Primeiro turno;
Dilma - 47,651 milhões
Serra - 33,132 milhões
Marina - 19,636 milhões
Plínio - 0,886 milhões
Segundo turno
Dilma - 55,752 milhões
Serra - 43, 711 milhões
Considerando que todos os votos do Plínio foram para a Dilma, isso significaria que, dos 19,6 milhões de votos que a Marina teve, 10,5 milhões (53,87%) foram para o Serra, 7,2 milhões (36,74%) foram para a Dilma e 1,8 votaram branco, nulo ou se abstiveram. Não vou considerar os demais candidatos aqui porque eles não conseguiram nem 300 mil votos.
Pulemos para 2014:
Dilma - 43,267 milhões
Aécio - 34,897 milhões
Marina - 22,176 milhões
Luciana Genro - 1,612 milhões
Pastor Everaldo - 0,780 milhões
Eduardo Jorge - 0,630 milhões
Levy Fidélix - 0,446 milhões
Considerando que os votos na Luciana Genro vão para a Dilma e os votos do Pastor Everaldo, Eduardo Jorge (nota pessoal: nem tanto nesse caso...) e no Levy vão para o Aécio, e aplicando o mesmo percentual das últimas eleições passadas, Dilma ficaria com 51,441 milhões e o Aécio 46,864 milhões. Também não considerei os demais candidatos porque, de novo, não chegam a 300 mil votos.
O que mudou de 2010 para cá? No cenário econômico, não crescemos os mesmos 7,5% que crescíamos em 2010. No cenário político, há um viés de baixa na popularidade do governo Dilma. Isso, somado a um possível apoio da Marina ao Aécio, resultará provavelmente em uma proporção muito maior de votos para o Aécio. Mas, mesmo com a oficialização do apoio da Marina (obs: uma coisa é o PSB dar o aval, outra coisa é a Rede dar o aval, outra coisa é a Marina dar o aval e outra coisa é a Marina dar o aval e se engajar na campanha) será que atingiriam pelo menos a transferência de 2,5 milhões necessários para que o Aécio vire pra cima da Dilma nessa diferença?
Por outro lado, reparem nas abstenções:
2010 - 24,610 milhões (18,12% dos eleitores registrados)
2014 - 27,698 milhões (19,39% dos eleitores registrados)
Quem são essas abstenções? Sobretudo de analfabetos adultos (14 milhões - obs: os dados do IBGE incluem adolescentes a partir dos 15 anos nessa), pessoas que não precisam mais votar por causa da idade (cerca de 6 milhões - e muitos incluídas no grupo de analfabetas), pessoas que simplesmente não foram votar por diversos motivos, eleitores fantasmas e eleitores que morreram e o TSE se esqueceu de dar baixa. O que é mais fácil, disputar os votos dos eleitores da Marina ou convencer esses eleitores que não foram votar a votar em você? Além do mais, se você consegue convencer esse eleitor indiferente a votar em você, você não acha que o eleitor da Marina não viria à reboque?
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