patriota'", faz um Coringa ótimo, porém nada que seja merecedor de um oscar póstumo. Acho que foi uma opção errada de contarem uma história realista demais. Já dizia aquela frase que não me recordo agora de quem é: "Entre filmar o mito e o fato, filme o mito". Mas achei interessante colocar o Duas-Caras na Piada Mortal (nerd mode on).

Agora falo o que queria: No Kill Bill 2, o Bill tem uma conversa tarantinesca com a Noiva sobre o Super-Homem. De acordo com ele (avatar do Tarantino), o Super-Homem é o único super-herói que precisa se disfarçar em seu alter-ego Clark Kent, enquanto que todos os outros são alter-egos que se "disfarçam" de heróis.

E o Coringa com isso? Bem, aí é que está: o Coringa é o único personagem de história em quadrinhos (falo aqui de super-heróis) que NÃO POSSUE ORIGEM! Quem mais chegou perto disso foi o Alan Moore em "A Piada Mortal", mas foi algo muito en passant (não aparece o verdadeiro nome dele em nenhum momento - no Wikipedia citaram-no duas vezes como "Jack", talvez em uma analogia/homenagem ao valete do baralho).

O outro personagem que mais chega perto dessa "tábula rasa" do Coringa seria o Wolverine antes do "Origem". Mas mesmo assim, o passado sempre voltava para atormentá-lo. O Coringa não. Ele não tem passado, tudo o que era pré-Coringa parece que não houve.

Talvez resida nisso a graça dele: ele é o princípio da destruição nos quadrinhos. De uma forma mais verdadeira inclusive que o Galactus. E aí reside um outro artigo da lei universal dos quadrinhos: 2) O Coringa não tem passado. O 1), como vocês sabem, diz que "a morte nos quadrinhos é eterna somente para o Tio Ben" (antes era o Tio Ben, o Bucky e o Segundo Robin, mas conseguiram ressucitar os dois últimos).

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