segunda-feira, outubro 09, 2017

BOICOTE - NÃO SUSTENTE ARTISTAS E INSTITUIÇÕES CONIVENTES COM A PEDOFILIA E/OU IGUALDADE DE GÊNERO

Sou daquelas pessoas que sempre relevam o que os outros artistas fizeram ou defenderam na hora de apreciá-los. A lista é enorme: Caravaggio e Leadbelly (bluseiro americano) foram assassinos. Samoth, do Emperor, pegou cadeia por tacar fogo em uma igreja - o Faust, baterista do primeiro álbum, também foi assassino. Céline (autor do ótimo Viagem ao Fim da Noite) colaborou com os nazistas. Ezra Pound era fascista (não é força de expressão não: ele foi para a Itália fazer propaganda do regime pelo rádio em plena II Guerra). Roman Polanski estuprou uma garota de 13 anos. Uns 95% de bandas que eu gosto são de esquerda. Mas ou essas condutas se restringiram a seu campo pessoal ou, no caso do Pound, foi algo tão pequeno perto do que fizeram que vale apenas na hora de estudar sua biografia.

Mas uma coisa é, digamos, o Polanski ter sido pedófilo e ter se refugiado na Europa para não cumprir pena nos EUA. Outra coisa teria sido o Polanski ter feito o que fez, não ter achado que fez nada de errado e ainda criticar quem falou que o que ele fez foi errado. No primeiro caso o Polanski é apenas um pedófilo filho de uma puta que faz bons filmes. No segundo, além de ser um pedófilo filho da puta que faz bons filmes, ele seria um cínico.

E de cínicos, meus caros leitores, devemos fugir como o diabo fora da cruz. Se querem ver a diferença entre uma sociedade cínica de uma sociedade hipócrita na ficção, basta verem o último filme da trilogia do Batman de Christopher Nolan, O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Gothan City vivia a paz da hipocrisia (quando não se revelou que Harvey Dent tinha virado o Duas Caras e que tanto o Comissário Gordon e o Batman acordaram em colocar todos os crimes que Dent tinha cometido nas costas deste) foi substituído pela tirania cínica de Bane (que revelou a verdade sobre Gordon e Batman, mas não que explodiria a cidade). Se querem ver essa diferença na realidade, estudem a Revolução Francesa.

Enfim, com cínicos não dá para se dialogar, não dá para se tolerar, não dá para se relevar. Deve-se cortar o mal pela raiz.

Todos vimos o que houve na exposição do Santander. Não só houve uma discutível apologia da pedofilia (porque há um fator subjetivo enorme, muito embora seja uma obra de arte horrível, como sói serem as contemporâneas) ali, mas houve um INDISCUTÍVEL CRIME, que foi o vilipêndio a objeto de culto (art. 208 do código penal), com hóstias profanadas e uma imagem de Nossa Senhora segurando plugs anais.

(se você acha que é um absurdo considerar isso um crime, faça o seguinte, seu filho de uma puta meu amigo:  eleja um parlamentar que prometa apresentar um projeto de lei para abolir esse artigo do Código Penal - aproveita, se você for um sincero e radical defensor da liberdade de expressão, e defenda o fim da restrição da defesa dos ideais do nacional-socialismo).

Daí houve a "performance" do MAM. Uma liçãozinha de semiótica:

Sabe o que é isso? Se você disse "uma maçã", você ERROU 
E isso? Se você disse de novo "uma maçã", você ERROU DE NOVO:


Em ambos os casos, você NÃO ESTÁ VENDO uma maçã. Você está vendo sim é uma REPRESENTAÇÃO de uma maçã. Uma maçã é aquele fruto físico que você pode encontrar no supermecado (e que, no meu caso, vou comer em breve). Uma pintura, uma foto, uma escultura, etc. de uma maçã não são essa maçã, mas sim a representação da mesma.

Agora vou ser mais radical, e me perdoem o quadro: o que é isso? Se você respondeu "é uma representação de uma xoxota", você acertou.


Uma coisa é ver a representação de uma pessoa pelada. Outra coisa é ver UMA PESSOA PELADA representando uma outra coisa. E esse é exatamente o problema do que houve no MAM. Seria bastante estranho no mínimo ver crianças manipulando um manequim hiperrealista pelado. Agora ver crianças tocando e dando as mãos para um homem pelado já é o fim da picada.

(e algo que quase ninguém, só o Olavão, prestou a atenção: já repararam que em ambos os casos os principais patrocinadores dessas exposições foram BANCOS!?)

A Globo poderia ter ficado na dela tranquilamente apoiando sua ideologia de gênero (com uma novela que só fez sucesso porque estreou três dias depois de os outros canais abertos terem saído do cabo) em tudo quanto é programa, mas ela (junto com os "artistas") resolveu atacar, e da maneira mais BAIXA possível, comparando movimentos de boicote legais e legítimos (porque dentro das regras do jogo) à ação CRIMINOSA de um traficante crente que mandou destruir um terreiro de macumba. Eu fiquei PESSOALMENTE ofendido por esse CRIME de calúnia. Tendo em vista isso, doravante passarei a BOICOTAR INTEGRALMENTE O PROGRAMA DO FANTÁSTICO, ASSIM COMO SEUS PATROCINADORES. Além disso, passarei a boicotar também os ARTISTAS que estão confabulando não para tomar vergonha e criar uma entidade sem fins lucrativos de autocontrole (como há nos EUA em relação aos jogos eletrônicos), mas que querem PROCESSAR quem DENUNCIOU os dois fatos. Dessas pessoas não vou consumir seus produtos nem as obras das quais fazem parte.

OBS: no meu caso será bastante fácil, pois mal vejo TV e praticamente não consumo arte brasileira. Mas em todo caso...

São elas:
Fernanda Montenegro
Caetano Veloso
Paula Lavigne (e artistas os quais ela gerencia a carreira)
Fábio Porchat
Andrea Horta
Bruno Ferreri
(esses dois últimos estavam no Encontro com a Dona Regina)
Cláudia Raia
Fabiana Karla
Reinaldo Gianecchini
Carolina Ferraz
Cissa Guimarães
Renato Goes
Letícia Sabatella
Paloma Duarte
Antonio Calloni
Walcyr Carrasco (que achou tudo bem fazer um personagem que jogou uma criança numa caçamba de lixo se dar bem)

Heloísa Périssé
Alinne Moraes
Tico Santa Cruz
Mateus Solano
Débora Falabella
Paula Burlamaquy
Marisa Monte
Heloísa Périssé
Fábio Assunção (que teve a proeza de escrever um textão no Facebook defendendo a Dilma NA VÉSPERA DO IMPEACHMENT)
Maitê Proença
Patrocinadores do Fantástico:
Itaú
Natura
Unilever (Axe, Becel, Cif, Close Up, Confort, Dove, Hellman's, Knorr, Lifebuoi, OMO, Rexona, Seda, Surf, Tresemmé, Solutions, Vim, Ala, Arisco e Brilhante)

(mais alguém?

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