sábado, dezembro 09, 2006

Lembranças de Desterro

Florianópolis está despertando um lado meu que estava há muito adormecido. Em Brasília eu estava muito, mas muito metódico: acordava às 7:30, tomava café, saia pra caminhar 20 minutos, lia jornal, resolvia o sudoku do dia e ficava no computador até o horário do almoço, quando via 31 Minutos, Bob Esponja e Billy e Mandy, além de almoçar. Daí descansava, ficava no computador ouvindo música, navegando na internet, em bate papo e no youtube até o fim do dia. No fim de semana, fazia quase o mesmo, mas sem os desenhos.

Em Floripa, onde estou hospedado na casa do meu amigo, mudei isso: rompi a barreira das 7:30 e estou acordando às 9 (graças a uma providencial janela com veneziana - meu sonho de consumo verdadeiro é arranjar uma casa/quarto/kit que tenha janelas com venezianas, onde eu possa dormir sem ser acordado com a maldita da luz do sol - e com um ventilador de teto) no mínimo. Além disso, voltei a tomar gosto por jogos de computador, mas daqueles decentes. Desde que cheguei estou jogando Marvel Ultimate Alliance (com o Thor e o Homem de Ferro como titulares da equipe e os outros dois variando) e vi meu amigo jogando Phantasy Star e gostei do jogo. Ah, também tem Rome: Total War. E eu que queria que 2007 fosse o "ano do trabalho"...

Mas o mais importante foi que voltei a ter gosto em sair à noite, algo que eu tinha perdido desde... 2003. Sempre quando saio fico com aquela sensação de "porra, tenho que sair de novo! Não vou poder beber pq tô dirigindo, não vou ficar com ninguém e vou voltar com uma sensação de vazio pra casa...". Aqui não. Aqui houve um momento veni vidi vici, que me fez voltar a acreditar em mim mesmo. Acho que foi a primeira vez que senti isso na minha vida.

Talvez tenha sentido isso depois que passei no vestibular, mas agora é diferente. Tenho pela primeira vez a sensação de que vale a pena ficar tentando, e ficar tentando, por que uma hora vou me dar bem. Posso não ter passado na usp nem na ufsc, mas não estou triste. Ano que vem posso não conseguir o tão necessário trabalho, mas sei como devo proceder para que o próximo ano seja do caralho (todos os anos '7' o são), mesmo se alguém (ou alguns) muito próximo(s) morra. Só vou ficar mal se acontecer algum acidente comigo, mas aí não vai ter jeito mesmo.

Como diria o Bob Esponja: Estou pronto.

Nenhum comentário: