segunda-feira, junho 07, 2010

A morte do cientista político e o rancor oculto

Comecei esse feriadão a matar o que havia de cientista político dentro de mim. O primeiro passo, de muitos, foi CORTAR LAÇOS COM TODAS AS PESSOAS QUE CONHECI NO PERÍODO DA UNB. Dessas pessoas restantes nunca tive nenhum problema de tão drástico para isso, mas eu tive que tomar essa atitude. Um preço a pagar antes de pular da ponte. Ver essas pessoas se dando bem e eu estagnado me dói muito. Parece uma faca que vira e mexe alguém insiste em torcer só para lembrar que a dor existe e está lá. Esse ano será o último que farei as minhas toscas análises políticas.

Dessas, só UMA pessoa me fez algo que me magoou profundamente. Não vou chamá-la pelo nome, apenas pelo codinome de... Buda. Há uns 8 anos, acho, me lembro que fui no Bolo de Noiva pegar não sei o quê e, quando voltava para o estacionamento público pra baixo do Congresso Nacional encontrei com Buda esfuziante: ela tinha acabado de conseguir um emprego. Sim, fui a PRIMEIRA pessoa quem ela encontrou assim que recebeu a boa nova. Me lembro que para comemorarmos fomos ao Crepe au Chocolat da 210 Sul e passamos uma tarde bastante agradável.

Um tempo depois, a facada: chegando na UnB, o meu ex-amigo mais antigo conta a novidade: ele, meu outro futuro ex-amigo, um terceiro e mais uma que também cortei laços agora conseguiram estágio no trabalho da Buda. Ou seja: MESMO SABENDO QUE EU ESTAVA DESEMPREGADO ELA CHAMOU MEIO MUNDO PRA ESTAGIAR NA PORRA DO TRABALHO DELA E NÃO ME CHAMOU!!! Pra variar, me sentir o pior dos seres humanos. Desde o ensino médio eu era aconselhado por professores a procurar um estágio o mais rápido possível e, no final da minha graduação, quando já estava no limite para conseguir algo fazem essa sacanagem comigo. Um dos motivos para eu me sentir o fracassado que sou hoje é o fato de não ter feito estágio na graduação, e isso eu NUNCA, NUNCA perdoei nem perdoarei da sra. Buda.

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