Foi uma viagem-relâmpago de menos de 48h. Chego no Santos Dumont umas 10h, pego a cooperativa de táxi e peço para que me deixem na estação Glória (pois o albergue fica pertíssimo da Estação Cardeal Arcoverde). Ah, o metrô do Rio... Até então eu só havia usado ele duas vezes para ir, em 2001, ao Maracanã ver o Vasco ganhar do São Caetano e ser tetracampeão brasileiro (ÓTIMOS tempos aqueles nesse sentido...), e não me lembrava muito bem como é que era. Agora usei ele exatas 5 vezes. Vamos às características:
- Assim como São Paulo, adotou o sistema de bilhete único (o que faz com que a passagem de R$ 3,20 não seja tão mau negócio assim);
- Assim como Brasília, possui o bilhete em forma de cartão plástico. Não me venham dizer que "é por causa do bilhete único" que NÃO É. São Paulo adota o bilhete único faz tempo (o único grande legado da Marta Suplicy na prefeitura, reconheço), e lá o bilhete é naquele papelzinho. Não pude averiguar se o bilhete no Rio tem data de validade, porque foi uma estadia muito corrida;
-Brasília, assim como o Rio, possui vagão exclusivo para mulheres nos horários de pico nos dias úteis. Fiz essa inversão porque essa palhaçada FEMINAZI começou no Rio e, parece, vai chegar em São Paulo também. Isso é uma PALHAÇADA por dois motivos: primeiro porque até hoje NINGUÉM me apresentou uma estatística sobre a viabilidade dessa medida. Mais exatamente: anualmente, quantas mulheres prestam queixa por sofrerem abuso nas conduções? "ah, mas nem todas prestam queixa". Tudo bem, mas existem outros meios de se auferir isso: cadê as pesquisas que entrevistaram as mulheres onde se descobriu que x% já sofreu abuso, contando as frequências? Qualquer política pública deve ser feita em FATOS, não porque uma pessoa de um grupo de pressão chegou em um belo dia e disse: "ah, acontece isso!" e todo mundo achar que é isso mesmo. O segundo motivo é que essa lei chega à conclusão de que todo homem é um tarado compulsivo irrecuperável que, se não for apartado do convívio das mulheres obedecerá ao seu instinto mais sombrio de esticar a mão e passá-la na bunda da mulher.
Chego no albergue umas 11h, mas o check in é apenas às 14h. Resolvo andar pelo bairro e procuro um lugar onde almoçar. Ando, ando, enrolo, enrolo... E almoço em um lugar onde o prato do dia era peixe (acho que linguado) ao molho de camarão. Me pareceu que o dono era italiano, porque a decoração do restaurante era nesse estilo. Felizmente o preço não era: paguei menos de R$ 30 pelo almoço. Daí andei um pouquinho pela orla até fazer hora e fui para o albergue.
Termino por aqui porque estou detonado (acordei 4h45 para pegar um táxi hoje) e amanhã continuo sobre Copacabana e o albergue (ou: ensaio sobre a velhice), a parada gay que não fui e o show propriamente dito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário